A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344

Bibliographic Details
Main Author: Maria Claudete Lima
Publication Date: 2009
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Download full: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3794
Summary: Este trabalho visa caracterizar formal, semÃntica e pragmaticamente as construÃÃes passivas, mÃdias e impessoais, com o fim de elucidar a natureza da relaÃÃo entre estas construÃÃes, no portuguÃs arcaico, relaÃÃo essa observada em trabalhos, como os de Camacho (2002, 2003, 2006), para o portuguÃs atual. Parte do princÃpio de que o traÃo comum a essas construÃÃes à a nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, e de que estas construÃÃes refletem diferentes conceitualizaÃÃes de um evento. Com base nesses princÃpios, analisa, numa abordagem cognitivo-funcional (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), a codificaÃÃo da funÃÃo nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344, prosa histÃrica representante do portuguÃs arcaico, editada por Cintra (1951). Nessa anÃlise, busca respostas para os seguintes problemas: (a) dos recursos verbais disponÃveis, no corpus analisado, para a expressÃo da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, qual a mais e a menos prototÃpica? (b) que traÃos semÃntico-pragmÃticos e formais caracterizam as diferentes estratÃgias? A hipÃtese central considera que as construÃÃes analisadas codificam a nÃo-atribuiÃÃo da causalidade em variados graus, conforme fatores ligados à noÃÃo de causalidade e à transitividade, como a perspectivaÃÃo e a saliÃncia. Foram coletadas 1061 ocorrÃncias e analisadas quanto a fatores pragmÃticos, como a topicalidade e o estatuto informacional; fatores semÃnticos, como saliÃncia cognitiva do Afetado e do Causativo, traÃo [animado], tipo de afetaÃÃo; e fatores formais, como a ordem e a expressÃo. AlÃm disso, todas foram graduadas quanto ao grau de transitividade e de relevo discursivo. Os resultados apontaram que a mÃdia à a mais prototÃpica das construÃÃes de nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, por ser a que apresenta causativo menos saliente e menor grau de transitividade. A passiva, mais freqÃente no corpus e, muitas vezes, com Causativo omitido, caracterizou-se como menos prototÃpica por seu Causativo ser freqÃentemente evocado e apresentar maior grau de transitividade. Do mesmo modo, a impessoal, cujo causativo à freqÃentemente inferÃvel, manifestou-se como mais causativa e mais transitiva que a mÃdia, todavia menos que a passiva. A anÃlise demonstrou, enfim, que o fenÃmeno da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade nÃo à um fenÃmeno isolado, limitado à manifestaÃÃo ou nÃo de um Agente. Submete-se a graus e acha-se ligado, especialmente, ao contorno tÃmporo-aspectual do evento. Devido à noÃÃo experiencial de causalidade, ligada à idÃia de movimento, eventos perfectivos sÃo mais causais que eventos imperfectivos.
id UFC_42f87bf6f3f55116e787d15f0f372e6e
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:2374
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisA nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344The non- attribution of causality in CrÃnica Geral de Espanha de 13442009-02-27MÃrcia Teixeira Nogueira38449820359Ana Cristina Pelosi Silva de Macedo12814326104http://lattes.cnpq.br/7075430199627895 EmÃlia Maria Peixoto Farias15329631300Maria Auxiliadora Ferreira Lima07451237320Roberto Gomes Camacho77518209853Camacho, Roberto Gomes36234559387http://lattes.cnpq.br/0531820663542328 Maria Claudete LimaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBR Voz Impessoal Voz Passiva Voz MÃdia TransitividadeCausalidade Impersonal Voice Passive Voice Middle Voice TransitivityCausalityLINGUISTICAEste trabalho visa caracterizar formal, semÃntica e pragmaticamente as construÃÃes passivas, mÃdias e impessoais, com o fim de elucidar a natureza da relaÃÃo entre estas construÃÃes, no portuguÃs arcaico, relaÃÃo essa observada em trabalhos, como os de Camacho (2002, 2003, 2006), para o portuguÃs atual. Parte do princÃpio de que o traÃo comum a essas construÃÃes à a nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, e de que estas construÃÃes refletem diferentes conceitualizaÃÃes de um evento. Com base nesses princÃpios, analisa, numa abordagem cognitivo-funcional (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), a codificaÃÃo da funÃÃo nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344, prosa histÃrica representante do portuguÃs arcaico, editada por Cintra (1951). Nessa anÃlise, busca respostas para os seguintes problemas: (a) dos recursos verbais disponÃveis, no corpus analisado, para a expressÃo da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, qual a mais e a menos prototÃpica? (b) que traÃos semÃntico-pragmÃticos e formais caracterizam as diferentes estratÃgias? A hipÃtese central considera que as construÃÃes analisadas codificam a nÃo-atribuiÃÃo da causalidade em variados graus, conforme fatores ligados à noÃÃo de causalidade e à transitividade, como a perspectivaÃÃo e a saliÃncia. Foram coletadas 1061 ocorrÃncias e analisadas quanto a fatores pragmÃticos, como a topicalidade e o estatuto informacional; fatores semÃnticos, como saliÃncia cognitiva do Afetado e do Causativo, traÃo [animado], tipo de afetaÃÃo; e fatores formais, como a ordem e a expressÃo. AlÃm disso, todas foram graduadas quanto ao grau de transitividade e de relevo discursivo. Os resultados apontaram que a mÃdia à a mais prototÃpica das construÃÃes de nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, por ser a que apresenta causativo menos saliente e menor grau de transitividade. A passiva, mais freqÃente no corpus e, muitas vezes, com Causativo omitido, caracterizou-se como menos prototÃpica por seu Causativo ser freqÃentemente evocado e apresentar maior grau de transitividade. Do mesmo modo, a impessoal, cujo causativo à freqÃentemente inferÃvel, manifestou-se como mais causativa e mais transitiva que a mÃdia, todavia menos que a passiva. A anÃlise demonstrou, enfim, que o fenÃmeno da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade nÃo à um fenÃmeno isolado, limitado à manifestaÃÃo ou nÃo de um Agente. Submete-se a graus e acha-se ligado, especialmente, ao contorno tÃmporo-aspectual do evento. Devido à noÃÃo experiencial de causalidade, ligada à idÃia de movimento, eventos perfectivos sÃo mais causais que eventos imperfectivos. This work aims to characterize formally, semantically and pragmatically the passive, middle and impersonal constructions, in order to elucidate the nature of relation between these constructions in a archaic Portuguese, a relation observed in researches, such as those of Camacho (2002, 2003, 2006), in modern Portuguese. The present research, thus, claims that the common feature of these constructions is the non-attribution of causality, and that they represent different event conceptualizations. Based on principles, founded on a cognitive-functional approach (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003, 2006; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), the codification of the non-attribution of causality is analyzed in CrÃnica Geral de Espanha de 1344, a representative historical text in archaic Portuguese, edited by Cintra (1951). In this analysis, answers are sought for the following questions: (a) in the analyzed corpus, which is the most and the least prototypical verbal recourses available for the expression of the non-attribution of causality? (b) which semantic, pragmatical and formal features characterize the different strategies used for expressing the non-attribution of causality? The central hypothesis considers that analyzed constructions codify the non-attribution of causality at various degrees, according to aspects related to the causality notion, such as perspectivization and salience. A large number of occurrences (1061, in total) were collected and analyzed from the perspective of pragmatical aspects such as topicality and informational status; semantic aspects, such as cognitive salience of Affected and of Causative, animacy, affectation type; and formal aspects, such as order and expression. Moreover, all of such occurrences were graduated regarding the transitivity degree and the Grounding. The results indicate that middle construction is the most prototypical of the non-attribution of causality constructions, because it presents less salient causative and is posited in the least degree of transitivity. Passive, most frequent in the corpus and, often, with omitted causative, was characterized as the least prototypical construction because its causative is commonly evoked and it presents a higher degree of transitivity. Impersonal construction, whose causative is frequently inferable, was characterized as more causative and more transitive than the middle construction, however, less than passive. Therefore, the analyses demonstrated that non-attribution of causality is not an isolated phenomenon, limited to the manifestation of an Agent. It is subject to degrees of escalarization which is attached to temporal and aspectual event contours. Because of experiential notion of causality, linked to the idea movement, perfective events are more causal than imperfective ones. FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3794application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:54Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
dc.title.alternative.en.fl_str_mv The non- attribution of causality in CrÃnica Geral de Espanha de 1344
title A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
spellingShingle A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
Maria Claudete Lima
Voz Impessoal
Voz Passiva
Voz MÃdia
Transitividade
Causalidade
Impersonal Voice
Passive Voice
Middle Voice
Transitivity
Causality
LINGUISTICA
title_short A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
title_full A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
title_fullStr A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
title_full_unstemmed A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
title_sort A nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344
author Maria Claudete Lima
author_facet Maria Claudete Lima
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MÃrcia Teixeira Nogueira
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 38449820359
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ana Cristina Pelosi Silva de Macedo
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 12814326104
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7075430199627895
dc.contributor.referee2.fl_str_mv EmÃlia Maria Peixoto Farias
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 15329631300
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Auxiliadora Ferreira Lima
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 07451237320
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Roberto Gomes Camacho
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 77518209853
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv Camacho, Roberto Gomes
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 36234559387
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0531820663542328
dc.contributor.author.fl_str_mv Maria Claudete Lima
contributor_str_mv MÃrcia Teixeira Nogueira
Ana Cristina Pelosi Silva de Macedo
EmÃlia Maria Peixoto Farias
Maria Auxiliadora Ferreira Lima
Roberto Gomes Camacho
dc.subject.por.fl_str_mv Voz Impessoal
Voz Passiva
Voz MÃdia
Transitividade
Causalidade
topic Voz Impessoal
Voz Passiva
Voz MÃdia
Transitividade
Causalidade
Impersonal Voice
Passive Voice
Middle Voice
Transitivity
Causality
LINGUISTICA
dc.subject.eng.fl_str_mv Impersonal Voice
Passive Voice
Middle Voice
Transitivity
Causality
dc.subject.cnpq.fl_str_mv LINGUISTICA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Este trabalho visa caracterizar formal, semÃntica e pragmaticamente as construÃÃes passivas, mÃdias e impessoais, com o fim de elucidar a natureza da relaÃÃo entre estas construÃÃes, no portuguÃs arcaico, relaÃÃo essa observada em trabalhos, como os de Camacho (2002, 2003, 2006), para o portuguÃs atual. Parte do princÃpio de que o traÃo comum a essas construÃÃes à a nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, e de que estas construÃÃes refletem diferentes conceitualizaÃÃes de um evento. Com base nesses princÃpios, analisa, numa abordagem cognitivo-funcional (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), a codificaÃÃo da funÃÃo nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344, prosa histÃrica representante do portuguÃs arcaico, editada por Cintra (1951). Nessa anÃlise, busca respostas para os seguintes problemas: (a) dos recursos verbais disponÃveis, no corpus analisado, para a expressÃo da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, qual a mais e a menos prototÃpica? (b) que traÃos semÃntico-pragmÃticos e formais caracterizam as diferentes estratÃgias? A hipÃtese central considera que as construÃÃes analisadas codificam a nÃo-atribuiÃÃo da causalidade em variados graus, conforme fatores ligados à noÃÃo de causalidade e à transitividade, como a perspectivaÃÃo e a saliÃncia. Foram coletadas 1061 ocorrÃncias e analisadas quanto a fatores pragmÃticos, como a topicalidade e o estatuto informacional; fatores semÃnticos, como saliÃncia cognitiva do Afetado e do Causativo, traÃo [animado], tipo de afetaÃÃo; e fatores formais, como a ordem e a expressÃo. AlÃm disso, todas foram graduadas quanto ao grau de transitividade e de relevo discursivo. Os resultados apontaram que a mÃdia à a mais prototÃpica das construÃÃes de nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, por ser a que apresenta causativo menos saliente e menor grau de transitividade. A passiva, mais freqÃente no corpus e, muitas vezes, com Causativo omitido, caracterizou-se como menos prototÃpica por seu Causativo ser freqÃentemente evocado e apresentar maior grau de transitividade. Do mesmo modo, a impessoal, cujo causativo à freqÃentemente inferÃvel, manifestou-se como mais causativa e mais transitiva que a mÃdia, todavia menos que a passiva. A anÃlise demonstrou, enfim, que o fenÃmeno da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade nÃo à um fenÃmeno isolado, limitado à manifestaÃÃo ou nÃo de um Agente. Submete-se a graus e acha-se ligado, especialmente, ao contorno tÃmporo-aspectual do evento. Devido à noÃÃo experiencial de causalidade, ligada à idÃia de movimento, eventos perfectivos sÃo mais causais que eventos imperfectivos.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv This work aims to characterize formally, semantically and pragmatically the passive, middle and impersonal constructions, in order to elucidate the nature of relation between these constructions in a archaic Portuguese, a relation observed in researches, such as those of Camacho (2002, 2003, 2006), in modern Portuguese. The present research, thus, claims that the common feature of these constructions is the non-attribution of causality, and that they represent different event conceptualizations. Based on principles, founded on a cognitive-functional approach (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003, 2006; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), the codification of the non-attribution of causality is analyzed in CrÃnica Geral de Espanha de 1344, a representative historical text in archaic Portuguese, edited by Cintra (1951). In this analysis, answers are sought for the following questions: (a) in the analyzed corpus, which is the most and the least prototypical verbal recourses available for the expression of the non-attribution of causality? (b) which semantic, pragmatical and formal features characterize the different strategies used for expressing the non-attribution of causality? The central hypothesis considers that analyzed constructions codify the non-attribution of causality at various degrees, according to aspects related to the causality notion, such as perspectivization and salience. A large number of occurrences (1061, in total) were collected and analyzed from the perspective of pragmatical aspects such as topicality and informational status; semantic aspects, such as cognitive salience of Affected and of Causative, animacy, affectation type; and formal aspects, such as order and expression. Moreover, all of such occurrences were graduated regarding the transitivity degree and the Grounding. The results indicate that middle construction is the most prototypical of the non-attribution of causality constructions, because it presents less salient causative and is posited in the least degree of transitivity. Passive, most frequent in the corpus and, often, with omitted causative, was characterized as the least prototypical construction because its causative is commonly evoked and it presents a higher degree of transitivity. Impersonal construction, whose causative is frequently inferable, was characterized as more causative and more transitive than the middle construction, however, less than passive. Therefore, the analyses demonstrated that non-attribution of causality is not an isolated phenomenon, limited to the manifestation of an Agent. It is subject to degrees of escalarization which is attached to temporal and aspectual event contours. Because of experiential notion of causality, linked to the idea movement, perfective events are more causal than imperfective ones.
description Este trabalho visa caracterizar formal, semÃntica e pragmaticamente as construÃÃes passivas, mÃdias e impessoais, com o fim de elucidar a natureza da relaÃÃo entre estas construÃÃes, no portuguÃs arcaico, relaÃÃo essa observada em trabalhos, como os de Camacho (2002, 2003, 2006), para o portuguÃs atual. Parte do princÃpio de que o traÃo comum a essas construÃÃes à a nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, e de que estas construÃÃes refletem diferentes conceitualizaÃÃes de um evento. Com base nesses princÃpios, analisa, numa abordagem cognitivo-funcional (GIVÃN, 1993, 1995, 2002, 2005; KEMMER, 1993; CAMACHO, 2002, 2003; HOPPER & THOMPSON, 1980; POTTIER, 1992; CROFT, 1994, 1998; LANGACKER, 1987, 1991; DELANCEY, 1987; TALMY, 1988, 2000; LAKOFF, 1977), a codificaÃÃo da funÃÃo nÃo-atribuiÃÃo de causalidade na CrÃnica Geral da Espanha de 1344, prosa histÃrica representante do portuguÃs arcaico, editada por Cintra (1951). Nessa anÃlise, busca respostas para os seguintes problemas: (a) dos recursos verbais disponÃveis, no corpus analisado, para a expressÃo da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, qual a mais e a menos prototÃpica? (b) que traÃos semÃntico-pragmÃticos e formais caracterizam as diferentes estratÃgias? A hipÃtese central considera que as construÃÃes analisadas codificam a nÃo-atribuiÃÃo da causalidade em variados graus, conforme fatores ligados à noÃÃo de causalidade e à transitividade, como a perspectivaÃÃo e a saliÃncia. Foram coletadas 1061 ocorrÃncias e analisadas quanto a fatores pragmÃticos, como a topicalidade e o estatuto informacional; fatores semÃnticos, como saliÃncia cognitiva do Afetado e do Causativo, traÃo [animado], tipo de afetaÃÃo; e fatores formais, como a ordem e a expressÃo. AlÃm disso, todas foram graduadas quanto ao grau de transitividade e de relevo discursivo. Os resultados apontaram que a mÃdia à a mais prototÃpica das construÃÃes de nÃo-atribuiÃÃo de causalidade, por ser a que apresenta causativo menos saliente e menor grau de transitividade. A passiva, mais freqÃente no corpus e, muitas vezes, com Causativo omitido, caracterizou-se como menos prototÃpica por seu Causativo ser freqÃentemente evocado e apresentar maior grau de transitividade. Do mesmo modo, a impessoal, cujo causativo à freqÃentemente inferÃvel, manifestou-se como mais causativa e mais transitiva que a mÃdia, todavia menos que a passiva. A anÃlise demonstrou, enfim, que o fenÃmeno da nÃo-atribuiÃÃo de causalidade nÃo à um fenÃmeno isolado, limitado à manifestaÃÃo ou nÃo de um Agente. Submete-se a graus e acha-se ligado, especialmente, ao contorno tÃmporo-aspectual do evento. Devido à noÃÃo experiencial de causalidade, ligada à idÃia de movimento, eventos perfectivos sÃo mais causais que eventos imperfectivos.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-02-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3794
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3794
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃstica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295133961027584