Composição florístico-estrutural de comunidades regenerantes: relações ambientais e padrões de distribuição vertical em floresta nebular de Urubici, SC.
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Publication Date: | 2025 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da Udesc |
dARK ID: | ark:/33523/001300000c3s2 |
Download full: | https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/22600 |
Summary: | A Mata Atlântica brasileira, especialmente suas Florestas Nebulares subtropicais de alta altitude, é um importante hotspot de biodiversidade ameaçado pela urbanização, agropecuária e mudança climática. Conhecer a regeneração natural nestas florestas fornece informações que podem contribuir para a sua conservação. Neste contexto, este estudo teve por objetivo caracterizar a composição florístico-estrutural do componente regenerativo de duas comunidades de espécies arbóreas, sua relação com variáveis ambientais e padrões de distribuição vertical. O estudo foi realizado em dois fragmentos de Floresta Subtropical Nebular localizados no Morro da Igreja (MI), com altitude de 1.628 m, e Santa Barbara (SB), com altitude de 1660 m, em Urubici, SC. Para tanto, foram amostradas plantas arborescentes regenerantes, em 20 unidade amostrais (parcelas) por fragmento, divididas de acordo com a classe dos regenerantes: classe 1, plantas a partir de 20 cm e com menos de 1 m de altura; classe 2, plantas entre 1 m e 3 m de altura; e classe 3, plantas maiores que 3 m e com DAP - diâmetro medido a 1,30 m do solo - menor que 5 cm. Para avaliação das variáveis ambientais, em cada parcela foram coletadas amostras de solo (0-20 cm) e determinadas as propriedades físico químicas, além da variável topográfica de desnível máximo do relevo e a luminosidade no sub bosque (abertura do dossel). No Capítulo 1 abordou-se as possíveis relações da composição florístico-estrutural com variáveis edáficas, topográfica e de abertura do dossel. As variáveis pH do solo, teores de matéria orgânica, areia, fósforo e alumínio, o desnível do relevo e a abertura do dossel refletiram na formação e combinação das comunidades típicas de cada ambiente, o que reforça a importância de se considerar habitats específicos como definidores da composição florístico-estrutural, com implicações na conservação de espécies e na restauração florestal. No Capítulo 2 avaliou-se a composição florístico-estrutural nos diferentes estratos verticais da floresta. Análises de modelagem de redes complexas foram utilizadas, resultando nas associações significativas entre os regenerantes e os estratos verticais ao longo do sub-bosque, identificando o particionamento do perfil vertical da floresta e a compartimentalização da diversidade. Este resultado contesta as expectativas de que um ambiente com condições de luz mais homogêneas, devido à alta nebulosidade e presença de neblina, iria resultar na homogeneidade da composição florístico-estrutural ao longo do perfil vertical. Ao contrário, o resultado sugere nichos ecológicos distintos e adaptações em diferentes 7 estratos florestais, o que enfatiza a importância da estratificação vertical na conservação e gestão de florestas nebulares. |
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A Mata Atlântica brasileira, especialmente suas Florestas Nebulares subtropicais de alta altitude, é um importante hotspot de biodiversidade ameaçado pela urbanização, agropecuária e mudança climática. Conhecer a regeneração natural nestas florestas fornece informações que podem contribuir para a sua conservação. Neste contexto, este estudo teve por objetivo caracterizar a composição florístico-estrutural do componente regenerativo de duas comunidades de espécies arbóreas, sua relação com variáveis ambientais e padrões de distribuição vertical. O estudo foi realizado em dois fragmentos de Floresta Subtropical Nebular localizados no Morro da Igreja (MI), com altitude de 1.628 m, e Santa Barbara (SB), com altitude de 1660 m, em Urubici, SC. Para tanto, foram amostradas plantas arborescentes regenerantes, em 20 unidade amostrais (parcelas) por fragmento, divididas de acordo com a classe dos regenerantes: classe 1, plantas a partir de 20 cm e com menos de 1 m de altura; classe 2, plantas entre 1 m e 3 m de altura; e classe 3, plantas maiores que 3 m e com DAP - diâmetro medido a 1,30 m do solo - menor que 5 cm. Para avaliação das variáveis ambientais, em cada parcela foram coletadas amostras de solo (0-20 cm) e determinadas as propriedades físico químicas, além da variável topográfica de desnível máximo do relevo e a luminosidade no sub bosque (abertura do dossel). No Capítulo 1 abordou-se as possíveis relações da composição florístico-estrutural com variáveis edáficas, topográfica e de abertura do dossel. As variáveis pH do solo, teores de matéria orgânica, areia, fósforo e alumínio, o desnível do relevo e a abertura do dossel refletiram na formação e combinação das comunidades típicas de cada ambiente, o que reforça a importância de se considerar habitats específicos como definidores da composição florístico-estrutural, com implicações na conservação de espécies e na restauração florestal. No Capítulo 2 avaliou-se a composição florístico-estrutural nos diferentes estratos verticais da floresta. Análises de modelagem de redes complexas foram utilizadas, resultando nas associações significativas entre os regenerantes e os estratos verticais ao longo do sub-bosque, identificando o particionamento do perfil vertical da floresta e a compartimentalização da diversidade. Este resultado contesta as expectativas de que um ambiente com condições de luz mais homogêneas, devido à alta nebulosidade e presença de neblina, iria resultar na homogeneidade da composição florístico-estrutural ao longo do perfil vertical. Ao contrário, o resultado sugere nichos ecológicos distintos e adaptações em diferentes 7 estratos florestais, o que enfatiza a importância da estratificação vertical na conservação e gestão de florestas nebulares. |
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