Uma breve história do ópio e dos opióides
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000100015 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Desde tempos imemoriais, o ópio e os seus derivados, além de exercerem ponderável influência sobre o comportamento dos seres humanos, têm sido empregados como sedativo e como analgésico. A partir do século XIX, com o isolamento dos alcalóides do ópio e as facilidades para o emprego dessas substâncias por via parenteral, houve aumento do interesse pelo uso criterioso dos opióides na área médica e da análise das conseqüências sociais de seu uso abusivo. Justifica-se, pelo exposto, uma revisão histórica do ópio e dos seus derivados. CONTEÚDO: A evolução dos conhecimentos sobre o ópio, produto natural extraído do Papaver somniferum, e sobre os opióides, substâncias naturais, semi-sintéticas e sintéticas extraídas do ópio, bem como as principais referências a essas substâncias desde a Antigüidade foram avaliadas. Foi enfatizado o progresso obtido a partir dos trabalhos de Setürner que resultaram no isolamento da morfina. As investigações conduzidas por outros autores na busca de substâncias sintéticas que apresentassem vantagens sobre os produtos naturais foram mencionadas. A importância da descoberta dos receptores opióides e de seus ligantes endógenos foi sublinhada. CONCLUSÕES: No alvorecer do terceiro milênio, a despeito das pesquisas realizadas com drogas analgésicas de outros grupos farmacológicos, os opióides continuam sendo os analgésicos mais potentes, embora sua eficácia seja contestada em certos tipos de dor. Os atuais conhecimentos de Farmacologia Clínica permitem selecionar o opióide a ser administrado, considerando a doença e as condições do paciente, na busca da melhor relação custo-benefício. |
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