Inventário preliminar da diversidade de meliponinae (hymenopteraapidae) no parque metropolitano de Pituaçu, Salvador – Bahia
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Summary: | A Mata Atlântica vem sendo considerada uma das florestas mais ameaçadas, já que sua ocupação representa a perda de áreas apontadas como as de maior biodiversidade do mundo (HADAD, 1993), restando apenas 5% de sua área original (PARAGUASSU, 1993). Embora cubram apenas 7% da massa da terra mundial, é destacada a sua importância, pois estas florestas mantêm cerca de 75% de todas as espécies de plantas e animais, tais como répteis, anfíbios, aves e principalmente de insetos (PAULINO, 1999), constituindo um grande filo zoológico, dividido em várias ordens. Uma delas é a dos Himenópteros, que compreendem as formigas, as vespas e as abelhas que são reunidas na superfamília Apoidae (NOGUEIRA NETO, 1997), e destacam-se dentre todos os animais como o grupo mais importante para a polinização das angiospermas, desempenhando um papel chave na manutenção das comunidades vegetais (VIANA, 1999). Existem, no total, cerca de 20.000 espécies de abelhas no planeta, que variam de tamanho, forma e nos hábitos de vida (VELTHUIS, 1997). Esses diferentes hábitos podem ser denominados de grau de sociabilidade, onde os dois extremos são as espécies de vida solitária e aquelas de vida totalmente social (SANTOS, 2002). As abelhas que têm hábitos sociais são pertencentes à família Apidae, a qual possui quatro subfamílias: Apíneos, Bombíneos, Eulgossíneos e Meliponíneos (NOGUEIRA NETO, 1997). No Brasil, a subfamília Meliponinae é a que possui hábitos mais avançados de sociabilidade (eusociais), onde formam colônias numerosas, perenes e com alto grau de organização (SANTOS, 2002). Conhecida como “abelhas indígenas sem ferrão”, elas apresentam características biológicas muito variáveis, passando pela morfologia, hábitos de nidificação e interações comportamentais complexas entre castas (IMPERATRIZ et al., 1994). Essas abelhas vivem em colônias constituídas de uma rainha, muitas operárias e machos, que são produzidos em determinadas épocas do ano, dependendo da espécie e da localização geográfica. As operárias possuem uma estrutura no terceiro par de pernas, denominada corbícula, que é uma estrutura de pêlos em forma de cesta que serve para o transporte de pólen, resina e também barro. A ausência de ferrão nessas abelhas fez com que elas desenvolvessem outros mecanismos de defesa, como morder com as mandíbulas partes delicadas do corpo do intruso como pálpebras, orelha e entre dedos, enroscar nos cabelos e roupas, depositar gotículas de resina, liberar odores, liberar substâncias cáusticas e ainda vibrar na raiz dos cabelos provocando um aumento no ruído emitido. Muitas espécies ainda camuflam a entrada do ninho com o ambiente (VELTHUIS, 1997). Os meliponíneos que já foram estudados são todos poliléticos, ou seja, visitam e coletam em grande número de flores para a sua sobrevivência. Esse resultado já era esperado porque os ninhos dessas abelhas são perenes, e vivendo em zonas tropicais e subtropicais, elas podem realizar atividades de coletas ao longo de todo o ano (NOGUEIRA NETO, 1997). Na estrutura física dos ninhos encontramos os potes de pólen e de mel, os favos constituídos de células de cria, o tubo de entrada e o invólucro. Todas as estruturas são construídas com cerume, resultante da adição de cera das abelhas com a resina que elas coletam nas plantas. Outras substâncias como barro, fezes de abelhas e de outros animais podem ser utilizados na construção dos ninhos. |
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Embora cubram apenas 7% da massa da terra mundial, é destacada a sua importância, pois estas florestas mantêm cerca de 75% de todas as espécies de plantas e animais, tais como répteis, anfíbios, aves e principalmente de insetos (PAULINO, 1999), constituindo um grande filo zoológico, dividido em várias ordens. Uma delas é a dos Himenópteros, que compreendem as formigas, as vespas e as abelhas que são reunidas na superfamília Apoidae (NOGUEIRA NETO, 1997), e destacam-se dentre todos os animais como o grupo mais importante para a polinização das angiospermas, desempenhando um papel chave na manutenção das comunidades vegetais (VIANA, 1999). Existem, no total, cerca de 20.000 espécies de abelhas no planeta, que variam de tamanho, forma e nos hábitos de vida (VELTHUIS, 1997). Esses diferentes hábitos podem ser denominados de grau de sociabilidade, onde os dois extremos são as espécies de vida solitária e aquelas de vida totalmente social (SANTOS, 2002). As abelhas que têm hábitos sociais são pertencentes à família Apidae, a qual possui quatro subfamílias: Apíneos, Bombíneos, Eulgossíneos e Meliponíneos (NOGUEIRA NETO, 1997). No Brasil, a subfamília Meliponinae é a que possui hábitos mais avançados de sociabilidade (eusociais), onde formam colônias numerosas, perenes e com alto grau de organização (SANTOS, 2002). Conhecida como “abelhas indígenas sem ferrão”, elas apresentam características biológicas muito variáveis, passando pela morfologia, hábitos de nidificação e interações comportamentais complexas entre castas (IMPERATRIZ et al., 1994). Essas abelhas vivem em colônias constituídas de uma rainha, muitas operárias e machos, que são produzidos em determinadas épocas do ano, dependendo da espécie e da localização geográfica. As operárias possuem uma estrutura no terceiro par de pernas, denominada corbícula, que é uma estrutura de pêlos em forma de cesta que serve para o transporte de pólen, resina e também barro. 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Todas as estruturas são construídas com cerume, resultante da adição de cera das abelhas com a resina que elas coletam nas plantas. Outras substâncias como barro, fezes de abelhas e de outros animais podem ser utilizados na construção dos ninhos.VISilva, Elizabete AlvesSilva, Emili Chris Barreto daUCSAL, Universidade Católica do Salvadorinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCSALinstname:Universidade Católica de Salvador (UCSAL)instacron:UCSALLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://ri.ucsal.br/bitstreams/3294cc26-f5ef-479b-b4e9-c5229045cacd/download43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALInventário preliminar da diversidade de meliponinae (hymenopteraapidae) no parque metropolitano de Pituaçu, Salvador – Bahia.pdfInventário preliminar da diversidade de meliponinae (hymenopteraapidae) no parque metropolitano de Pituaçu, Salvador – Bahia.pdfapplication/pdf35783https://ri.ucsal.br/bitstreams/27adba57-c1a0-414d-ac30-8ee5a1119d98/download33398ab7eb4df4190783c1967998da4eMD51prefix/25152020-12-07 14:35:21.392open.accessoai:ri.ucsal.br:prefix/2515https://ri.ucsal.brRepositório Institucionalhttp://ri.ucsal.br:8080/oai/requestrosemary.magalhaes@ucsal.bropendoar:2020-12-07T14:35:21Repositório Institucional da UCSAL - Universidade Católica de Salvador (UCSAL)falseTElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4K |
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