Modelagem hidrológica para mapeamento de mancha de inundação: um estudo de caso hipotético no município de Paudalho

• Main Author: LIMA, Maria Clara Candido de
• Publication Date: 2024
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UFPE
• Download full: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/59589
• topic: Inundação; SCS; HEC-HMS; HEC-RAS; Mapeamento; Áreas::Engenharias

Desastres naturais, como inundações, têm se tornado mais frequentes no Brasil, especialmente em áreas urbanas e ribeirinhas, devido à impermeabilização do solo e à ocupação inadequada de áreas de várzeas e planícies de inundação. Essas áreas, naturalmente propensas a transbordamentos, apresentam riscos elevados para populações vulneráveis. Nesse contexto, as barragens se destacam como importantes medidas estruturais de controle de cheias, desempenhando um papel crucial na mitigação de inundações e na regularização das vazões dos rios. Entretanto, quando próximas da sua capacidade máxima, podem liberar grandes volumes de água, agravando os impactos para comunidades ribeirinhas, como ocorrido em 2011 no estado de Pernambuco, quando a barragem de Carpina liberou de 350 m³/s para o rio Capibaribe, após fortes chuvas. Diante disso, este estudo tem como objetivo mapear as manchas de inundação no município de Paudalho-PE, considerando cenários de operação hipotéticos da barragem associados a eventos pluviométricos. Para isso, foram utilizadas equações IDF para estimar chuvas médias, considerando a área de influência de cada equação por meio do método do Polígono de Thiessen. Os tempos de retorno avaliados foram de 10, 50 e 100 anos, com a distribuição temporal das chuvas baseada no método de Huff (1967). O modelo hidrológico foi desenvolvido no HEC-HMS utilizando o método SCS (Soil Conservation Service), enquanto o modelo hidráulico implementado no HEC-RAS. Ambos os modelos utilizaram dados topográficos do levantamento a laser do projeto Pernambuco Tridimensional (PE3D). As simulações revelaram vazões de pico de 359,4 m³/s, 933,5 m³/s e 1745,6 m³/s, conforme os cenários analisados. Esses valores resultaram em áreas de inundação de 1,49 km², 4,50 km² e 6,10 km², com cotas de alagamento de 67,11 m, 70,40 m e 73,43 m, respectivamente. Além disso, foi possível avaliar os impactos sobre áreas edificadas, abrangendo infraestruturas urbanas como a delegacia, o pátio de eventos e a prefeitura.