Conchas mamárias e educação em saúde no pré-natal com demonstração clínica para a prevenção da dor e do trauma mamilar em lactantes: estudo quase-experimental

• Main Author: Cecilio, Jessica Oliveira
• Publication Date: 2021
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UFG
• dARK ID: ark:/38995/001300000h75h
• Download full: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12669
• topic: Aleitamento materno; Ferimentos e lesões; Mamilo; Educação em saúde; Enfermagem obstétrica; Cuidado pré-natal; Recém-nascido; Breast Feeding; Wounds and Injuries; Nipples; Health education; Obstetric mursing; Prenatal care; Newborn; CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA

INTRODUÇÃO: Embora os benefícios do aleitamento materno estejam bem documentados na literatura científica, muitas lactantes ainda o descontinuam precocemente, especialmente pelo surgimento da dor e do trauma mamilar. Há lacunas de estudos clínicos que comparem a educação em saúde com demonstração clínica, e o uso de alguma cobertura ou dispositivo, ainda no pré-natal, para a prevenção dessa intercorrência. OBJETIVO: Analisar a efetividade das conchas mamárias para a prevenção da dor e do trauma mamilar em lactantes. METODOLOGIA: Quase-experimental, com 62 gestantes em acompanhamento de pré-natal, em Goiânia-GO. As lactantes foram divididas em Grupo Controle (n=33), que recebeu educação em saúde sobre amamentação e demonstração clínica, e Grupo Experimental (n=29) além da educação do Grupo Controle, recebeu conchas mamárias com as devidas orientações de uso e cuidado. A coleta de dados se deu em três encontros: o primeiro, durante as consultas de pré-natal com caráter educativo; o segundo, um reforço via telefonema, e terceiro, uma visita nos primeiros 14 dias de puerpério para avaliação do surgimento de dor e trauma mamilar. RESULTADOS: Houve trauma mamilar (50,0%) e dor mamilar (67,7%). Com relação às variáveis obstétricas a primiparidade se associou à dor mamilar (p=0,036), enquanto menor escolaridade pareceu ser fator de proteção para o trauma mamilar (p=0,001). Na avaliação da mamada, o parâmetro para “condição desfavorável da mama” se associou à dor (p <0,001) e o trauma mamilar (p=0,006). Ainda, a presença de ingurgitamento mamário patológico teve associação com a dor mamilar (p= 0,019) e início em média no terceiro dia para o GC, e foi postergado até o quinto dia para o GE, havendo diferença significativa entre os grupos (p=0,001). A educação em saúde contribuiu de forma significativa para a adoção de cuidados com as mamas e mamilos, e aumentou a frequência de padrões favoráveis na mamada. As lactantes se mostraram satisfeitas com o uso da concha mamária. CONCLUSÃO: A intervenção educativa no pré-natal combinada ao uso da concha mamária não se mostrou eficaz na prevenção do surgimento de dor ou trauma mamilar, embora tenha postergado o surgimento do ingurgitamento mamário em até cinco dias. A educação em saúde no pré-natal contribuiu para melhora no padrão da técnica de amamentação e cuidados com as mamas no pós-parto.