Análise da marcha em portadores de prótese do membro inferior
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Publication Date: | 2001 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da Udesc |
dARK ID: | ark:/33523/001300000jqdj |
Download full: | https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20860 |
Summary: | Este estudo teve o propósito dc descrever c analisar as características da marcha de 10 (dez) indivíduos com diferentes níveis de amputação do membro inferior. Também foram objetivos deste estudo conhecer através dc uma entrevista estruturada informações acerca da etiología da amputação, principais problemas no pós-cirúrgico. o processo de reabilitação dos indivíduos, dentre outros aspectos. Para análise da marcha utilizou-sc uma esteira instrumentada com duas plataformas dc força piezoelétricas Kistler acompanhada de um software Gaitway que emite relatórios das diversas variáveis envolvidas no estudo da marcha. O tratamento dos dados foi feito dc forma descritiva colocando as categorias trabalhadas em gráficos e tabelas, analisando-os e interpretando-os. Observou-se que a amputação foi traumática para nove dos dez indivíduos avaliados. As principais dificuldades apontadas pelos indivíduos na realização de suas Atividades de Vida Diária- AVDs foram o tomar banho, subir c descer escadas, descer rampas, realizar exercícios específicos da musculação c permanecer por muito tempo na posição ortostàtica. Apenas os indivíduos 2, 4 e 7 destacaram regularidade na realização de uma atividade física. Observou-se que as atividades de lazer adotaram um caráter mais sedentário após a amputação. A maior velocidade alcançada foi de 5,0 Km/h pelo indivíduo 2, com amputação bilateral de pernas e do membro superior esquerdo seguido de 4,1 Km/h pelos indivíduos 2 e 4 e 4,0 Km/h pelo indivíduo 8. Os demais, apresentaram velocidades igual ou inferior a 3,4 Km/h. Os dez indivíduos avaliados apresentaram maiores valores para o Primeiro Pico de Força quando comparados ao Segundo Pico de Força. O Tempo do Segundo Pico de Força se destacou maior que o Tempo do Primeiro Pico dc Força para ambos os pés indicando que os indivíduos despenderam mais tempo na fase de propulsão através do antepé quando comparados a fase do choque de calcanhar. A Taxa de Aceitação do Peso para os indivíduos 3, 4, 6 e 9 apresentou-se maior no membro intacto. Nos demais indivíduos a Taxa de Aceitação do Peso apresentou-se maior no membro com prótese. Em um estudo anterior, cerca de três anos atrás, esta mesma característica de maior Taxa de Aceitação do Peso no membro intacto foi destacada nos indivíduos 3. 4. e 9. Os indivíduos unilaterais apresentaram maior Cadência no membro intacto e um maior Tempo de Contato no membro com prótese. Apenas os indivíduos 1,6 e 8 apresentaram o Comprimento da Passada dentro dos padrões de indivíduos normais. Enfím, o estudo demonstrou que amputados com diferentes níveis de amputação apresentam alterações nos parâmetros cinéticos e espaço-temporais na marcha com prótese quando comparados a indivíduos normais Assim, observou-se que as características da marcha de cada sujeito apresentou relação direta com o processo individual de reabilitação e de aspectos subjetivos principalmente relacionados ao modo pelo qual estes indivíduos encararam a amputação em suas vidas. |
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Este estudo teve o propósito dc descrever c analisar as características da marcha de 10 (dez) indivíduos com diferentes níveis de amputação do membro inferior. Também foram objetivos deste estudo conhecer através dc uma entrevista estruturada informações acerca da etiología da amputação, principais problemas no pós-cirúrgico. o processo de reabilitação dos indivíduos, dentre outros aspectos. Para análise da marcha utilizou-sc uma esteira instrumentada com duas plataformas dc força piezoelétricas Kistler acompanhada de um software Gaitway que emite relatórios das diversas variáveis envolvidas no estudo da marcha. O tratamento dos dados foi feito dc forma descritiva colocando as categorias trabalhadas em gráficos e tabelas, analisando-os e interpretando-os. Observou-se que a amputação foi traumática para nove dos dez indivíduos avaliados. As principais dificuldades apontadas pelos indivíduos na realização de suas Atividades de Vida Diária- AVDs foram o tomar banho, subir c descer escadas, descer rampas, realizar exercícios específicos da musculação c permanecer por muito tempo na posição ortostàtica. Apenas os indivíduos 2, 4 e 7 destacaram regularidade na realização de uma atividade física. Observou-se que as atividades de lazer adotaram um caráter mais sedentário após a amputação. A maior velocidade alcançada foi de 5,0 Km/h pelo indivíduo 2, com amputação bilateral de pernas e do membro superior esquerdo seguido de 4,1 Km/h pelos indivíduos 2 e 4 e 4,0 Km/h pelo indivíduo 8. Os demais, apresentaram velocidades igual ou inferior a 3,4 Km/h. Os dez indivíduos avaliados apresentaram maiores valores para o Primeiro Pico de Força quando comparados ao Segundo Pico de Força. O Tempo do Segundo Pico de Força se destacou maior que o Tempo do Primeiro Pico dc Força para ambos os pés indicando que os indivíduos despenderam mais tempo na fase de propulsão através do antepé quando comparados a fase do choque de calcanhar. A Taxa de Aceitação do Peso para os indivíduos 3, 4, 6 e 9 apresentou-se maior no membro intacto. Nos demais indivíduos a Taxa de Aceitação do Peso apresentou-se maior no membro com prótese. Em um estudo anterior, cerca de três anos atrás, esta mesma característica de maior Taxa de Aceitação do Peso no membro intacto foi destacada nos indivíduos 3. 4. e 9. Os indivíduos unilaterais apresentaram maior Cadência no membro intacto e um maior Tempo de Contato no membro com prótese. Apenas os indivíduos 1,6 e 8 apresentaram o Comprimento da Passada dentro dos padrões de indivíduos normais. Enfím, o estudo demonstrou que amputados com diferentes níveis de amputação apresentam alterações nos parâmetros cinéticos e espaço-temporais na marcha com prótese quando comparados a indivíduos normais Assim, observou-se que as características da marcha de cada sujeito apresentou relação direta com o processo individual de reabilitação e de aspectos subjetivos principalmente relacionados ao modo pelo qual estes indivíduos encararam a amputação em suas vidas. |
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