Tratamento de efluente têxtil em biorreator a membrana precedido de tanque anóxico

• Main Author: Ravadelli, Mauana
• Publication Date: 2018
• Other Authors: 1994
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da Udesc
• dARK ID: ark:/33523/0013000000v17
• Download full: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/15237
• topic: Águas residuais - Purificação; Esgotos - Tratamento; Resíduos industriais - Tratamento

A indústria têxtil é caracterizada por seu grande consumo de água e descarte de efluentes, sendo que o beneficiamento têxtil é o maior gerador de volume de efluentes líquidos com elevadas quantidades de contaminantes. Os corantes do grupo azo são os mais amplamente utilizados na operação de tingimento e cerca de 20 – 50% do corante permanece na fase aquosa, além disso, as águas residuais da indústria têxtil contém outros produtos químicos auxiliares, os quais tornam sua composição complexa e variável. Uma das alternativas para minimizar essa problemática ambiental é a busca por tecnologias de tratamento que possibilitem a produção de um efluente ausente de poluentes. Neste enfoque, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de um biorreator a membrana precedido de tanque anóxico na remoção de matéria orgânica, nitrogênio amoniacal e azo corante, bem como no processo de nitrificação frente a alta carga de salinidade e compostos tóxicos presente no efluente. A avaliação foi sucedida através de metodologias que possuem a capacidade de mensuração dos poluentes estudados, tais como DQO, amônia e azo corante. Para o melhor entendimento dos processos de remoção foram realizados ensaios de bancada pontuais como a respirometria e a avaliação da remoção do azo corante em ambientes redutores e oxidantes. Os resultados obtidos demonstraram uma elevada capacidade do BRM na remoção de matéria orgânica, com eficiência média de remoção de DQO acima de 90% durante todo período experimental. A remoção do azo corante alcançou eficiências próximas a 65% ao final da operação, sendo que sua remoção ocorria na etapa anóxica, conforme evidenciado nos ensaios de bancada. A remoção da amônia sofreu interferência pela alta salinidade, decaindo a eficiência de remoção, porém foi reestabelecida na segunda estratégia operacional alcançando eficiências de remoção próximas a 98%. Quanto ao processo de filtração, observou-se um polimento do efluente realizado pela membrana na remoção de DQO e azo corante. De maneira geral, o tratamento biológico atingiu resultados bastante positivos, assim indicando a viabilidade ambiental do biorreator a membrana precedido de tanque anóxico.