Isolamento e caracterização da pectina do caju (Anacardium occidentale L.) para aplicação na liberação controlada de mangiferina.

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Ana Carolina Barbosa
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
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Download full: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/44502
Summary: O objetivo desse trabalho foi isolar e caracterizar a pectina do pseudofruto do caju (Anacardium occidentale L.), aproveitando um subproduto da agroindústria da região nordeste, utilizando-a como matriz para encapsular a mangiferina através da técnica de spray drying. A pectina tem sido estudada na área de liberação de fármacos, devido ao fato de ser um polissacarídeo que apresenta características interessantes como baixa toxicidade, boa estabilidade e biodegradabilidade. A pectina foi caracterizada por Espectroscopia na Região do Infravermelho (FTIR), Análise Elementar (AE), Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN 1H) e de Carbono (RMN 13C), Cromatografia de Permeação em Gel (GPC), viscosidade intrínseca e massa molar viscosimétrica, Potencial Zeta, Análise Térmica (DSC e TGA), Reologia, Difração de Raios-X (DRX) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). O material encapsulado foi caracterizado por FTIR, DSC, TGA, DRX e MEV. Através das análises de FTIR e RMN calculou-se o grau de metoxilação da pectina do caju podendo esta ser classificada como sendo de baixo grau de metoxilação (GM<50%). A Massa Molar da pectina do caju, determinada por Cromatografia e por Análise Viscosimétrica, apresentou valores próximos na ordem de 105 g.mol-1. Através do Potencial Zeta (ζ) observou-se que a solução de pectina mostrou-se homogênea, apresentando um valor de –32,6 mV referente aos grupos carboxilatos presentes na estrutura do polissacarídeo. Nas Análises Térmicas os materiais estudados apresentaram boa estabilidade, com picos e eventos, característicos de perda de água e degradação das amostras. No estudo reológico verificou-se que a pectina extraída apresentou comportamento pseudoplástico em baixas taxas de cisalhamento e um comportamento newtoniano em altas taxas de cisalhamento. Pelo DRX confirmou-se o caráter amorfo da pectina e cristalino da mangiferina, bem como, o surgimento de picos na amostra encapsulada mostrando que houve a incorporação do fármaco na matriz polimérica. Nas imagens de MEV foi observada uma morfologia esférica da pectina, decorrente do processo de secagem por spray drying, e a presença do bioativo disperso na matriz polimérica. Diante dos resultados obtidos nos ensaios de dissolução com a mangiferina, simulando o pH do trato gastrointestinal, a pectina do caju, polímero testado, apresentou-se como uma matriz promissora para utilização em sistemas de liberação controlada de drogas.
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