Análise da multidimensionalidade da pobreza no nordeste
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Publication Date: | 2012 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFPE |
Download full: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10365 |
Summary: | A pobreza vista apenas como insuficiência de renda já tem sido questionada há muitos anos na literatura. Muitos trabalhos tentaram entender a pobreza, criando índices de multidimensionalidade, incluindo variáveis de educação, trabalho, habitação, entre outros, em um único indicador. Este trabalho, no entanto, tem o objetivo de mapear a pobreza no Nordeste do Brasil no que concerne à carência de itens de consumo e habitação, além de contrastá-los com a insuficiência de renda, de tal modo que não torne a mensuração da pobreza uma questão arbitrária. Para tanto, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD), fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2009, o mais recente disponibilizado pelo instituto. Foram estimadas sobreposições entre três variáveis de habitação (acesso a energia elétrica, saneamento e água canalizada) e consumo de bens duráveis (geladeira, televisão e fogão), de modo que se pudesse observar tanto em termos percentuais quanto absolutos, aqueles domicílios que não possuem acesso a esses bens. Dentre os principais resultados, destacam-se a as regiões Norte e Nordeste como as que apresentam maiores percentuais de domicílios sem acesso aos itens de habitação e consumo, sendo o Nordeste o pior em termos absolutos. Na dimensão de habitação, o item mais escasso é a água canalizada, seguido pelo esgotamento sanitário e energia elétrica. Esta sequencia ocorre tanto em áreas urbanas quanto nas rurais do Nordeste. Na dimensão de consumo, o item geladeira é o que mais falta nos domicílios brasileiros. Além disso, a diferença de acesso entre domicílios das áreas urbanas e rurais é enorme. No Nordeste rural, por exemplo, 31,83% dos domicílios não possuem geladeira, enquanto no Nordeste urbano apenas 9,85%. Compreender como se comportam as variáveis determinantes de tal problema é essencial para direcionar políticas públicas mais eficientes, de modo que se consiga reduzir os efeitos adversos deste mal, principalmente dentro da população rural nordestina. |
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