Chaïm Perelman: o percurso lógico e a teoria da argumentação
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Summary: | A tradição moderna do conhecimento, que perdurou até o final do século XX, apoiou-se na visão racionalista da filosofia. A certeza e a evidência das idéias eram formuladas pela razão de forma que, algo fora de seu alcance não poderia ser considerado como ponto de partida de uma investigação. As opiniões e a própria historicidade do pensamento foram colocadas em segundo plano para que as “idéias racionais” pudessem ultrapassar os tempos. Assim, em nome da universalidade e atemporalidade da razão, privilegiaram o conhecimento capaz de obter o assentimento de todos por meio de sua clareza, sem considerar, portanto, os móbeis temporais dos seus ouvintes. Chaïm Perelman, filósofo polonês radicado na Bélgica, propõe uma nova compreensão de retórica e argumentação ao organizar uma crítica aos racionalistas, que procuravam associar a argumentação à lógica matemática. Com efeito, esta última é compatível ao silogismo, organização de premissas atemporais, onde se suprime qualquer vestígio daquilo que poderíamos associar à subjetividade, às paixões e ao local/contexto de quem argumenta ou transmite o conhecimento. A argumentação, de acordo com a tradição racionalista, deveria se impor a todos porque é o resultado da própria investida da razão e dos seus meios de demonstração. Assim. o presente trabalho busca traçar o caminho percorrido por Chaïm Perelman que resultou na formulação de sua teoria, confrontando também com outros filósofos, como Jean-Paul Sartre, no que concerne a crítica formulada à filosofia cartesiana. |
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Assim, em nome da universalidade e atemporalidade da razão, privilegiaram o conhecimento capaz de obter o assentimento de todos por meio de sua clareza, sem considerar, portanto, os móbeis temporais dos seus ouvintes. Chaïm Perelman, filósofo polonês radicado na Bélgica, propõe uma nova compreensão de retórica e argumentação ao organizar uma crítica aos racionalistas, que procuravam associar a argumentação à lógica matemática. Com efeito, esta última é compatível ao silogismo, organização de premissas atemporais, onde se suprime qualquer vestígio daquilo que poderíamos associar à subjetividade, às paixões e ao local/contexto de quem argumenta ou transmite o conhecimento. A argumentação, de acordo com a tradição racionalista, deveria se impor a todos porque é o resultado da própria investida da razão e dos seus meios de demonstração. 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