Effects of different intensities of resistance training on the mental health of patients with fibromyalgia

• Main Author: Vilarino, Guilherme Torres
• Publication Date: 2020
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da Udesc
• dARK ID: ark:/33523/001300000vq6s
• Download full: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/23077
• topic: Doença reumática; Doença crônica; Exercício físico; Fibromialgia; Treinamento de força

A fibromialgia é uma síndrome sem cura conhecida, caracterizada por dor crônica e generalizada. Entre as alternativas de tratamento, os exercícios físicos vêm sendo incentivados e recomendados. Destaca-se a prática do treinamento resistido, que auxilia tanto na redução de sintomas físicos quanto psicológicos, no entanto, a intensidade ideal para a prescrição do exercício ainda não foi investigada. Assim, esta tese possui como objetivo analisar os efeitos do treinamento resistido com baixa, alta e preferida intensidade na saúde mental de pacientes com fibromialgia. Com esse intuito foram desenvolvidos estudos de revisão sistemática, de protocolo e ensaios clínicos. A revisão sistemática seguiu as recomendações da Declaração PRISMA, sendo as buscas realizadas nas bases de dados Pubmed, Embase, Science Direct, Web of Science, PEDro, CINAHL e Scielo. Os dados obtidos dos artigos selecionados foram extraídos em vista de identificar as diferenças entre os grupos analisados submetidos a diferentes protocolos de treinamento resistido. Quanto ao estudo de protocolo, foi apresentado de forma detalhada o programa de intervenção utilizado nos ensaios clínicos. Os ensaios clínicos foram conduzidos de acordo com as diretrizes do Consolidated Standards of Reporting Trials. Foram analisadas 26 pacientes com fibromialgia e 31 mulheres saudáveis. As pacientes com fibromialgia foram randomizadas em um dos dois grupos de treinamento resistido: grupo baixa intensidade (2 séries de 12 repetições com 1 minuto de intervalo) e alta intensidade (4 séries de 6 repetições com 2 minutos de intervalo). Ainda, fizeram parte da amostra um grupo de pacientes com FM que realizaram o treinamento resistido com a intensidade preferida (3 séries de 8 a 12 repetições); as mulheres saudáveis fizeram parte do grupo controle e não realizaram nenhum exercício físico durante o período do estudo. Para a análise da saúde mental das pacientes foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário de Depressão de Beck, Inventário de Ansiedade de Beck e o Questionário de humor de Brunel. Os resultados apresentados na revisão sistemática demonstram que o treinamento resistido reduz significativamente a depressão e a ansiedade de pacientes com fibromialgia. Dos estudos analisados nenhum apresentou resultados desfavoráveis a prática do treinamento resistido. Já os ensaios clínicos demonstraram que o treinamento resistido realizado com baixa ou alta intensidade apresentam resultados similares na saúde mental das pacientes com fibromialgia. Durante o período do estudo foi observado redução na depressão do grupo que treinou com a intensidade preferida (p=0.01, g=0.2) e no follow up o grupo baixa intensidade apresentou um aumento significativo da ansiedade (p=0.00, g=0.71), observou-se ainda que as pacientes com FM apresentam pior vigor que mulheres saudáveis no momento baseline e um mês (p= 0.01, g=0.74 e p<0.00, g=0.84). Assim, após a análise dos resultados da tese podemos concluir que o treinamento de força de baixa, alta e preferida intensidade apresentam efeitos similares na saúde mental de pacientes com FM, contudo oito semanas de treinamento resistido não foram efetivos para reduzir a depressão, ansiedade e melhorar o estados de humor de pacientes com FM. Ainda, são necessários mais estudos com o design semelhante para conclusões sobre os efeitos do treinamento resistido de baixa e alta intensidade em pacientes com FM.