Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa,Roberto Ramos
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Cestari,Priscila Feitoza, Capeletti,Julhano Tiago, Peres,Gustavo Magnus T. L. S. R., Ibañez,Tania L. Pozzo, Silva,Patrícia Viana da, Farran,Jorge A., Amato,Vivian Lerner, Farsky,Pedro Silvio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2011001200010
Resumo: FUNDAMENTO: A doença renal crônica (DRC) é um marcador de mortalidade na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO: Avaliar em pacientes com DRC submetidos a CRM as características clínicas e os marcadores de morbimortalidade hospitalar; comparar a evolução intra-hospitalar entre os grupos com e sem DRC, e com e sem desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA). MÉTODOS: Foram analisadas as CRM isoladas realizadas num hospital público cardiológico de 1999 a 2007. Considerado disfunção renal quando creatinina > 1,5 mg/dl. Avaliaram-se características clínicas, mortalidade e complicações pós-operatórias conforme a função renal. RESULTADOS: De 3.890 pacientes, 362 (9,3%) tinham DRC. Esse grupo apresentava idade mais avançada, maior prevalência de hipertensão, disfunção ventricular esquerda, acidente vascular encefálico (AVE) prévio, doença arterial periférica e triarteriais. No pós-operatório, apresentou maior incidência de AVE (5,5% vs 2,1%), fibrilação atrial (16 vs 8,3%), síndrome de baixo débito cardíaco (14,4% vs 8,5%), maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva (4,04 vs 2,83 dias), e maior mortalidade intra-hospitalar (10,5% vs 3,8%). Sexo feminino, tabagismo, diabete e doença vascular periférica e/ou carotídea associaram-se com maior mortalidade no grupo DRC. Pacientes que não desenvolveram IRA pós-operatória apresentaram 3,5% de mortalidade; grupo IRA não dialítica: 35,4%; grupo IRA dialítica: 66,7%. Calculando-se a taxa de filtração glomerular, observou-se aumento da mortalidade conforme o aumento da classe da DRC. CONCLUSÃO: Pacientes com DRC submetidos a CRM constituem população de elevado risco, apresentando maior morbimortalidade. IRA pós-operatória é importante marcador de mortalidade. A taxa de filtração glomerular foi inversamente relacionada com mortalidade.
id SBC-1_014ee4e813cf0c8a8629f18b1e7b12b1
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2011001200010
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdicaInsuficiência renal crônicarevascularização miocárdica/mortalidademorbidadeprognósticotempo de internaçãounidade de terapia intensivaFUNDAMENTO: A doença renal crônica (DRC) é um marcador de mortalidade na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO: Avaliar em pacientes com DRC submetidos a CRM as características clínicas e os marcadores de morbimortalidade hospitalar; comparar a evolução intra-hospitalar entre os grupos com e sem DRC, e com e sem desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA). MÉTODOS: Foram analisadas as CRM isoladas realizadas num hospital público cardiológico de 1999 a 2007. Considerado disfunção renal quando creatinina > 1,5 mg/dl. Avaliaram-se características clínicas, mortalidade e complicações pós-operatórias conforme a função renal. RESULTADOS: De 3.890 pacientes, 362 (9,3%) tinham DRC. Esse grupo apresentava idade mais avançada, maior prevalência de hipertensão, disfunção ventricular esquerda, acidente vascular encefálico (AVE) prévio, doença arterial periférica e triarteriais. No pós-operatório, apresentou maior incidência de AVE (5,5% vs 2,1%), fibrilação atrial (16 vs 8,3%), síndrome de baixo débito cardíaco (14,4% vs 8,5%), maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva (4,04 vs 2,83 dias), e maior mortalidade intra-hospitalar (10,5% vs 3,8%). Sexo feminino, tabagismo, diabete e doença vascular periférica e/ou carotídea associaram-se com maior mortalidade no grupo DRC. Pacientes que não desenvolveram IRA pós-operatória apresentaram 3,5% de mortalidade; grupo IRA não dialítica: 35,4%; grupo IRA dialítica: 66,7%. Calculando-se a taxa de filtração glomerular, observou-se aumento da mortalidade conforme o aumento da classe da DRC. CONCLUSÃO: Pacientes com DRC submetidos a CRM constituem população de elevado risco, apresentando maior morbimortalidade. IRA pós-operatória é importante marcador de mortalidade. A taxa de filtração glomerular foi inversamente relacionada com mortalidade.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2011-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2011001200010Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.97 n.3 2011reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2011005000075info:eu-repo/semantics/openAccessBarbosa,Roberto RamosCestari,Priscila FeitozaCapeletti,Julhano TiagoPeres,Gustavo Magnus T. L. S. R.Ibañez,Tania L. PozzoSilva,Patrícia Viana daFarran,Jorge A.Amato,Vivian LernerFarsky,Pedro Silviopor2011-10-21T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2011001200010Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2011-10-21T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
title Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
spellingShingle Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
Barbosa,Roberto Ramos
Insuficiência renal crônica
revascularização miocárdica/mortalidade
morbidade
prognóstico
tempo de internação
unidade de terapia intensiva
title_short Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
title_full Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
title_fullStr Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
title_full_unstemmed Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
title_sort Impacto da disfunção renal na evolução intra-hospitalar após cirurgia de revascularização miocárdica
author Barbosa,Roberto Ramos
author_facet Barbosa,Roberto Ramos
Cestari,Priscila Feitoza
Capeletti,Julhano Tiago
Peres,Gustavo Magnus T. L. S. R.
Ibañez,Tania L. Pozzo
Silva,Patrícia Viana da
Farran,Jorge A.
Amato,Vivian Lerner
Farsky,Pedro Silvio
author_role author
author2 Cestari,Priscila Feitoza
Capeletti,Julhano Tiago
Peres,Gustavo Magnus T. L. S. R.
Ibañez,Tania L. Pozzo
Silva,Patrícia Viana da
Farran,Jorge A.
Amato,Vivian Lerner
Farsky,Pedro Silvio
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Barbosa,Roberto Ramos
Cestari,Priscila Feitoza
Capeletti,Julhano Tiago
Peres,Gustavo Magnus T. L. S. R.
Ibañez,Tania L. Pozzo
Silva,Patrícia Viana da
Farran,Jorge A.
Amato,Vivian Lerner
Farsky,Pedro Silvio
dc.subject.por.fl_str_mv Insuficiência renal crônica
revascularização miocárdica/mortalidade
morbidade
prognóstico
tempo de internação
unidade de terapia intensiva
topic Insuficiência renal crônica
revascularização miocárdica/mortalidade
morbidade
prognóstico
tempo de internação
unidade de terapia intensiva
description FUNDAMENTO: A doença renal crônica (DRC) é um marcador de mortalidade na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM). OBJETIVO: Avaliar em pacientes com DRC submetidos a CRM as características clínicas e os marcadores de morbimortalidade hospitalar; comparar a evolução intra-hospitalar entre os grupos com e sem DRC, e com e sem desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA). MÉTODOS: Foram analisadas as CRM isoladas realizadas num hospital público cardiológico de 1999 a 2007. Considerado disfunção renal quando creatinina > 1,5 mg/dl. Avaliaram-se características clínicas, mortalidade e complicações pós-operatórias conforme a função renal. RESULTADOS: De 3.890 pacientes, 362 (9,3%) tinham DRC. Esse grupo apresentava idade mais avançada, maior prevalência de hipertensão, disfunção ventricular esquerda, acidente vascular encefálico (AVE) prévio, doença arterial periférica e triarteriais. No pós-operatório, apresentou maior incidência de AVE (5,5% vs 2,1%), fibrilação atrial (16 vs 8,3%), síndrome de baixo débito cardíaco (14,4% vs 8,5%), maior tempo de internação na unidade de terapia intensiva (4,04 vs 2,83 dias), e maior mortalidade intra-hospitalar (10,5% vs 3,8%). Sexo feminino, tabagismo, diabete e doença vascular periférica e/ou carotídea associaram-se com maior mortalidade no grupo DRC. Pacientes que não desenvolveram IRA pós-operatória apresentaram 3,5% de mortalidade; grupo IRA não dialítica: 35,4%; grupo IRA dialítica: 66,7%. Calculando-se a taxa de filtração glomerular, observou-se aumento da mortalidade conforme o aumento da classe da DRC. CONCLUSÃO: Pacientes com DRC submetidos a CRM constituem população de elevado risco, apresentando maior morbimortalidade. IRA pós-operatória é importante marcador de mortalidade. A taxa de filtração glomerular foi inversamente relacionada com mortalidade.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2011001200010
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2011001200010
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2011005000075
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.97 n.3 2011
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126560681328640