Export Ready — 

Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência

Bibliographic Details
Main Author: Velloso, Débora Prisco Paraiso
Publication Date: 2003
Other Authors: UCSAL, Universidade Católica do Salvador
Format: Conference object
Language: por
Source: Repositório Institucional da UCSAL
Download full: https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2526
Summary: Existem diversas interpretações para a origem da palavra “dengue”. As duas que mais se conhece são a de que seria uma palavra árabe que significa fraqueza – ou que teria despontado numa ilha da Tanzânia situada no Oceano Índico, durante uma epidemia no século XIX; a palavra estaria relacionada à frase nativa kidenga pedo, que significa golpe por um mau espírito. Os macacos podem ser considerados como portadores ou reservatórios silvestres do vírus que, nas matas, é transmitido pelo mosquito Haemogoggus spegazznit. (JB ONLINE, 2002). O dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. O dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. O vírus do dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus do dengue persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão Homem – Aedes aegypti – Homem. A fonte de infecção e hospedeiro vertebrado é o homem (BRASIL, 1998). A susceptibilidade ao vírus do dengue é universal. A imunidade para um mesmo sorotipo (homóloga) é permanente. Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente. A susceptibilidade em relação à febre hemorrágica da dengue (FHD), não está totalmente esclarecida. Dentre as teorias existentes, duas são as mais conhecidas: 1- Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante, de modo que as formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas. 2 - Na teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus do dengue, num período de até cinco anos. Nesta teoria, a resposta imunológica na infecção é exarcebada, o que resulta numa forma mais grave da doença. As manifestações hemorrágicas mais graves estão associadas ao sorotipo DEN-2. O período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias (BRASIL, 1988). Os pacientes com FHD são atendidos em unidades de saúde de vários níveis de complexidade. No entanto, a rede de serviços local deve ser adaptada, ocorrendo casos clínicos suspeitos de FHD. A principal forma de enfrentamento do dengue no País é a interrupção do elo vulnerável da sua cadeia de transmissão, ou seja, a erradicação do Aedes aegypti, e todos os esforços devem ser feitos neste sentido. Porém, devido às dificuldades políticas, administrativas e financeiras que o plano diretor de erradicação vem atravessando, e pela amplitude da tarefa, observa-se que a eliminação não ocorrerá em pouco tempo. Diante desta situação, permanece o risco potencial de ocorrência de graves epidemias de dengue hemorrágico, como a que ocorreu em Cuba em 1981, com tamanha grandeza que pode ultrapassar a capacidade de atendimento da rede de serviços de saúde (BAHIA, 1998). A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu nos anos de 1981 e 1982, em Boa Vista – Roraima, causadas pelo sorotipo DEN - 1 e DEN - 4. A partir de 1986, foram registradas epidemias em diversos estados. A mais importante ocorreu no Rio de Janeiro, onde se estima que mais ou menos um milhão de pessoas foram afetadas pelo sorotipo DEN-1, nos anos 1986/1987. Atualmente, existe transmissão de dengue em vinte estados, com circulação simultânea dos sorotipos DEN-1 e DEN-2 em 14 deles. Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito deve ser notificado, pela via mais rápida, ao serviço de vigilância epidemiológica mais próximo (BRASIL 1998).
id UCSAL-1_20b5f28017066e38dc0ee656b7e2f59d
oai_identifier_str oai:ri.ucsal.br:prefix/2526
network_acronym_str UCSAL-1
network_name_str Repositório Institucional da UCSAL
repository_id_str
spelling 2020-12-08T13:08:37Z2020-12-082020-12-08T13:08:37Z2003-1085-88480-18-1285-88480-18-12https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2526porUniversidade Católica do SalvadorUCSALBrasilSEMOC - Semana de Mobilização Científica- Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistênciaSociais e HumanidadesMultidisciplinarEnfermagemSEMOC - Semana de Mobilização CientíficaAssistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistênciaSEMOC - Semana de Mobilização Científicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectExistem diversas interpretações para a origem da palavra “dengue”. As duas que mais se conhece são a de que seria uma palavra árabe que significa fraqueza – ou que teria despontado numa ilha da Tanzânia situada no Oceano Índico, durante uma epidemia no século XIX; a palavra estaria relacionada à frase nativa kidenga pedo, que significa golpe por um mau espírito. Os macacos podem ser considerados como portadores ou reservatórios silvestres do vírus que, nas matas, é transmitido pelo mosquito Haemogoggus spegazznit. (JB ONLINE, 2002). O dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. O dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. O vírus do dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus do dengue persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão Homem – Aedes aegypti – Homem. A fonte de infecção e hospedeiro vertebrado é o homem (BRASIL, 1998). A susceptibilidade ao vírus do dengue é universal. A imunidade para um mesmo sorotipo (homóloga) é permanente. Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente. A susceptibilidade em relação à febre hemorrágica da dengue (FHD), não está totalmente esclarecida. Dentre as teorias existentes, duas são as mais conhecidas: 1- Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante, de modo que as formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas. 2 - Na teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus do dengue, num período de até cinco anos. Nesta teoria, a resposta imunológica na infecção é exarcebada, o que resulta numa forma mais grave da doença. As manifestações hemorrágicas mais graves estão associadas ao sorotipo DEN-2. O período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias (BRASIL, 1988). Os pacientes com FHD são atendidos em unidades de saúde de vários níveis de complexidade. No entanto, a rede de serviços local deve ser adaptada, ocorrendo casos clínicos suspeitos de FHD. A principal forma de enfrentamento do dengue no País é a interrupção do elo vulnerável da sua cadeia de transmissão, ou seja, a erradicação do Aedes aegypti, e todos os esforços devem ser feitos neste sentido. Porém, devido às dificuldades políticas, administrativas e financeiras que o plano diretor de erradicação vem atravessando, e pela amplitude da tarefa, observa-se que a eliminação não ocorrerá em pouco tempo. Diante desta situação, permanece o risco potencial de ocorrência de graves epidemias de dengue hemorrágico, como a que ocorreu em Cuba em 1981, com tamanha grandeza que pode ultrapassar a capacidade de atendimento da rede de serviços de saúde (BAHIA, 1998). A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu nos anos de 1981 e 1982, em Boa Vista – Roraima, causadas pelo sorotipo DEN - 1 e DEN - 4. A partir de 1986, foram registradas epidemias em diversos estados. A mais importante ocorreu no Rio de Janeiro, onde se estima que mais ou menos um milhão de pessoas foram afetadas pelo sorotipo DEN-1, nos anos 1986/1987. Atualmente, existe transmissão de dengue em vinte estados, com circulação simultânea dos sorotipos DEN-1 e DEN-2 em 14 deles. Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito deve ser notificado, pela via mais rápida, ao serviço de vigilância epidemiológica mais próximo (BRASIL 1998).VIVelloso, Débora Prisco ParaisoUCSAL, Universidade Católica do Salvadorinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCSALinstname:Universidade Católica de Salvador (UCSAL)instacron:UCSALLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://ri.ucsal.br/bitstreams/69c7bde3-5491-49e5-94c6-4665576c1aa9/download43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALAssistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência.pdfAssistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência.pdfapplication/pdf42581https://ri.ucsal.br/bitstreams/0c51a803-65c9-4f47-9f9a-8018045fdd1c/download4651390fc6e93ccffcca8dadfbd9a96dMD51prefix/25262020-12-14 11:47:57.268open.accessoai:ri.ucsal.br:prefix/2526https://ri.ucsal.brRepositório Institucionalhttp://ri.ucsal.br:8080/oai/requestrosemary.magalhaes@ucsal.bropendoar:2020-12-14T11:47:57Repositório Institucional da UCSAL - Universidade Católica de Salvador (UCSAL)falseTElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4K
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv SEMOC - Semana de Mobilização Científica
title Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
spellingShingle Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
Velloso, Débora Prisco Paraiso
Sociais e Humanidades
Multidisciplinar
Enfermagem
SEMOC - Semana de Mobilização Científica
title_short Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
title_full Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
title_fullStr Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
title_full_unstemmed Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
title_sort Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
author Velloso, Débora Prisco Paraiso
author_facet Velloso, Débora Prisco Paraiso
UCSAL, Universidade Católica do Salvador
author_role author
author2 UCSAL, Universidade Católica do Salvador
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Velloso, Débora Prisco Paraiso
UCSAL, Universidade Católica do Salvador
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Sociais e Humanidades
Multidisciplinar
topic Sociais e Humanidades
Multidisciplinar
Enfermagem
SEMOC - Semana de Mobilização Científica
dc.subject.por.fl_str_mv Enfermagem
SEMOC - Semana de Mobilização Científica
description Existem diversas interpretações para a origem da palavra “dengue”. As duas que mais se conhece são a de que seria uma palavra árabe que significa fraqueza – ou que teria despontado numa ilha da Tanzânia situada no Oceano Índico, durante uma epidemia no século XIX; a palavra estaria relacionada à frase nativa kidenga pedo, que significa golpe por um mau espírito. Os macacos podem ser considerados como portadores ou reservatórios silvestres do vírus que, nas matas, é transmitido pelo mosquito Haemogoggus spegazznit. (JB ONLINE, 2002). O dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. O dengue é hoje a mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui-se em sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. O vírus do dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus do dengue persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão Homem – Aedes aegypti – Homem. A fonte de infecção e hospedeiro vertebrado é o homem (BRASIL, 1998). A susceptibilidade ao vírus do dengue é universal. A imunidade para um mesmo sorotipo (homóloga) é permanente. Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente. A susceptibilidade em relação à febre hemorrágica da dengue (FHD), não está totalmente esclarecida. Dentre as teorias existentes, duas são as mais conhecidas: 1- Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante, de modo que as formas mais graves sejam resultantes de cepas extremamente virulentas. 2 - Na teoria de Halstead, a FHD se relaciona com infecções seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus do dengue, num período de até cinco anos. Nesta teoria, a resposta imunológica na infecção é exarcebada, o que resulta numa forma mais grave da doença. As manifestações hemorrágicas mais graves estão associadas ao sorotipo DEN-2. O período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias (BRASIL, 1988). Os pacientes com FHD são atendidos em unidades de saúde de vários níveis de complexidade. No entanto, a rede de serviços local deve ser adaptada, ocorrendo casos clínicos suspeitos de FHD. A principal forma de enfrentamento do dengue no País é a interrupção do elo vulnerável da sua cadeia de transmissão, ou seja, a erradicação do Aedes aegypti, e todos os esforços devem ser feitos neste sentido. Porém, devido às dificuldades políticas, administrativas e financeiras que o plano diretor de erradicação vem atravessando, e pela amplitude da tarefa, observa-se que a eliminação não ocorrerá em pouco tempo. Diante desta situação, permanece o risco potencial de ocorrência de graves epidemias de dengue hemorrágico, como a que ocorreu em Cuba em 1981, com tamanha grandeza que pode ultrapassar a capacidade de atendimento da rede de serviços de saúde (BAHIA, 1998). A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu nos anos de 1981 e 1982, em Boa Vista – Roraima, causadas pelo sorotipo DEN - 1 e DEN - 4. A partir de 1986, foram registradas epidemias em diversos estados. A mais importante ocorreu no Rio de Janeiro, onde se estima que mais ou menos um milhão de pessoas foram afetadas pelo sorotipo DEN-1, nos anos 1986/1987. Atualmente, existe transmissão de dengue em vinte estados, com circulação simultânea dos sorotipos DEN-1 e DEN-2 em 14 deles. Por ser uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito deve ser notificado, pela via mais rápida, ao serviço de vigilância epidemiológica mais próximo (BRASIL 1998).
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-08T13:08:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-08
2020-12-08T13:08:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2526
dc.identifier.isbn.none.fl_str_mv 85-88480-18-12
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 85-88480-18-12
identifier_str_mv 85-88480-18-12
url https://ri.ucsal.br/handle/prefix/2526
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv SEMOC - Semana de Mobilização Científica- Assistência de enfermagem ao paciente portador de dengue clássico e hemorrágico – uma proposta de elaboração do manual de assistência
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica do Salvador
dc.publisher.initials.fl_str_mv UCSAL
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Católica do Salvador
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UCSAL
instname:Universidade Católica de Salvador (UCSAL)
instacron:UCSAL
instname_str Universidade Católica de Salvador (UCSAL)
instacron_str UCSAL
institution UCSAL
reponame_str Repositório Institucional da UCSAL
collection Repositório Institucional da UCSAL
bitstream.url.fl_str_mv https://ri.ucsal.br/bitstreams/69c7bde3-5491-49e5-94c6-4665576c1aa9/download
https://ri.ucsal.br/bitstreams/0c51a803-65c9-4f47-9f9a-8018045fdd1c/download
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
4651390fc6e93ccffcca8dadfbd9a96d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UCSAL - Universidade Católica de Salvador (UCSAL)
repository.mail.fl_str_mv rosemary.magalhaes@ucsal.br
_version_ 1830839914705453056