USO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UECE |
Texto Completo: | https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=93422 |
Resumo: | <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Plantas medicinais são aquelas silvestres ou cultivadas, utilizadas como recursos para prevenir, aliviar, curar ou modificar um processo fisiológico normal ou patológico, isto é, com fins medicinais, ou como fonte de fármacos e de seus precursores. A identificação errônea das espécies vegetais, forma de preparo incorreta e o uso indiscriminado podem ser perigosos, levando a superdosagem, ineficácia terapêutica e efeitos indesejáveis. Gestantes comumente recorrem ao uso de plantas medicinais, por julgarem esta prática como natural e, portanto, inofensiva a sua saúde. Entretanto, é sabido que algumas destas possuem propriedades abortifacientes e podem ainda, acarretar danos ao desenvolvimento embrionário ou fetal. Por isso, esta pesquisa tem como principal objetivo identificar e conhecer as plantas medicinais possivelmente utilizadas pelas gestantes assistidas numa Unidade Básica de Saúde da Família (UBASF) do município de Maracanaú. Foi um estudo transversal do tipo descritivo com gestantes cadastradas e acompanhadas durante o pré-natal na UBASF, no período de junho a julho de 2015. Participaram da pesquisa 13 gestantes que responderam a um questionário semiestruturado. Em relação ao uso de plantas medicinais antes da gestação, 61,5% (08) das gestantes usaram as plantas medicinais como remédio em algum momento da sua vida, sendo identificadas as seguintes: cidreira, capim-santo, erva-doce, boldo, macela, gengibre, malva-santa, courama. Foi identificado alguns equívocos quanto às indicações terapêuticas relatadas pelas gestantes: a cidreira, na verdade, teria pouca ação em nível estomacal, sendo o boldo-do-chile o mais apropriado; a malva-santa (falso boldo) não tem ação contra gripe, provavelmente houve um equívoco comum, pois a planta que combate afecções respiratórias é o malvarisco; e a courama, por sua vez, tem ação antibacteriana não sendo corretamente indicada para tratar gripe. Já durante a gravidez, devido a uma experiência anterior, 30,8% (04) relataram fazer uso de plantas medicinais, sendo citadas: a cidreira, o capim-santo, o boldo e o gengibre. Sobre a origem das indicações, 15,4% (02) relataram ter recebido da mãe ou avó, 7,7% (01) havia realizado pesquisa na internet e 7,7% (01) já tinha conhecimento. Quanto a forma de preparo, 61,5% (08) não sabiam realizar o preparo correto dos chás, xaropes ou balas de gengibre e 15,4% (02) das gestantes nada declararam. Das gestantes entrevistadas, 23,1%(03) usavam plantas medicinais contraindicadas durante a gestação, sendo citadas: a cidreira, o capim-santo e o boldo. Diante do exposto, as gestantes entrevistadas referiram usar plantas medicinais durante a gravidez e isso deve ser visto com cautela, sobretudo pela identificação do uso de algumas plantas contraindicadas e também devido a falhas no processo de comunicação entre gestantes e médicos. Portanto, sugere-se</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">9</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">uma intervenção educativa pela equipe de saúde que acompanha essas gestantes a fim de que se possa dar esclarecimentos sobre o uso das plantas medicinais, minimizando os riscos promovidos por esta prática durante a gestação.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Plantas medicinais. Gestação. Toxicidade. Teratogenicidade.</span></font></div> |
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USO DE PLANTAS MEDICINAIS DURANTE A GESTAÇÃOGravidez<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Plantas medicinais são aquelas silvestres ou cultivadas, utilizadas como recursos para prevenir, aliviar, curar ou modificar um processo fisiológico normal ou patológico, isto é, com fins medicinais, ou como fonte de fármacos e de seus precursores. A identificação errônea das espécies vegetais, forma de preparo incorreta e o uso indiscriminado podem ser perigosos, levando a superdosagem, ineficácia terapêutica e efeitos indesejáveis. Gestantes comumente recorrem ao uso de plantas medicinais, por julgarem esta prática como natural e, portanto, inofensiva a sua saúde. Entretanto, é sabido que algumas destas possuem propriedades abortifacientes e podem ainda, acarretar danos ao desenvolvimento embrionário ou fetal. Por isso, esta pesquisa tem como principal objetivo identificar e conhecer as plantas medicinais possivelmente utilizadas pelas gestantes assistidas numa Unidade Básica de Saúde da Família (UBASF) do município de Maracanaú. Foi um estudo transversal do tipo descritivo com gestantes cadastradas e acompanhadas durante o pré-natal na UBASF, no período de junho a julho de 2015. Participaram da pesquisa 13 gestantes que responderam a um questionário semiestruturado. Em relação ao uso de plantas medicinais antes da gestação, 61,5% (08) das gestantes usaram as plantas medicinais como remédio em algum momento da sua vida, sendo identificadas as seguintes: cidreira, capim-santo, erva-doce, boldo, macela, gengibre, malva-santa, courama. Foi identificado alguns equívocos quanto às indicações terapêuticas relatadas pelas gestantes: a cidreira, na verdade, teria pouca ação em nível estomacal, sendo o boldo-do-chile o mais apropriado; a malva-santa (falso boldo) não tem ação contra gripe, provavelmente houve um equívoco comum, pois a planta que combate afecções respiratórias é o malvarisco; e a courama, por sua vez, tem ação antibacteriana não sendo corretamente indicada para tratar gripe. Já durante a gravidez, devido a uma experiência anterior, 30,8% (04) relataram fazer uso de plantas medicinais, sendo citadas: a cidreira, o capim-santo, o boldo e o gengibre. Sobre a origem das indicações, 15,4% (02) relataram ter recebido da mãe ou avó, 7,7% (01) havia realizado pesquisa na internet e 7,7% (01) já tinha conhecimento. Quanto a forma de preparo, 61,5% (08) não sabiam realizar o preparo correto dos chás, xaropes ou balas de gengibre e 15,4% (02) das gestantes nada declararam. Das gestantes entrevistadas, 23,1%(03) usavam plantas medicinais contraindicadas durante a gestação, sendo citadas: a cidreira, o capim-santo e o boldo. Diante do exposto, as gestantes entrevistadas referiram usar plantas medicinais durante a gravidez e isso deve ser visto com cautela, sobretudo pela identificação do uso de algumas plantas contraindicadas e também devido a falhas no processo de comunicação entre gestantes e médicos. Portanto, sugere-se</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">9</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">uma intervenção educativa pela equipe de saúde que acompanha essas gestantes a fim de que se possa dar esclarecimentos sobre o uso das plantas medicinais, minimizando os riscos promovidos por esta prática durante a gestação.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Plantas medicinais. Gestação. Toxicidade. Teratogenicidade.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Medicinal plants are those "wild and cultivated, as resources used for preventing, alleviating, curing or modify normal physiological or pathological process, that is, for medicinal purposes or as a source of drugs and their precursors". The erroneous identification of plant species, form of incorrect preparation and indiscriminate use can be dangerous, leading to overdose, therapeutic failure and adverse events. Pregnant women commonly resort to the use of medicinal plants, judging by this practice as natural and therefore harmless to your health. However, it is known that some of these have abortifacient properties and may also result in damage to the embryonic or fetal development. Therefore, this research aims to identify and know the medicinal plants possibly used by pregnant women assisted in the Family Basic Health Unit (UBASF) of Maracanaú. This cross-sectional descriptive study with pregnant women registered and monitored during the prenatal in UBASF, from June to July 2015. Search Subjects were 13 women who answered a semi-structured questionnaire. Regarding the use of medicinal plants before pregnancy, 61.5% (08) of pregnant women have used medicinal plants as a remedy at some point in your life, identified as follows: lemon, grass holy, fennel, boldo, chamomile, ginger, mauve-santa, courama. Was identified some misconceptions about the indications reported by pregnant women: a lemon, in fact, would have little action in stomach level, and the Boldo-do-chile as appropriate; the mauve-santa (false Boldo) has no action against flu, probably there was a common misconception, because the plant that fights respiratory diseases is malvarisco; and courama, in turn, has antibacterial action not being properly indicated to treat flu. Already during pregnancy, due to a previous experience, 30.8% (04) reported use of medicinal plants, being mentioned: the balm, the grass-saint, the boldo and ginger. On the Origin of indications, 15.4% (02) reported having received from the mother or grandmother, 7.7% (01) had conducted research on the internet and 7.7% (01) was already aware. As the form of preparation, 61.5% (08) did not know make the correct preparation of teas, syrups or ginger candies and 15.4% (02) of the women said nothing. Of pregnant women interviewed, 23.1% (03) used medicinal plants contraindicated during pregnancy, being mentioned: the balm, the grass holy and boldo. Given the above, the women interviewed reported using herbal medicines during pregnancy and this should be viewed with caution, particularly by identifying the use of some plants and also contraindicated due to flaws in the communication process among pregnant women and doctors. Therefore, it is suggested that an educational intervention by the health team that</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">11</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">accompanies these pregnant women so that we can give clarification on the use of medicinal plants, minimizing the risks promoted by this practice during pregnancy.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Keywords: Medicines Herbals. Pregnancy. Toxicity. Teratogenecity.</span></font></div>Universidade Estadual do CearáAna Cláudia de Brito PassosALMEIDA, LETÍCIA DE ARAÚJO2019-10-09T14:16:39Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=93422info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UECEinstname:Universidade Estadual do Cearáinstacron:UECE2019-10-09T14:16:39Zoai:uece.br:93422Repositório InstitucionalPUBhttps://siduece.uece.br/siduece/api/oai/requestopendoar:2019-10-09T14:16:39Repositório Institucional da UECE - Universidade Estadual do Cearáfalse |
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