Os desafios da práxis diante de uma vontade indômita
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Summary: | Este artigo traz como objetivo a tentativa de uma reflexão atenta sobre os desafios colocados à práxis pedagógica diante das teses que fundamentam a filosofia de Schopenhauer, que atribui uma força poderosa ao conceito de Vontade, intitulando-a sem razão – grundlos, o que vem a desembocar num irracionalismo ateleológico. Ao nos referirmos à práxis, demarcamos o seu significado, entendendo-a com uma ação pensada racionalmente, tendo em vista a superação dos alarmantes indicadores de violência na esfera social, não apenas a restringindo a ambiência escolar. No construto filosófico do autor há uma insuperável primazia da Vontade sobre o Intelecto, que vem impossibilitar, em um certo sentido, a práxis, que é sempre uma ação planejada intelectivamente. O Intelecto torna-se apenas um mero instrumento para a efetivação dos interesses da Vontade, que não se submete às determinações da razão. Ininterruptamente, a Vontade excede em força ao Intelecto, conferindo-lhe apenas a possibilidade de mudança da sua forma, ou caminho de sua manifestação, mas isto não implicaria a alteração do seu escopo, isto é, de suas demandas originárias. Portanto, a práxis, pelas razões já apresentadas, não poderia produzir uma mudança “ontológica” do homem que quer, mas encontra sua relevância, segundo nossa interpretação, na medida em que pode, não em todos casos, inibir o nível de agressividade com que a Vontade insiste em se objetivar no mundo fenomênico, espelhando neste o seu próprio dilaceramento interno, pois é um querer interminável, pois nada põe fim ao seu movimento. Diante de uma insatisfação insuperável, que se encontra sabotada pelo próprio fundamento que a anima, a vida é senão um eterno sofrimento. Por fim, pergunta-se pelo papel e legitimidade da educação nesse cenário de violência ao nível de resultados alcançados. |
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Ao nos referirmos à práxis, demarcamos o seu significado, entendendo-a com uma ação pensada racionalmente, tendo em vista a superação dos alarmantes indicadores de violência na esfera social, não apenas a restringindo a ambiência escolar. No construto filosófico do autor há uma insuperável primazia da Vontade sobre o Intelecto, que vem impossibilitar, em um certo sentido, a práxis, que é sempre uma ação planejada intelectivamente. O Intelecto torna-se apenas um mero instrumento para a efetivação dos interesses da Vontade, que não se submete às determinações da razão. Ininterruptamente, a Vontade excede em força ao Intelecto, conferindo-lhe apenas a possibilidade de mudança da sua forma, ou caminho de sua manifestação, mas isto não implicaria a alteração do seu escopo, isto é, de suas demandas originárias. 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Este artigo traz como objetivo a tentativa de uma reflexão atenta sobre os desafios colocados à práxis pedagógica diante das teses que fundamentam a filosofia de Schopenhauer, que atribui uma força poderosa ao conceito de Vontade, intitulando-a sem razão – grundlos, o que vem a desembocar num irracionalismo ateleológico. Ao nos referirmos à práxis, demarcamos o seu significado, entendendo-a com uma ação pensada racionalmente, tendo em vista a superação dos alarmantes indicadores de violência na esfera social, não apenas a restringindo a ambiência escolar. No construto filosófico do autor há uma insuperável primazia da Vontade sobre o Intelecto, que vem impossibilitar, em um certo sentido, a práxis, que é sempre uma ação planejada intelectivamente. O Intelecto torna-se apenas um mero instrumento para a efetivação dos interesses da Vontade, que não se submete às determinações da razão. Ininterruptamente, a Vontade excede em força ao Intelecto, conferindo-lhe apenas a possibilidade de mudança da sua forma, ou caminho de sua manifestação, mas isto não implicaria a alteração do seu escopo, isto é, de suas demandas originárias. Portanto, a práxis, pelas razões já apresentadas, não poderia produzir uma mudança “ontológica” do homem que quer, mas encontra sua relevância, segundo nossa interpretação, na medida em que pode, não em todos casos, inibir o nível de agressividade com que a Vontade insiste em se objetivar no mundo fenomênico, espelhando neste o seu próprio dilaceramento interno, pois é um querer interminável, pois nada põe fim ao seu movimento. Diante de uma insatisfação insuperável, que se encontra sabotada pelo próprio fundamento que a anima, a vida é senão um eterno sofrimento. Por fim, pergunta-se pelo papel e legitimidade da educação nesse cenário de violência ao nível de resultados alcançados. |
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