Dinâmica em diferentes gradientes de altitude em um fragmento de floresta ombrófila mista alto-montana em Santa Catarina

• Main Author: Lopes, Kauê Caetano
• Publication Date: 2022
• Format: Bachelor thesis
• Language: eng
• Source: Repositório Institucional da Udesc
• dARK ID: ark:/33523/001300000tbvk
• Download full: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/17080
• topic: Comunidades vegetais; Levantamentos florestais; Árvores - Medição; Florestas nubladas

Em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista Alto- Montana (FOM) localizado no município de Urupema -SC, foram instalados e medidos, no ano de 2012, e remedidos em 2017 e 2022, 3 transectos com diferentes números de parcelas de 10 m x 20 m acompanhando o desnível do terreno, sendo delimitadas com piquetes nas extremidades. Na primeira coleta de dados, mensurou-se todas as árvores com DAP = 5cm, além de ocorrer a identificação botânica e espacialização com coordenadas X, Y. Nos outros anos (2017 e 2022) ocorreu a remedição das parcelas, seguindo os mesmos critérios da medição anterior, sendo considerados ingressantes os indivíduos que atingiram o DAP mínimo de 5 cm, e contabilizando as árvores que morreram. Para efeito de análises, os dados foram separados em três classes, de acordo com a posição das unidades no terreno com relação as altitudes locais, sendo considerados a classe “inferior” as unidades amostrais com altitudes variando de 1411 m a 1435 m, “média” as localizadas entre as altitudes 1436 m e 1458 m e “superior” as com altitude de 1458 m a 1481 m. Em todos os gradientes de declividade observou-se um maior número de árvores ingressantes do que árvores mortas no período estudado, verificando-se em dez anos de monitoramento, que nas áreas de altitude inferior houve uma variação de 6,5 indivíduos por hectare, para as unidades amostrais instaladas nas áreas de altitude média observou-se a variação de 6,7 indivíduos por hectare e nas parcelas nas áreas de altitudes superiores a variação foi maior, apresentando valor de 35,7 indivíduos por hectare. A espécie de maior importância ecológica nas áreas de altitudes baixas e médias é Dicksonia sellowiana Hook, para as áreas altas a espécies de maior riqueza importância ecológica foram Ilex paraguariensis, Myrceugenia euosma e Drimys angustifolia. Os diferentes gradientes de altitude não influenciaram na ocorrência das espécies, porém a presença de água combinada com as clareiras e áreas de borda do fragmento, quando somadas ao fator altitudinal, exercem uma influência importante na composição florística das unidades amostrais.