Leishmaniose visceral: perfil epidemiológico da Paraíba, Brasil.

• Main Author: COSTA, Emanuely Lopes da.
• Publication Date: 2024
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Download full: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/39774
• topic: Leishmaniose visceral; Epidemiologia; Prevalência; Leishmaniose visceral – Paraíba; Visceral leishmaniasis; Epidemiology; Prevalence; Visceral leishmaniasis – Paraíba; Farmácia

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença negligenciada de ampla distribuição mundial. Causada pelo protozoário da espécie Leishmania infantum, é transmitida principalmente pela picada do inseto vetor Lutzomyia longipalpis e tem como reservatório mais importante, o cão. Inicialmente, era relacionada à áreas rurais, mas com as mudanças no ambiente, se tornou relevante para as áreas urbanas. O estudo tem como objetivo analisar os casos de Leishmaniose visceral no estado da Paraíba. Foi feito um estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo, que analisou os casos confirmados de LV no estado, no período de 2012 até 2022. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde. Foram coletados dados dos municípios da Paraíba como: ano do 1o sintoma, município de infecção, casos autóctones, sexo, idade, grupo étnico, escolaridade, evolução, critério de confirmação, presença de coinfecção pelo vírus HIV e gravidez. Foram confirmados 466 casos, onde os municípios de Catingueira (1,22) e Gado Bravo (1,19) tiveram maiores coeficientes de prevalência. Sousa (30) e Campina Grande (20) apresentaram maiores casos autóctones e Alagoa Nova (28,6) a maior taxa de letalidade. Quanto ao perfil do infectados, (65,9%) era do sexo masculino, (45,7%) estava na faixa de 20-59 anos, (70,1%) tinham baixa escolaridade e (84,3%) eram pretos/pardos. A cura foi a evolução mais prevalente (73%), no entanto observou- se 11,3% óbitos por LV. Identificou-se 17,1% de coinfectados LV-HIV e 0,64% de gestantes. O diagnostico laboratorial foi o mais prevalente (86,3%). Os dados contribuem para o conhecimento da distribuição e no planejamento de implementação de estratégias para controle e prevenção da parasitose.