Correlação entre dispneia relatada em atividades e a dispneia induzida pelo teste de caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmidt, Jhenifer
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Udesc
dARK ID: ark:/33523/0013000002mth
Texto Completo: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/21853
Resumo: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam obstrução ao fluxo aéreo, resultando em manifestações pulmonares e sistêmicas e, dentre elas, a dispneia crônica e progressiva é o sintoma mais característico da doença. Existem instrumentos que avaliam este sintoma de forma recordatória, em que o indivíduo identifica o grau de dispneia para atividades de intensidades diferentes, e outros que graduam a sensação de dispneia no mesmo momento em que o paciente experimenta o esforço. Objetivo: Verificar a associação entre a dispneia relatada em atividades e a dispneia induzida pelo TC6 em pacientes com DPOC; verificar se a dispneia em atividades, se correlaciona com a dispneia induzida pelo TC6 nos grupos de pacientes com diferentes comprometimentos da função pulmonar e comparar a sensação de dispneia durante o TC6 entre aqueles pacientes que apresentam dispneia limitante em atividades com os que não apresentam. Método: Participaram do estudo 98 pacientes com diagnóstico de DPOC II a IV confirmado por critério espirométrico da GOLD. Foram coletados dados referentes à antropometria, função pulmonar através da espirometria (Easy One, NDD Medical Technologies®, Suíça), dispneia em atividades de vida diária (AVD) através da escala do Medical Research Council modificada (MRCm), capacidade funcional através do TC6 e dispneia induzida pelo TC6 através da escala de Borg. Para as análises foram utilizados o teste de Shapiro- Wilk e o coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância adotado para o tratamento estatístico foi de 5% (p < 0.05). Resultados: Foram incluídos 85 pacientes (62 homens), com média de idade 66,0 ± 8,22; 47 classificados com MRCm< 2. A variação do grau de dispneia em repouso para o nível de dispneia ao esforço ao fim do TC6 (ΔBorg) e ao final do TC6 (Borg final) foram fracamente relacionadas à dispneia crônica refletida na escala MRCm (r=0,33; p=0,002; r=0,37; p <0,001), respectivamente. A dispneia na MRCm apresentou fraca correlação (r=0,41; p=0,02) com o Borg final nos pacientes com comprometimento muito grave (GOLD IV), não foi observado correlação entre a dispneia relatada na MRCm com o Borg final nos pacientes com comprometimento moderado e grave (GOLD II e III) (p>0,05). Além disso, foi possível observar que a dispneia na MRCm apresentou fraca correlação negativa com a distância percorrida no TC6 (r= - 0,44; p<0,001), com o VEF1%prev. (r= -0,33; p=0,02) e moderada correlação positiva com o índice BODE (r = 0,66; p<0,001). Conclusão: A dispneia relatada em atividades apresentou maior correlação com a dispneia relatada durante o TC6 (Borg final) em pacientes com comprometimento muito grave (GOLD IV), possivelmente por apresentarem melhor percepção da sensação de dispneia. Além disso, o estudo evidenciou que pacientes que relatam menor dispneia em atividades, percorrem maiores distâncias no TC6, apresentam maior função pulmonar e menor índice de mortalidade.
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