Panis et circenses: a TV e os movimentos sociais – por um resgate histórico através dos audiovisuais

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Joiciléa Rodrigues
Publication Date: 2003
Other Authors: UCSAL, Universidade Católica do Salvador
Format: Conference object
Language: por
Source: Repositório Institucional da UCSAL
Download full: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1791
Summary: O presente trabalho faz parte do corpo de estudos e pesquisas que objetivam preparação de dissertação para Mestrado, tendo utilizado como fontes de pesquisa livros e vídeos acerca da temática. Dentro de uma sociedade onde conceitos, preceitos e ideologias são postos e depostos por intermédio das imagens, este trabalho tem por objetivo trazer à tona discussões acerca da utilização dos recursos audiovisuais, tendo a construção e exibição de vídeos como estratégia para contestação das informações que são veiculadas diariamente pela chamada grande mídia, onde caberá ao historiador consciente de seu papel investigativo se utilizar desses recursos para a transmissão de estudos e pesquisas históricas. Como eixo temático, tentarei utilizar a presença desses audiovisuais nos movimentos sociais rurais e urbanos, observando como a sua imagem é trabalhada pela grande mídia, reforçando a ideologia dominante em detrimento das práticas e informações que estes movimentos têm a contribuir para nossa sociedade. Nesse contexto, a presença do historiador é de extrema importância, no sentido de que se faça um resgate histórico desses movimentos, em que a confecção de documentários em vídeo serviriam como ferramenta educativa para contraporem-se a essa unilateralidade de informações postas pelos detentores dos recursos midiáticos. Para tal se faz necessário analisar a forte influência que os recursos midiáticos exercem em nossa sociedade, principalmente os meios televisivos – como canais abertos de TV, que, sob o domínio de pequenos grupos com objetivos de classe bem estruturados, trazem ao expectador uma informação unilateral, na qual a construção do imaginário sobre os diversos movimentos sociais brasileiros é manipulada em favor da ideologia dominante, inibindo qualquer tentativa de conhecimento e aproximação da sociedade para com estes movimentos. Analisando o grande poder de absorção das informações – feita por meio dos audiovisuais pela maioria da população – constata-se que os meios audiovisuais acabam por moldar o pensamento, imprimir conceitos e estabelecer regras de conduta. Daí a necessidade de construírem-se exemplos de mídias alternativas e independentes, que trabalhem a informação sobre esses movimentos, retratando com clareza a composição e a organização dos envolvidos – situação em que a imagem destes sujeitos surgiria de dentro do próprio movimento para a sociedade. No que tange aos movimentos sociais, o reflexo das imagens que é transmitido para nossa sociedade pela mídia é a de movimentos que têm por objetivo promover a desordem social em nosso País, acarretando um grande perigo se suas plataformas de contestação forem expostas. No caso específico do Movimento dos Sem Terra, é evidente a manipulação das imagens pelos meios televisivos, que, de forma depreciativa, formam conceitos negativos. Devido a isso, a opinião pública tende a desenvolver um estranhamento aos sujeitos envolvidos e a suas estratégias de luta, fazendo com que as suas reais propostas sejam omitidas e, em seu lugar, construa-se no imaginário popular as idéias de um movimento que está fora do corpo estabelecido pela nossa sociedade, sem que haja a preocupação de transmitirem-se as propostas dos sujeitos que, conseqüentemente, trariam grandes mudanças para o nosso País. É evidente as estratégias de controle desses grupos para que não haja alteração na “ordem” estabelecida, pois se trata de concepções de sociedades diferenciadas. É neste ponto que os audiovisuais entram como ferramentas de controle social, para que exista uma planificação de idéias, em que, de forma sutil, se faça uma homogeneização do pensamento do grande corpo da sociedade. Essa forma de controle extrapola as questões específicas de cada movimento social, seja ele urbano ou rural, pois o tratamento dado à construção do imaginário feita pelos recursos midiáticos se dá de igual forma, objetivando o distanciamento da grande massa com os movimentos sociais. Os trabalhadores do campo, em particular, por estarem mais distantes dos centros urbanos, estão conseguindo reagir ao controle e demonstram uma grande expressividade como movimento de contestação desta “ordem” estabelecida. Neste contexto, não se pode mais eximir das discussões a forte presença dos audiovisuais em nossa sociedade. O historiador, lidando com suas pesquisas, poderá utilizar-se desses recursos para difundir concepções historiográficas, exprimir conclusões de trabalhos de pesquisa, bem como fazer o contraponto com as informações que são geradas pela mídia. Percebemos que os recursos audiovisuais são pouco utilizados pelos historiadores. Mesmo na sala de aula existe um distanciamento dos professores com as chamadas novas tecnologias; a sua utilização se dá, na maior parte, como substituto do professor, desde que vídeos sobre temas históricos substituem a presença do professor em determinada aula, sem que se faça uma crítica ao conteúdo e às formulações exibidas, já que o historiador está ausente das discussões acerca da construção desses audiovisuais. Por isso, se faz cada vez mais necessário a participação dos historiadores na construção de audiovisuais que abordem temas históricos. Sabemos que o acesso a essas tecnologias é dificultoso, pois se trata de um campo de trabalho que não está sob o domínio dos historiadores, sendo delegadas essas funções a cineastas, jornalistas e técnicos da área, mas percebemos que, a respeito de tecnologias como a Internet, os historiadores já se mostram presentes, desenvolvendo softwares e páginas que circulam com conteúdos historiográficos. Logo, pode-se inferir que não é a ausência de domínio tecnológico que afasta os historiadores das tecnologias, e sim a mudança de conceitos a respeito dos audiovisuais, para que se perceba sua importância em nossa sociedade. Os movimentos sociais e o apelo da mídia para seu controle trazem ao historiador a difícil tarefa de uma reconstrução histórica desses movimentos, que, por meio das imagens, atingiriam um público maior do que os trabalhos escritos. Com isso não se quer diminuir a importância dos trabalhos historiográficos que se apresentam na forma escrita, mas estabelecer-se uma relação de parceria das duas formas de expressão, trazendo, com isso, uma maior aproximação dos conteúdos históricos com a sociedade. Neste caso, os movimentos sociais contariam com um apoio de especialistas em construir informações históricas, quebrando com a unilateralidade de informações expostas pela grande mídia. A discussão sobre a utilização das imagens no campo historiográfico vem crescendo constantemente no Brasil e no mundo, tendo linhas temáticas já desenvolvidas em grandes universidades de nosso País, mas a participação de historiadores nesses debates ainda é incipiente, principalmente no que tange à utilização de vídeos-documentários como objeto histórico. Os movimentos sociais refletem uma realidade ainda pior, pois os trabalhos feitos com essa temática só têm sido elaborados por militantes de causas sociais, os historiadores estão ausentes destes trabalhos. Ao compreender a necessidade de trazer essa discussão à tona, é intenção desta pesquisa o desenvolvimento de vídeos documentários com conteúdos históricos (o que já vem sendo realizado), que demonstram a possibilidade do historiador enveredar por tais caminhos, ao tempo em que os movimentos sociais poderão contar com uma ferramenta de difusão de seus objetivos que, feita de forma desvinculada da grande mídia, trará um resgate de sua história.
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