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Assistência ao parto prestada por residentes em Enfermagem Obstétrica na Maternidade do Hospital Risoleta Tolentino Neves - Belo Horizonte

Bibliographic Details
Main Author: Ana Luiza Ribeiro Figueiredo Coura
Publication Date: 2015
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFMG
Download full: http://hdl.handle.net/1843/33723
Summary: Trata-se de um estudo quantitativo retrospectivo que teve como objetivo descrever os indicadores resultantes da assistência ao parto normal prestada pelas enfermeiras residentes em enfermagem obstétrica (REO) da primeira turma da Escola de Enfermagem da UFMG, na maternidade do Hospital Risoleta Tolentino Neves em Belo Horizonte, no período de abril de 2013 a abril de 2014. Os dados foram coletados a partir do livro de registro de partos assistidos pelas enfermeiras obstetras (EO). O critério de inserção do estudo foi: partos assistidos por residentes em enfermagem obstétrica, independente se preceptorados por EO ou médico obstetra. As variáveis de interesse foram: idade materna, número de gestações, paridade, idade gestacional, posição do parto, episiotomia, contato pele a pele, presença de acompanhante, analgesia farmacológica, laceração perineal e Apgar. Os dados foram submetidos à análise descritiva com cálculo da frequência absoluta e relativa para as variáveis categóricas e de desvio padrão para as variáveis contínuas. Dos 1434 partos assistidos por EO na maternidade do HRTN no período de 13 meses, 714 foram com a participação REO (49,8%). A faixa etária predominante no estudo foi de adultas jovens (69,5%), seguida por adolescentes (20,2%). Quanto ao número de gestações 39,6% eram primigestas, 29,8% secundigestas, 14,3% tercigestas, 16,1% tiveram quatro gestações anteriores ou mais. Multíparas foram 55,7% e primíparas 44,1%. Quanto à idade gestacional encontraram-se partos pré-termo (6,3%), termo (90,0%) e pós-termo (0,4%) e de idade gestacional desconhecida ou não informada (3,2%). Em relação às posições de parto a maior parte foi semi-sentada (64,7%), seguida da posição no banquinho (16,8%). Partos em posições não supinas somaram aproximadamente 92%. A taxa de episiotomia foi 4,2%. Na maior parte dos partos houve lacerações de primeiro grau (46,0%) e períneo íntegro (27,1%). Lacerações de terceiro (2,8%) e quarto grau (0,2%) apareceram em pequena proporção. O contato pele a pele na primeira hora de vida foi realizado em 94,4%. Houve acompanhante familiar em 96,0% dos partos. A analgesia farmacológica foi realizada em 16,6% por técnica peridural e 1,1% raquidiana. O Apgar no primeiro minuto foi > 7 em 93,5% dos neonatos, com média de 8,3. O Apgar no quinto minuto foi >7 em 99,1% dos RN, com média de 9,3. Conclui-se que foram obtidos resultados obstétricos e neonatais favoráveis com a atuação das enfermeiras residentes na perspectiva da prática baseada em evidência científica e nos princípios da humanização da assistência. A atuação das residentes reflete a prática da preceptoria e o modelo institucional incorporado, baseado em práticas humanizadas. O incentivo à formação de enfermeiras obstetras é fundamental para o fortalecimento da categoria, para maior inserção em espaços onde a assistência ao parto ainda é médico-centrada, para mudança do modelo obstétrico hegemônico nacional e para melhoria da assistência prestada à mulher, recém-nascido e família.
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