Agonistas a2 adrenérgicos pela via espinhal em animais e avaliação da dexmedetomidina ou xilazina epidural em coelhos.

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Main Author: OLIVEIRA, Leonardo Moreira de.
Publication Date: 2013
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
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Summary: Os agonistas α2 adrenérgicos são fármacos muito utilizados na sedação de animais, porém a busca contínua por alternativas no tratamento e prevenção da dor tem tornado seu uso pela via espinhal uma escolha atraente. Há cerca de 30 anos diversos estudos tem demonstrado as vantagens desta prática, entretanto há controvérsia acerca da determinação de doses analgésicas que promovam mínimos efeitos sistêmicos, bem como em relação à ocorrência de neurotoxicidade. Neste sentido objetivou-se com este trabalho compilar dados sobre a utilização desses fármacos pelas vias epidural e subaracnóide em animais, em uma revisão de literatura, e avaliar os aspectos anestesiológicos e histopatológicos da utilização de dexmedetomidina ou xilazina associadas à lidocaína, em coelhos, pela via epidural. Há uma linha tênue entre a obtenção da analgesia segmentar, principal objetivo da utilização espinhal dos agonistas α2 adrenérgicos, e a promoção de sedação e demais efeitos sistêmicos, o que exige cautela do anestesista no emprego da técnica quando a sedação e o decúbito são indesejáveis. Em contrapartida, como na administração espinhal as doses empregadas são inferiores às utilizadas pelas vias sistêmicas, esta técnica pode ser considerada em pacientes onde o uso sistêmico destes fármacos seria contraindicado. A administração de xilazina (3mg/kg) e de dexmedetomidina (10μg/kg), pela via epidural, associadas à lidocaína, causou bradipnéia em todos os coelhos mas a SpO2 manteve-se dentro da normalidade nos que receberam xilazina. Os fármacos triplicaram o período anestésico e aumentaram em 63% o período de retorno à deambulação promovido pela lidocaína. A analgesia segmentar promovida pelos agonistas α2 avaliados foi equipotente, porém a xilazina, apesar da contenção farmacológica satisfatória, promoveu alterações cardiovasculares que limitam o seu uso na dose avaliada. Histologicamente observou-se edema axonal e degeneração walleriana em todos os grupos, porém não foi possível estabelecer correlação com os fármacos estudados.
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Neste sentido objetivou-se com este trabalho compilar dados sobre a utilização desses fármacos pelas vias epidural e subaracnóide em animais, em uma revisão de literatura, e avaliar os aspectos anestesiológicos e histopatológicos da utilização de dexmedetomidina ou xilazina associadas à lidocaína, em coelhos, pela via epidural. Há uma linha tênue entre a obtenção da analgesia segmentar, principal objetivo da utilização espinhal dos agonistas α2 adrenérgicos, e a promoção de sedação e demais efeitos sistêmicos, o que exige cautela do anestesista no emprego da técnica quando a sedação e o decúbito são indesejáveis. Em contrapartida, como na administração espinhal as doses empregadas são inferiores às utilizadas pelas vias sistêmicas, esta técnica pode ser considerada em pacientes onde o uso sistêmico destes fármacos seria contraindicado. A administração de xilazina (3mg/kg) e de dexmedetomidina (10μg/kg), pela via epidural, associadas à lidocaína, causou bradipnéia em todos os coelhos mas a SpO2 manteve-se dentro da normalidade nos que receberam xilazina. Os fármacos triplicaram o período anestésico e aumentaram em 63% o período de retorno à deambulação promovido pela lidocaína. A analgesia segmentar promovida pelos agonistas α2 avaliados foi equipotente, porém a xilazina, apesar da contenção farmacológica satisfatória, promoveu alterações cardiovasculares que limitam o seu uso na dose avaliada. Histologicamente observou-se edema axonal e degeneração walleriana em todos os grupos, porém não foi possível estabelecer correlação com os fármacos estudados.The α2 adrenergic agonists are drugs very used for animal sedation, however the continuous looking for alternatives in the pains treatment and prevention has made your use by spinal route a good choice. Since the 1980 decade very papers has demonstrated the advantages of the practice, but there is many controversy around the analgesic doses that promote little systemic effects as well as about the neurotoxicity. The aim of this dissertation was congregate dates about the epidural and intrathecal use of α2 adrenergic agonists drugs in animals in a review paper and to assess the epidural use of dexmedetomidine or xylazine, associated to lidocaine, in rabbits, in the anesthesiologic and histopathological aspects. There a tenuous line between the obtention of segmentary analgesia and sedation and other systemic effects, what require caution of the anesthetist while to choice the technique in cases that sedation and decubit are undesired. However, how in the spinal route the doses are smallest than the systemic routes this technique can to be considered in patient with the systemic use this drug will be contraindicated. The epidural administration of xylazine (3mg/kg) and dexmedetomidine (10μg/kg) associated with lidocaine induced bradypnea in all rabbits, but the SpO2 was in the limits in ones with received xylazine. The drugs tripled the anesthetic time and along in 63% the time of walk return promoted by lidocaine. The segmentary analgesia has promoted by α2 agonists assessed was equipotent, but the xylazine, despite satisfactory contention, caused cardiovascular impairment that limit its use at the assessed doses.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTRPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMALUFCGNÓBREGA NETO, Pedro Isidro da.NÓBREGA NETO, P. I.http://lattes.cnpq.br/4191563705081259BOPP, Simone.DANTAS, Antônio Flávio Medeiros.OLIVEIRA, Leonardo Moreira de.20132022-06-07T16:54:41Z2022-06-072022-06-07T16:54:41Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25538OLIVEira, Leonardo Moreira de. Agonistas a2 adrenérgicos pela via espinhal em animais e avaliação da dexmedetomidina ou xilazina epidural em coelhos. 2013. 68f. (Dissertação de Mestrado), Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande - Patos - Paraíba - Brasil, 2013. 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