Cardiomioplastia: novo gerador da Biotronic

Bibliographic Details
Main Author: Braile,Domingo M
Publication Date: 1994
Other Authors: Soares,Marcelo J. F, Souza,Dorotéia R. S, Schaldach,Max
Format: Article
Language: por
Source: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381994000100004
Summary: Na cardiomioplastia, a contração do músculo esquelético, submetido à estimulação elétrica sobre a parede ventricular dilatada, aumenta a função ventricular, que é dependente das condições prévias do coração e da doença de base. Um dos problemas principais que interfere no sucesso da substituição do músculo cardíaco é a estimulação sincrónica do miocárdio e o músculo esquelético. A estimulação desse músculo a longo prazo tem sido possível graças a eletrodos especiais associados à estimulação progressiva seqüencial, adaptando-o à função cardíaca, através da transformação gradual de fibras glicolíticas expostas à fadiga em oxidativas lentas altamente resistentes. O gerador de pulsos "Myos" (Biotronik) tem sido utilizado em nosso Serviço para estimulação elétrica do músculo grande dorsal em sincronização com o miocárdio. Esse tipo de cardiomioestimulador com circuito eletrônico e bateria de lítio armazena um programa de estimulação responsável por diferentes modos operacionais, adaptados por um programa de computação. Para a programação do cardiomioestimulador, o momento da sincronização do trem de pulso com a abertura da valva aórtica é de extrema importância. O modo M de alta velocidade é utilizado para avaliar este sincronismo. A avaliação clínica da cardiomioplastia tem como base os resultados obtidos de 32 pacientes, com idade de 22 a 72 anos (média = 46,2 anos). A maioria (72%) dos pacientes apresentou miocardiopatia dilatada por causa indeterminada, 24% de origem chagásica, 3% virótica e 3% por periparto. Os índices de mortalidade hospitalar e tardia foram ambos de 12,5% e de 3,1%, respectivamente, excluindo-se os chagásicos. A sobrevida atuarial foi de 81,3+-0,22% após 6 anos e de 94.4+-0,1 % após 5 anos, retirando-se os chagásicos. Os índices médios de diâmetros sistólico (55,1 mm), diastólico (70,7 mm), encurtamento segmentar (22,8%) e fração de ejeção (51,0%), referentes a seguimento médio de 14,2 meses, refletem que a cardiomioplastia pode ser efetiva na assistência do ventrículo esquerdo. A escolha do paciente parece ser a chave para o bom resultado operatório a curto e longo prazos.
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