Uso do farelo de soja fermentado em juvenis de tilápias do nilo (oreochromis niloticus) cultivados em sistema de bioflocos (bft)

• Autor(a) principal: Lima, Andressa Grolli de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Udesc
• dARK ID: ark:/33523/001300000j88f
• Texto Completo: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18226
• topic: Peixe - Alimentação e rações; Tilápia (Peixe); Proteínas na nutrição animal; Aquicultura

A aquicultura vem crescendo em uma grande escala, principalmente na produção de Tilápias do Nilo. Com intuito de solucionar problemas visando a sustentabilidade, existem vários estudos sobre alternativas de substituição a farinha de peixe, sendo a proteína atualmente mais utilizada pelos produtores. Por possuir alto teor de proteína bruta, a substituição da proteína animal por proteína vegetal tem como proposta diminuir o custo da produção que soma-se aproximadamente 70% somente com a alimentação dos organismos aquáticos. Para aumentar a produtividade, atualmente existe diversas pesquisas sobre sistemas intensivos de produção, como o biofloco (BFT), com baixa renovação de água, fazendo a reciclagem de nutrientes, que se tornarão alimento natural para os organismos. O Brasil por sua vez, é conhecido mundialmente por produzir alimentos, assim, é possível baratear custos com produção utilizando alternativas com valores nutricionais satisfatórios. O farelo de soja fermentado, possui a facilidade de liberar propriedades funcionais, melhorando assim, desempenho zootécnico e fatores antioxidantes. O presente estudo, tem como finalidade avaliar o desempenho zootécnico, índices organossomáticos e status oxidativo com tilápias do Nilo juvenis (1,635±0,198 g) em sistema de biofloco, os tratamentos utilizados foram: CP: proteína animal, CN: proteína vegetal, e respectivamente a inclusão de farelo de soja fermentado (FSFM) de 7%;14%; 21% e 28%, em substituição ao farelo de soja, o delineamento foi inteiramente casualizado com quatro repetições e duração de 54 dias, somou-se 168 animais. Foram avaliados parâmetros de status oxidativo: ROS (Espécie reativas de oxigênio), TBARS (Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico), GST (Glutationa-S-transferase) e PSH (Tióis proteícos), foram considerados índices organossomáticos: IVG (índice víscerosomático), IGV (índice de gordura visceral), e IES (índice esplenossomático) e desempenho zootécnico: peso final, sobrevivência, produtividade, biomassa final e fator de condição. Não foi observado diferença significativa nos fatores de status oxidativo, índices organossomáticos e sobrevivência. Para o desempenho zootécnico obtendo a produtividade e biomassa final houve somente diferença entre a proteína animal da proteína vegetal em todos os níveis de inclusão, o fator de condição e peso final apresentou melhor desempenho na inclusão de 7% de FSFM, resultado semelhante a utilização do CP. Conclui-se que é possível fazer o uso do farelo de soja fermentado, em 6até 7% sem prejudicar o peso final e o fator de condição onde o mesmo representa relação do peso/comprimento do animal demonstrando um fator de bem-estar.