Export Ready — 

Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia

Bibliographic Details
Main Author: Pinheiro, Ana Carolina Oliveira
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFBA
Download full: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21506
Summary: O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte integrante do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, no Cráton do São Francisco e intrudiram terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos do sul do Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo básico fissural da Província Itabuna-Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de Cisalhamento ItabunaItaju do Colônia (ZCIIC). Os corpos filonianos são de idade neoproterozoica (entre 0,66 e 0,55 Ga, K-Ar). Apresenta-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas, mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na direção NESW, embora também ocorram corpos na direção NW-SE. Os diques máficos foram classificados quimicamente como álcali-basaltos, havaiitos, mugearitos e lati-basaltos. As características texturais e mineralógicas dos quatro grupos são semelhantes. São rochas mesocráticas com texturas hipocristalina, inequigranular e fortemente porfirítica, ofítica e subofítica e intergranular. Ocorrem fenocristais de plagioclásio, piroxênios (clino e orto) e olivina que juntos perfazem cerca de 75-85% do volume total das rochas, imersos numa matriz de granulação variando de fina a média. Secundariamente ocorrem anfibólio, micas, epídoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e carbonato que correspondem a produtos de alteração de plagioclásios, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos, titanita e raramente quartzo. No contato entre o dique máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material de vítreo, entretanto à medida em que se afasta do contato, é possível perceber o crescimento dos cristais e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e olivina. O resfriamento gradativo do magma gera o processo deutérico-hidrotermal, no qual há a alteração mineralógica dos principais minerais, além de zoneamento dos plagioclásios e piroxênios. Análises geoquímicas realizadas em onze amostras coletadas na área de estudo indicam que esses copos filonianos possuem tendência alcalina, apresentando número mg# [MgO/(MgO+FeOt)] de 0,36 no latibasalto, de 0,37 a 0,45 nos álcali-basaltos, de 0,31 a 0,44 nos havaiitos e de 0,27 a 0,31 nos mugearitos sugerindo que as rochas de Itapé correspondem a litotipos mais evoluídos. De um modo geral, os padrões de distribuição dos ETR são muito semelhantes entre os quatro grupos, apresentando ETRl (leves) médio a fortemente enriquecidos. Os padrões para os diferentes grupos são aproximadamente paralelos entre si, e esse comportamento revela que a fonte geradora pode ser a mesma para os vários litotipos observados. Todos os grupos de diques máficos de Itapé possuem valores aproximados para o padrão OIB. Os latibasaltos e os álcali-basaltos são os litotipos menos evoluídos, enquanto os havaiitos e mugearitos são os mais evoluídos.
id UFBA-2_cf93c064db9c067bef6eef0150ab4a7b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/21506
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Pinheiro, Ana Carolina OliveiraLeal, Ângela Beatriz de Menezes2017-02-19T21:05:11Z2017-02-19T21:05:11Z2017-02-192012-06http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21506O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte integrante do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, no Cráton do São Francisco e intrudiram terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos do sul do Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo básico fissural da Província Itabuna-Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de Cisalhamento ItabunaItaju do Colônia (ZCIIC). Os corpos filonianos são de idade neoproterozoica (entre 0,66 e 0,55 Ga, K-Ar). Apresenta-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas, mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na direção NESW, embora também ocorram corpos na direção NW-SE. Os diques máficos foram classificados quimicamente como álcali-basaltos, havaiitos, mugearitos e lati-basaltos. As características texturais e mineralógicas dos quatro grupos são semelhantes. São rochas mesocráticas com texturas hipocristalina, inequigranular e fortemente porfirítica, ofítica e subofítica e intergranular. Ocorrem fenocristais de plagioclásio, piroxênios (clino e orto) e olivina que juntos perfazem cerca de 75-85% do volume total das rochas, imersos numa matriz de granulação variando de fina a média. Secundariamente ocorrem anfibólio, micas, epídoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e carbonato que correspondem a produtos de alteração de plagioclásios, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos, titanita e raramente quartzo. No contato entre o dique máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material de vítreo, entretanto à medida em que se afasta do contato, é possível perceber o crescimento dos cristais e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e olivina. O resfriamento gradativo do magma gera o processo deutérico-hidrotermal, no qual há a alteração mineralógica dos principais minerais, além de zoneamento dos plagioclásios e piroxênios. Análises geoquímicas realizadas em onze amostras coletadas na área de estudo indicam que esses copos filonianos possuem tendência alcalina, apresentando número mg# [MgO/(MgO+FeOt)] de 0,36 no latibasalto, de 0,37 a 0,45 nos álcali-basaltos, de 0,31 a 0,44 nos havaiitos e de 0,27 a 0,31 nos mugearitos sugerindo que as rochas de Itapé correspondem a litotipos mais evoluídos. De um modo geral, os padrões de distribuição dos ETR são muito semelhantes entre os quatro grupos, apresentando ETRl (leves) médio a fortemente enriquecidos. Os padrões para os diferentes grupos são aproximadamente paralelos entre si, e esse comportamento revela que a fonte geradora pode ser a mesma para os vários litotipos observados. Todos os grupos de diques máficos de Itapé possuem valores aproximados para o padrão OIB. Os latibasaltos e os álcali-basaltos são os litotipos menos evoluídos, enquanto os havaiitos e mugearitos são os mais evoluídos.ABSTRACT - The basaltic magmatism in the Itape region, southeast of Bahia, comprises rocks of intrusive character in the form of dykes. This set of rocks is part of Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, in the São Francisco Craton, and intruded archean and paleoprotherozoic granulitic polydeformed terrains of the southern Bahia state. The mafic dykes swarm is part of the fissural basic magmatism of Itabuna-Itaju do Colônia Province (IICP), which is situated in the Itabuna-Itaju do Colônia Shear Zone (IICSZ). The mafic veins are neoprotherozoic age (between 0.66 and 0.55 Ga, K-Ar, according to LIMA et al. 1981). They present in a significant way along the Colônia river, with varying dimensions, arises tabular bodies almost always emerged ridges, but also submerged. These are vertical to subvertical and have the preferred trend in the NE-SW direction, although some bodies also occur in the NW-SE direction. The mafic dykes are chemically classified as alkali-basalts, hawaiites, mugearites and latibasalts. The mineralogical and textural characteristics of the four groups are similar. These rocks are mesocratic with hipocrystalline, inequigranular, strongly porphiritic, ophitic, subophitic and intergranular textures. Occur phenocrysts of plagioclase, pyroxene (clino and ortho) and olivine, which together make up about 75-85% of the total volume of rocks, immersed in a matrix with a grain size ranging from fine to medium. Secondly, there amphibole, white mica, biotite, epidote, serpentine, idingsite, bowlingite, talc and carbonate that correspond to alteration products of plagioclase, pyroxene and olivine. Some opaque minerals occur as accessory mineral. In the contact between the mafic dike and enclosing granulitic observed the formation of glassy material. However, as we move away from contact, it was possible to see the growth of crystals and formation of texture holocrystalline supporting micro, macro and phenocrysts of plagioclase, pyroxene and olivine. The gradual cooling of the magma generates deuteric/hydrothermal process in which is the mineralogical alteration, as well as zoning of plagioclase and pyroxene. Geochemical analyzes made in eleven samples collected in the study area indicate that these mafic veins have a alkaline tendency showing the number mg# [MgO/(MgO+FeOt)] in latibasalt of 0.36, 0.37 to 0.45 in alkali-basalts, from 0.31 to 0.44 in hawaiites, and from 0.27 to 0.31 in mugearites, suggesting that the rocks of Itapé correspond to more evolved rock types. In general, the distribution patterns of REE are very similar to the for the four groups, with LREE (lights) medium to strongly enriched. The patterns for the different groups are approximately parallel to each other, and this behavior show that the generating source can be the same observed for the various rock types. All groups of mafic dykes of Itapé have approximate values for the standard OIB. The latibasalts and alkali-basalts are less evolved rock types, while hawaiites and mugearites are more evolved.Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-02-19T21:05:11Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf: 9768696 bytes, checksum: a98965bfccd1adfb134577bfb4b803fc (MD5)Made available in DSpace on 2017-02-19T21:05:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf: 9768696 bytes, checksum: a98965bfccd1adfb134577bfb4b803fc (MD5)Petrologia, Metalogênese e Exploração MineralDiques MáficosGeoquímicaPetrografia.Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisInstituto de GeociênciasGeologiaPGGEOLOGIAbrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDissertação_Ana_pinheiro_2012.pdfDissertação_Ana_pinheiro_2012.pdfapplication/pdf9768696https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana_pinheiro_2012.pdfa98965bfccd1adfb134577bfb4b803fcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTDissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf.txtDissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf.txtExtracted texttext/plain247818https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana_pinheiro_2012.pdf.txtb37a0a936d409d9678135537831418dfMD53ri/215062022-07-01 10:46:50.366oai:repositorio.ufba.br:ri/21506VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestrepositorio@ufba.bropendoar:19322022-07-01T13:46:50Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
title Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
spellingShingle Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
Pinheiro, Ana Carolina Oliveira
Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Diques Máficos
Geoquímica
Petrografia.
title_short Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
title_full Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
title_fullStr Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
title_full_unstemmed Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
title_sort Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da Bahia
author Pinheiro, Ana Carolina Oliveira
author_facet Pinheiro, Ana Carolina Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinheiro, Ana Carolina Oliveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leal, Ângela Beatriz de Menezes
contributor_str_mv Leal, Ângela Beatriz de Menezes
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
topic Petrologia, Metalogênese e Exploração Mineral
Diques Máficos
Geoquímica
Petrografia.
dc.subject.por.fl_str_mv Diques Máficos
Geoquímica
Petrografia.
description O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte integrante do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, no Cráton do São Francisco e intrudiram terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos do sul do Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo básico fissural da Província Itabuna-Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de Cisalhamento ItabunaItaju do Colônia (ZCIIC). Os corpos filonianos são de idade neoproterozoica (entre 0,66 e 0,55 Ga, K-Ar). Apresenta-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas, mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na direção NESW, embora também ocorram corpos na direção NW-SE. Os diques máficos foram classificados quimicamente como álcali-basaltos, havaiitos, mugearitos e lati-basaltos. As características texturais e mineralógicas dos quatro grupos são semelhantes. São rochas mesocráticas com texturas hipocristalina, inequigranular e fortemente porfirítica, ofítica e subofítica e intergranular. Ocorrem fenocristais de plagioclásio, piroxênios (clino e orto) e olivina que juntos perfazem cerca de 75-85% do volume total das rochas, imersos numa matriz de granulação variando de fina a média. Secundariamente ocorrem anfibólio, micas, epídoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e carbonato que correspondem a produtos de alteração de plagioclásios, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos, titanita e raramente quartzo. No contato entre o dique máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material de vítreo, entretanto à medida em que se afasta do contato, é possível perceber o crescimento dos cristais e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e olivina. O resfriamento gradativo do magma gera o processo deutérico-hidrotermal, no qual há a alteração mineralógica dos principais minerais, além de zoneamento dos plagioclásios e piroxênios. Análises geoquímicas realizadas em onze amostras coletadas na área de estudo indicam que esses copos filonianos possuem tendência alcalina, apresentando número mg# [MgO/(MgO+FeOt)] de 0,36 no latibasalto, de 0,37 a 0,45 nos álcali-basaltos, de 0,31 a 0,44 nos havaiitos e de 0,27 a 0,31 nos mugearitos sugerindo que as rochas de Itapé correspondem a litotipos mais evoluídos. De um modo geral, os padrões de distribuição dos ETR são muito semelhantes entre os quatro grupos, apresentando ETRl (leves) médio a fortemente enriquecidos. Os padrões para os diferentes grupos são aproximadamente paralelos entre si, e esse comportamento revela que a fonte geradora pode ser a mesma para os vários litotipos observados. Todos os grupos de diques máficos de Itapé possuem valores aproximados para o padrão OIB. Os latibasaltos e os álcali-basaltos são os litotipos menos evoluídos, enquanto os havaiitos e mugearitos são os mais evoluídos.
publishDate 2012
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2012-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-02-19T21:05:11Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-02-19T21:05:11Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-02-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21506
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21506
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.publisher.program.fl_str_mv Geologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv PGGEOLOGIA
dc.publisher.country.fl_str_mv brasil
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Geociências
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana_pinheiro_2012.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/21506/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ana_pinheiro_2012.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a98965bfccd1adfb134577bfb4b803fc
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
b37a0a936d409d9678135537831418df
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufba.br
_version_ 1828148953191809024