Análise da cicatrização na Linha Alba com uso de extrato aquoso de Orbignya phalerata (babaçu): estudo controlado em ratos

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Main Author: Brito Filho,Sebastião Barreto de
Publication Date: 2006
Other Authors: Matias,Jorge Eduardo F., Stahlke Júnior,Henrique Jorge, Torres,Orlando Jorge Martins, Timi,Jorge Rufino Ribas, Tenório,Sérgio Bernardo, Tâmbara,Elizabeth Milla, Carstens,Ângelo G., Campos,Richard Vieira, Myamoto,Márcio
Format: Article
Language: por
Source: Acta Cirúrgica Brasileira (Online)
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Summary: INTRODUÇÃO: O mesocarpo do babaçu (Orbignya phalerata) tem sido utilizado em estudos experimentais para verificar a sua ação antiinflamatória. No Maranhão, é muito utilizado como alimento e como remédio popular para cicatrização de ferimentos. OBJETIVO: Avaliar macroscópica, histológica e tensiometricamente, a ação do extrato de Orbygnia phalerata no processo de cicatrização de laparotomias medianas em ratos. MÉTODOS: Quarenta ratos da linhagem Wistar, adultos, machos, foram utilizados em procedimento experimental que consistiu em uma incisão na linha alba e síntese em plano único com pontos separados de fio de polipropileno 5-0. Após esse procedimento comum, os animais foram distribuídos em dois grupos de 20. Ao grupo chamado controle, foi utilizado injeção intraperitoneal, em dose única de 1mL de soro fisiológico para cada quilo de peso. Ao grupo experimento, utilizou-se solução aquosa de babaçu na dose de 50 mg por quilo de peso. Os animais foram acompanhados e mortos após três e sete dias, procedendo-se, a seguir, à análise tensiométrica e histológica. RESULTADOS: O exame macroscópico não mostrou presença de aderências importantes entre a linha alba e os órgãos intra-abdominais nos grupos de estudo. A avaliação histológica mostrou efeito marginalmente significativo (p=0,086) para inflamação aguda nos grupos controle e experimento de três dias e efeito significativo (p=0,003) para a reação gigantocelular (p=0,003). Diferença significativa (p-=0,023) foi observada para inflamação aguda no grupos controle experimento de sete dias. Na análise intra-grupo (controle três e sete), foi observado efeito marginalmente significativo (p=0,094 e p=0,05) respectivamente para as variáveis inflamação aguda e crônica. Na análise somente entre os grupos experimentos, as variáveis reação gigantocelular (0,002) e colagenização (0,016) apresentaram resultado significativo. A avaliação tensiométrica mostrou diferença significativa em relação ao grupo experimento de sete dias, que ofereceu melhor resistência do que os outros grupos. CONCLUSÃO: As avaliações histológica e macroscópica não mostraram diferenças significativas entre o extrato e a solução salina; quanto à tensiométrica, o grupo experimento de sete dias apresentou diferença significativa em relação ao grupo controle de mesmo período de pós-operatório, sugerindo indícios de que o uso do extrato administrado intraperitonealmente favorece o processo de cicatrização.
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