Avaliação da atividade gastroprotetora da fucana livre e nanoencapsulada em lipossomas
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFPE |
Download full: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10530 |
Summary: | O objetivo deste trabalho foi encapsular a fucana (Sargassum cymosum), em lipossomas e avaliar a atividade gastroprotetora, tanto na sua forma livre, como encapsulada. Os lipossomas foram obtidos e caracterizados por testes físico-químicos e de estabilidade. A atividade gastroprotetora in vivo foi realizada utilizando ratos Wistar, pré-tratados durante 14 dias com a fucana livre (Fuc), nanoencapsulada (Lipo- Fuc), e com os controles positivo (sem úlcera) e negativo (com úlcera e sem tratamento), por via oral. Após jejum (48 horas), a úlcera foi induzida com ácido acetilsalisílico (200 mg/Kg), o estômago e o duodeno foram removidos para análises histológicas avaliando-se a área com muco, espessura do epitélio glandular e vilosidades intestinais. Os resultados foram analisados pelos testes t-Student e Kruskal-Wallis. Lipossomas contendo fucana foram obtidos apresentando tamanho médio de partícula de 125,9 ± 1,2 nm, com índice de polidispersão 0,39 ± 0,02 e pH 6,89 ± 0,05 e carga positiva, permanecendo estáveis por 30 dias. Em relação à área de muco no estômago, os resultados mostraram que, no grupo pré-tratado com a Fuc, os animais permaneceram com média da área de muco semelhante ao grupo que não foi realizada indução da úlcera (7,5 ± 4,5 μm2 e 9 ± 6,7 μm2, respectivamente). Por outro lado, a fucana encapsulada exibiu uma área (2,6 ± 1,6 μm2) similar ao grupo com úlcera não tratada (3,5 ± μm2), sugerindo que o composto possivelmente não foi liberado a partir das vesículas no estômago, não promovendo, portanto nenhuma ação. No estudo dos danos epiteliais o grupo da Fuc apresentou valores superiores aos demais grupos tratados revelando novamente sua ação gastroprotetora. As análises no duodeno revelaram uma área média de 7,52 ± 2,42 μm2 para um epitélio normal (sem úlcera), 6,00 ± 3,17 μm2 para o epitélio com úlcera sem tratamento, 6,43 ± 1,82 μm2 e 6,62 ± 1,31 μm2 para epitélio com úlcera após tratamento com a fucana livre e encapsulada, respectivamente. Neste local, pode ser observado valor maior para tratamento com a Lipo-Fuc quando comparado ao obtido na Fuc, sugerindo que houve liberação da fucana a partir dos lipossomas, ao contrário do encontrado no estômago. Em relação à análise das vilosidades intestinais a fucana encapsulada exerceu uma atividade citoprotetora com uma extensão média de 395,53 ± 118,64 μm, inferior ao grupo com o composto livre, mas superior ao grupo referente ao controle negativo, o qual apresentou uma área de 314,10 ± 59,71 μm. Os resultados revelaram ação gastroprotetora da fucana (Sargassum cymosum), até então nunca estudada fornecendo subsídios para novas pesquisas utilizando esta molécula. |
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O objetivo deste trabalho foi encapsular a fucana (Sargassum cymosum), em lipossomas e avaliar a atividade gastroprotetora, tanto na sua forma livre, como encapsulada. Os lipossomas foram obtidos e caracterizados por testes físico-químicos e de estabilidade. A atividade gastroprotetora in vivo foi realizada utilizando ratos Wistar, pré-tratados durante 14 dias com a fucana livre (Fuc), nanoencapsulada (Lipo- Fuc), e com os controles positivo (sem úlcera) e negativo (com úlcera e sem tratamento), por via oral. Após jejum (48 horas), a úlcera foi induzida com ácido acetilsalisílico (200 mg/Kg), o estômago e o duodeno foram removidos para análises histológicas avaliando-se a área com muco, espessura do epitélio glandular e vilosidades intestinais. Os resultados foram analisados pelos testes t-Student e Kruskal-Wallis. Lipossomas contendo fucana foram obtidos apresentando tamanho médio de partícula de 125,9 ± 1,2 nm, com índice de polidispersão 0,39 ± 0,02 e pH 6,89 ± 0,05 e carga positiva, permanecendo estáveis por 30 dias. Em relação à área de muco no estômago, os resultados mostraram que, no grupo pré-tratado com a Fuc, os animais permaneceram com média da área de muco semelhante ao grupo que não foi realizada indução da úlcera (7,5 ± 4,5 μm2 e 9 ± 6,7 μm2, respectivamente). Por outro lado, a fucana encapsulada exibiu uma área (2,6 ± 1,6 μm2) similar ao grupo com úlcera não tratada (3,5 ± μm2), sugerindo que o composto possivelmente não foi liberado a partir das vesículas no estômago, não promovendo, portanto nenhuma ação. No estudo dos danos epiteliais o grupo da Fuc apresentou valores superiores aos demais grupos tratados revelando novamente sua ação gastroprotetora. As análises no duodeno revelaram uma área média de 7,52 ± 2,42 μm2 para um epitélio normal (sem úlcera), 6,00 ± 3,17 μm2 para o epitélio com úlcera sem tratamento, 6,43 ± 1,82 μm2 e 6,62 ± 1,31 μm2 para epitélio com úlcera após tratamento com a fucana livre e encapsulada, respectivamente. Neste local, pode ser observado valor maior para tratamento com a Lipo-Fuc quando comparado ao obtido na Fuc, sugerindo que houve liberação da fucana a partir dos lipossomas, ao contrário do encontrado no estômago. Em relação à análise das vilosidades intestinais a fucana encapsulada exerceu uma atividade citoprotetora com uma extensão média de 395,53 ± 118,64 μm, inferior ao grupo com o composto livre, mas superior ao grupo referente ao controle negativo, o qual apresentou uma área de 314,10 ± 59,71 μm. Os resultados revelaram ação gastroprotetora da fucana (Sargassum cymosum), até então nunca estudada fornecendo subsídios para novas pesquisas utilizando esta molécula. |
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