A organização dos “inorganizáveis”: a experiência coletiva dos catadores e catadoras de materiais recicláveis na Paraíba.

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Main Author: SANTOS, Thelma Flaviana Rodrigues dos.
Publication Date: 2020
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UCB
Download full: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17953
Summary: Devido ao caráter de informalidade de seu trabalho e à falta de reconhecimento social da atividade que desenvolvem, bem como às difíceis condições de trabalho e vida com as quais se deparam, por muito tempo as catadoras e os catadores de materiais recicláveis foram considerados parte do lumpemproletariado, conforme identificado por Karl Marx (2007, 2013), a “ralé” apontada por Souza (2009), ou sobrantes dos demais setores produtivos tal como define Burgos (2013). Como integrantes desses grupos, seriam incapazes de se organizar coletivamente, a começar pela dificuldade de encontrar a quem dirigir suas demandas, tendo em vista que a indústria da reciclagem não os legitima como força de trabalho pertencente ao setor, e que o poder público raramente reconhece o valor das atividades a eles relacionadas, como a limpeza urbana e a educação ambiental. Contrariando as expectativas, desde a década de 1980, catadoras e catadores brasileiros vêm se organizando coletiva, socioprodutiva e politicamente, alcançando conquistas sociais e legais. Este cenário suscitou as seguintes questões: Como um grupo que em geral é visto como parte de uma camada da população incapaz de organização política passou a agir coletivamente? Quais as implicações da organização coletiva para estes trabalhadores(as)? Tais questionamentos conduziram à elaboração do objetivo geral dessa pesquisa: identificar quais são os processos práticos-discursivos que de alguma maneira influenciaram ou contribuíram com a organização socioeconômica e política dos catadores e catadoras de materiais recicláveis do estado Paraíba e como esses trabalhadores percebem esses processos. Almejamos, em uma mão, utilizar referências teóricas para melhor entender a realidade sócio-econômico-política dos catadores(as) como segmento social relevante e, na outra mão, discutir as implicações dos achados empíricos sobre o debate teórico, visando com isso enriquecer os debates da sociologia do trabalho e das teorias sobre ação coletiva e movimentos sociais. Desse modo, a pesquisa se estruturou sobre uma dimensão empírica e outra teórica. Pode-se classificar a metodologia adotada como estudo de caso, exploratório e qualitativo. Os instrumentos de pesquisa incluem técnicas e fontes variadas, como observação participante, incursões etnográficas, diário de campo, entrevistas temáticas, história de vida e consulta a dados secundários, como levantamentos quantitativos, mapeamentos, jornais e documentários. Realizamos nossa pesquisa entre os anos de 2016 e 2020, período no qual entrevistamos trinta e um catadores(as) – quatorze homens e dezessete mulheres – das cinco regiões do país, enfatizando principalmente no estado da Paraíba, onde entrevistamos dezenove catadores(as). Ademais, entrevistamos oito gestores(as) públicos, dez representantes de entidades de apoio, três empresários e dois gerentes do setor de reciclagem. A título de conclusões, a história coletiva dos catadores(as) revela uma trajetória marcada por contradições, conflitos, descontinuidades, fluxos e refluxos, mas também pelo aprendizado em meio ao processo. Os catadores(as) são uma prova viva de que trabalhadores(as) informais que vivem às franjas do capitalismo, sem nem mesmo ter sua relação de trabalho reconhecida pelo capital, podem sim se organizar e agir coletivamente, desenvolvendo, através da consolidação de um movimento social, uma identidade coletiva ancorada na noção de classe, podendo lograr realizar conquistas que modificam, em certa medida, a vida de muitas pessoas envolvidas com essa organização, mas também a vida de outros profissionais que atuam na atividade, tencionando ainda a forma como se estrutura um determinado campo produtivo.
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Como integrantes desses grupos, seriam incapazes de se organizar coletivamente, a começar pela dificuldade de encontrar a quem dirigir suas demandas, tendo em vista que a indústria da reciclagem não os legitima como força de trabalho pertencente ao setor, e que o poder público raramente reconhece o valor das atividades a eles relacionadas, como a limpeza urbana e a educação ambiental. Contrariando as expectativas, desde a década de 1980, catadoras e catadores brasileiros vêm se organizando coletiva, socioprodutiva e politicamente, alcançando conquistas sociais e legais. Este cenário suscitou as seguintes questões: Como um grupo que em geral é visto como parte de uma camada da população incapaz de organização política passou a agir coletivamente? Quais as implicações da organização coletiva para estes trabalhadores(as)? Tais questionamentos conduziram à elaboração do objetivo geral dessa pesquisa: identificar quais são os processos práticos-discursivos que de alguma maneira influenciaram ou contribuíram com a organização socioeconômica e política dos catadores e catadoras de materiais recicláveis do estado Paraíba e como esses trabalhadores percebem esses processos. Almejamos, em uma mão, utilizar referências teóricas para melhor entender a realidade sócio-econômico-política dos catadores(as) como segmento social relevante e, na outra mão, discutir as implicações dos achados empíricos sobre o debate teórico, visando com isso enriquecer os debates da sociologia do trabalho e das teorias sobre ação coletiva e movimentos sociais. Desse modo, a pesquisa se estruturou sobre uma dimensão empírica e outra teórica. Pode-se classificar a metodologia adotada como estudo de caso, exploratório e qualitativo. Os instrumentos de pesquisa incluem técnicas e fontes variadas, como observação participante, incursões etnográficas, diário de campo, entrevistas temáticas, história de vida e consulta a dados secundários, como levantamentos quantitativos, mapeamentos, jornais e documentários. Realizamos nossa pesquisa entre os anos de 2016 e 2020, período no qual entrevistamos trinta e um catadores(as) – quatorze homens e dezessete mulheres – das cinco regiões do país, enfatizando principalmente no estado da Paraíba, onde entrevistamos dezenove catadores(as). Ademais, entrevistamos oito gestores(as) públicos, dez representantes de entidades de apoio, três empresários e dois gerentes do setor de reciclagem. A título de conclusões, a história coletiva dos catadores(as) revela uma trajetória marcada por contradições, conflitos, descontinuidades, fluxos e refluxos, mas também pelo aprendizado em meio ao processo. Os catadores(as) são uma prova viva de que trabalhadores(as) informais que vivem às franjas do capitalismo, sem nem mesmo ter sua relação de trabalho reconhecida pelo capital, podem sim se organizar e agir coletivamente, desenvolvendo, através da consolidação de um movimento social, uma identidade coletiva ancorada na noção de classe, podendo lograr realizar conquistas que modificam, em certa medida, a vida de muitas pessoas envolvidas com essa organização, mas também a vida de outros profissionais que atuam na atividade, tencionando ainda a forma como se estrutura um determinado campo produtivo.Por el carácter informal de su trabajo y la falta de reconocimiento social de la actividad que desarrollan, así como por las difíciles condiciones de trabajo y de vida en que se encuentran, los pepenadores y las pepenadoras de materiales reciclables han sido considerados parte del lumpemproletariado, como identificado por Karl Marx (2007, 2013), la “ralé” señalada por Souza (2009), o sobrante de los otros sectores productivos, como define Burgos (2013). Como integrantes de estos grupos, serían incapaces de organizarse colectivamente, primeramente, por la dificultad de encontrar a quién presentar sus demandas, dado que la industria del reciclaje no los legitima como fuerza laboral perteneciente al sector, y que el gobierno pocas veces reconoce el valor de las actividades a ellos relacionadas, como la limpieza urbana y la educación ambiental. Contrariamente a lo esperado, desde la década de 1980 los pepenadores brasileños se han organizado colectiva, socioproductiva y políticamente, logrando beneficios sociales y legales. Este escenario planteó las siguientes preguntas: ¿Cómo llegó a actuar colectivamente un grupo que generalmente se ve como parte de un sector de la población incapaz de organización política? ¿Cuáles son las implicaciones de la organización colectiva para estos trabajadores? Tales preguntas llevaron a la elaboración del objetivo general de esta investigación: identificar cuáles son los procesos práctico-discursivos que de alguna manera influyeron o contribuyeron con la organización socioeconómica y política de los pepenadores del estado de Paraíba y cómo estos trabajadores perciben estos procesos. Nuestro objetivo es, por un lado, utilizar referencias teóricas para mejor comprender la realidad socio-económico-política de los pepenadores y, por otro lado, discutir las implicaciones de los descubrimientos empíricos en el debate teórico, con miras a enriquecer los debates sobre sociología del trabajo y las teorías sobre la acción colectiva y los movimientos sociales. Así, la investigación se estructuró en una dimensión empírica y otra teórica. La metodología adoptada se puede clasificar como estudio de caso, exploratorio y cualitativo. Los instrumentos de investigación incluyen técnicas y fuentes variadas, como observación participante, incursiones etnográficas, diarios de campo, entrevistas temáticas, historia de vida y consulta de datos secundarios, como encuestas cuantitativas, mapeos, periódicos y documentales. Realizamos nuestra investigación entre los años 2016 y 2020, durante los cuales entrevistamos a treinta y un pepenadores - catorce hombres y diecisiete mujeres - de las cinco regiones del país, con énfasis principalmente en el estado de Paraíba, donde entrevistamos a diecinueve pepenadores. Además, entrevistamos a ocho gerentes públicos, diez representantes de entidades de apoyo, tres emprendedores y dos gerentes del sector de reciclaje. Como conclusiones, percibimos que la historia colectiva de los pepenadores revela una trayectoria marcada por contradicciones, conflictos, discontinuidades, flujos y reflujos, pero también por el aprendizaje en el proceso. Los recicladores son la prueba viviente de que los trabajadores informales que viven al margen del capitalismo, sin que el capital reconozca su relación laboral, pueden organizarse y actuar colectivamente, desarrollando, através de la consolidación de un movimiento social, una identidad colectiva anclada en la noción de clase, pudiendo alcanzar logros que modifiquen, en cierta medida, la vida de muchas personas involucradas con esta organización, pero también la vida de otros profesionales que laboran en la actividad, tensionando también la forma en que se estructura un determinado campo productivo.Universidade Federal de Campina GrandeBrasilCentro de Humanidades - CHPÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISUFCGOLIVEIRA, Roberto Véras de.VÉRAS DE OLIVEIRA, R.http://lattes.cnpq.br/3105734658276566LADOSKY, Mario Henrique Guedes.LADOSKY, M. H. 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Tese (Doutorado em Ciências Sociais), Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2020. http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17953porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCBinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCB2022-11-11T16:14:02Zoai:localhost:riufcg/17953Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.ucb.br/oai/requestsara.ribeiro@ucb.bropendoar:2022-11-11T16:14:02Repositório Institucional da UCB - Universidade Católica de Brasília (UCB)false
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