Efeitos do tratamento com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas sobre a estatura final em meninos com puberdade precoce central em um Centro de Referência, no estado da Bahia (1998-2014)

• Main Author: Leite, Ana Paula Fontes
• Publication Date: 2017
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UFBA
• Download full: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35839
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Puberdade Precoce; Crescimento; Análogo de GnRH; Meninos; Precocious Puberty; Growth; Gonadotropin-releasing hormone agonist; Boys

Efeitos do tratamento com análogo do hormônio liberador de gonadotrofinas sobre a estatura final em meninos com puberdade precoce central em um Centro de Referência, no estado da Bahia (1998-2014) Fundamentação Teórica: A puberdade precoce é o desenvolvimento puberal antes dos 9 anos em meninos, na maioria dos casos é dependente de gonadotrofinas (PPC-Puberdade Precoce Central). O tratamento medicamentoso padrão da PPC é o agonista de longa duração do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRHa), que suprime o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal. Objetivo: Descrever efeitos do tratamento com o análogo de GnRH sobre a estatura final dos pacientes e avaliar os impactos psicológicos do tratamento.Método: Estudo longitudinal ambispectivo. Primeira etapa (retrospectiva): análise dos dados de prontuários de 66 pacientes masculinos com diagnóstico de PPC, tratados com GnRHa no CEDEBA; Segunda etapa (prospectiva): dados de 14 pacientes que finalizaram o tratamento e responderam ao Questionário de avaliação.Resultados: A estatura final foi 171 ± 5,1 cm. Desde o início do tratamento até atingir sua estatura final o crescimento foi de 28,3 ± 13,3 cm. O quociente entre estatura final e estatura alvo foi 0,99 ± 0,03. O ganho estatural relativo foi de 0,5 ± 6 cm. Após a finalização do tratamento os pacientes ainda cresceram 11,5 ± 2,7 cm até a parada do crescimento. Quanto menor a idade de início do tratamento e maior o tempo de sua duração, maior a ganho estatural absoluto (p<0,05). 92,8% dos pacientes tinham medo de “ficarem baixinhos” antes do início da terapia. 100% dos pacientes não se arrependem do tratamento, 92,8% o fariam novamente se necessário e 78,6% estão satisfeitos com a sua estatura final. Redução do número de indivíduos que afirmavam ser agressivos, ter problemas de relacionamento, dificuldade de concentração e/ou episódios de variação de humor após a finalização do tratamento. Conclusões: O tratamento realizado no CEDEBA cumpre totalmente o seu papel: tem um impacto positivo e significativo sobre a estatura final, prevenindo a perda estatural, e também sendo positivo do ponto de vista psicológico, importantes parâmetros para iniciar a terapia e consequentemente para avaliar a sua eficácia.