Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Júlia Dias da
Publication Date: 2020
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFBA
Download full: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42096
Summary: Esta dissertação apresenta uma leitura do romance Um defeito de cor (2017), de Ana Maria Gonçalves, sob três aspectos: escrita de mulheres negras, diáspora africana e corpos negros. A escrita de mulheres negras – aqui representada por Ana Maria Gonçalves –, reconstrói vivências e aciona memórias coletivas do passado escravocrata, bem como de um presente em que ainda está a estigmatização dos corpos negros privados de identidade social, intelectual e cultural. Em uma narrativa que abrange 80 anos de história, é reconstruído – pela escrita de Kehinde – o contexto histórico do Brasil escravagista do século XIX. Há, em Um defeito de cor, narrativas e imagens do povo negro distanciadas do padrão canônico e hegemônico que desumaniza negras e negros. Além disso, a obra aponta para resgates históricos junto à representação identitária e ao protagonismo de negro. A análise da obra tem como aporte teórico as produções intelectuais de Beatriz Nascimento (1989), bell hooks (2019), Conceição Evaristo (2005), Édouard Glissant (2005), Leda Maria Martins (1997), Paul Giroy (2008) e Wlamyra Albuquerque (2010) que apontam conceitos-chave para compreender a personagem Kehinde enquanto sujeita-protagonista de sua trajetória, que reconstrói e que subverte discursos branco-hegemônicos.
id UFBA-2_33bae6a67afcf3e1cd6b68e47f69cd2b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/42096
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling 2025-05-23T12:43:15Z2025-05-23T12:43:15Z2020-03-09https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42096Esta dissertação apresenta uma leitura do romance Um defeito de cor (2017), de Ana Maria Gonçalves, sob três aspectos: escrita de mulheres negras, diáspora africana e corpos negros. A escrita de mulheres negras – aqui representada por Ana Maria Gonçalves –, reconstrói vivências e aciona memórias coletivas do passado escravocrata, bem como de um presente em que ainda está a estigmatização dos corpos negros privados de identidade social, intelectual e cultural. Em uma narrativa que abrange 80 anos de história, é reconstruído – pela escrita de Kehinde – o contexto histórico do Brasil escravagista do século XIX. Há, em Um defeito de cor, narrativas e imagens do povo negro distanciadas do padrão canônico e hegemônico que desumaniza negras e negros. Além disso, a obra aponta para resgates históricos junto à representação identitária e ao protagonismo de negro. A análise da obra tem como aporte teórico as produções intelectuais de Beatriz Nascimento (1989), bell hooks (2019), Conceição Evaristo (2005), Édouard Glissant (2005), Leda Maria Martins (1997), Paul Giroy (2008) e Wlamyra Albuquerque (2010) que apontam conceitos-chave para compreender a personagem Kehinde enquanto sujeita-protagonista de sua trajetória, que reconstrói e que subverte discursos branco-hegemônicos.Esta investigación presenta una lectura de la novela Um defeito de cor (2017), de Ana Maria Gonçalves, bajo tres aspectos: escriturade mujeres negras, diáspora africana y cuerpos negros. La escritura de mujeres negras, aquí representada por Ana Maria Gonçalves, reconstruye experiencias y desencadena recuerdos colectivos del pasado esclavo, así como un presente en el que todavía existe la estigmatización de cuerpos negros privados de identidad social, intelectual y cultural. En una narrativa que abarca 80 años de historia, el contexto histórico de un Brasil esclavista del siglo XIX se reconstruye, según los escritos de Kehinde. Hay, en Um defeito de cor, narraciones e imágenes de los negros distanciados del patrón canónico y hegemónico que deshumaniza a las mujeres y a los hombres negros. Además, el trabajo apunta a rescates históricos junto con la representación de identidad y el protagonismo de los negros. El análisis del trabajo tiene como aporte teórico las producciones intelectuales de Beatriz Nascimento (1989), bell hooks (2019), Conceição Evaristo (2005), Édouard Glissant (2005), Leda Maria Martins (1997), Paul Giroy (2008) y Wlamyra Albuquerque (2010) que señalan conceptos claves para entender al personaje Kehinde como el protagonista de su trayectoria, que reconstruye y subvierte los discursos hegemónicos blancos.porUniversidade Federal da BahiaPós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) UFBABrasilInstituto de LetrasUm defeito de corescritura de mujeres negrasAfrodiasporaCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESUm defeito de corescrita de mulheres negrasafrodiásporaPor dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria GonçalvesMestrado Acadêmicoinfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionCosta, Júlia Morena Silva daCosta, Júlia Morena Silva daSouza, Ana Lúcia SilvaSouza, Lívia Maria Natália dehttp://lattes.cnpq.br/6270573169942386Silva, Júlia Dias dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALAta assinada.pdfAta assinada.pdfapplication/pdf611058https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/1/Ata%20assinada.pdfeec89694d3a6b217ea347ec3384c673fMD51open accessverso_definitiva__dissertao_1.pdfverso_definitiva__dissertao_1.pdfapplication/pdf1110552https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/2/verso_definitiva__dissertao_1.pdf31834e28b2c7fd4465c807c4594494dcMD52open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1720https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/3/license.txtd9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8MD53open accessri/420962025-05-23 09:43:16.301open accessoai:repositorio.ufba.br:ri/42096TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtbykgbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlL291IGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBlL291IHbDrWRlby4KCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIGUvb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHDp8OjbywgcG9kZW5kbyBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKCk8gYXV0b3Igb3UgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPLCBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIChzKSBzZXUocykgbm9tZSAocykgb3UgbyAocykgbm9tZSAocykgZG8gKHMpIGRldGVudG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufba.br/oai/requestrepositorio@ufba.bropendoar:19322025-05-23T12:43:16Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
title Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
spellingShingle Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Silva, Júlia Dias da
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Um defeito de cor
escrita de mulheres negras
afrodiáspora
Um defeito de cor
escritura de mujeres negras
Afrodiaspora
title_short Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
title_full Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
title_fullStr Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
title_full_unstemmed Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
title_sort Por dizeres escritos, afrodiaspóricos e corpos negros: uma leitura de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
author Silva, Júlia Dias da
author_facet Silva, Júlia Dias da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Costa, Júlia Morena Silva da
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Costa, Júlia Morena Silva da
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Souza, Ana Lúcia Silva
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Souza, Lívia Maria Natália de
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6270573169942386
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Júlia Dias da
contributor_str_mv Costa, Júlia Morena Silva da
Costa, Júlia Morena Silva da
Souza, Ana Lúcia Silva
Souza, Lívia Maria Natália de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Um defeito de cor
escrita de mulheres negras
afrodiáspora
Um defeito de cor
escritura de mujeres negras
Afrodiaspora
dc.subject.por.fl_str_mv Um defeito de cor
escrita de mulheres negras
afrodiáspora
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Um defeito de cor
escritura de mujeres negras
Afrodiaspora
description Esta dissertação apresenta uma leitura do romance Um defeito de cor (2017), de Ana Maria Gonçalves, sob três aspectos: escrita de mulheres negras, diáspora africana e corpos negros. A escrita de mulheres negras – aqui representada por Ana Maria Gonçalves –, reconstrói vivências e aciona memórias coletivas do passado escravocrata, bem como de um presente em que ainda está a estigmatização dos corpos negros privados de identidade social, intelectual e cultural. Em uma narrativa que abrange 80 anos de história, é reconstruído – pela escrita de Kehinde – o contexto histórico do Brasil escravagista do século XIX. Há, em Um defeito de cor, narrativas e imagens do povo negro distanciadas do padrão canônico e hegemônico que desumaniza negras e negros. Além disso, a obra aponta para resgates históricos junto à representação identitária e ao protagonismo de negro. A análise da obra tem como aporte teórico as produções intelectuais de Beatriz Nascimento (1989), bell hooks (2019), Conceição Evaristo (2005), Édouard Glissant (2005), Leda Maria Martins (1997), Paul Giroy (2008) e Wlamyra Albuquerque (2010) que apontam conceitos-chave para compreender a personagem Kehinde enquanto sujeita-protagonista de sua trajetória, que reconstrói e que subverte discursos branco-hegemônicos.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-03-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2025-05-23T12:43:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2025-05-23T12:43:15Z
dc.type.driver.fl_str_mv Mestrado Acadêmico
info:eu-repo/semantics/masterThesis
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42096
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/42096
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/1/Ata%20assinada.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/2/verso_definitiva__dissertao_1.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/42096/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv eec89694d3a6b217ea347ec3384c673f
31834e28b2c7fd4465c807c4594494dc
d9b7566281c22d808dbf8f29ff0425c8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufba.br
_version_ 1847339340775030784