Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais

Bibliographic Details
Main Author: Bedin,Antonio
Publication Date: 2005
Other Authors: Pinho,Mauro de Souza Leite, Zanotelli,Cladir Terezinha, Caldart,Ângela Sílvia, Turazzi,Jurandir Coan, Castro,Renato Almeida Couto de
Format: Article
Language: por
Source: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000400003
Summary: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O vômito pós-operatório é uma complicação comum e desagradável. Porém, atualmente modelos matemáticos tais como número necessário para tratar (NNT) e redução do risco relativo (RRR) têm sido úteis para a decisão de que medicação utilizar para a profilaxia. O objetivo deste estudo foi verificar se a dexametasona, comparada à metoclopramida, reduz a incidência de vômitos, quando administrada por via venosa em crianças anestesiadas com sevoflurano em cirurgias pediátricas ambulatoriais. MÉTODO: Participaram do estudo 237 crianças, do sexo masculino, com idade entre 11 meses e 12 anos, estado físico ASA I e II, submetidas à herniorrafia inguinal. Como medicação pré-anestésica foi utilizado midazolam por via oral. Para a indução e manutenção da anestesia foram utilizados sevoflurano, óxido nitroso e fentanil (1 µg.kg-1). Os pacientes foram divididos em grupo D (n = 118) dexametasona (150 µg.kg-1) por via venosa na indução e grupo M (n = 119) metoclopramida (150 µg.kg-1) na indução. Foram analisadas as incidências de vômitos nas primeiras 4 horas de pós-operatório (PO), entre 4 horas e 24 horas de PO, o NNT de ambas as medicações utilizadas e a RRR da dexametasona em relação à metoclopramida. RESULTADOS: A incidência de vômitos foi 9,32% no grupo D e 33,61% no grupo M durante as primeiras 4 horas de PO e 1,69% com a dexametasona e de 3,36% com a metoclopramida entre 4 e 24 horas de PO. O RRR foi 72% da dexametasona em relação à metoclopramida nas primeiras 4 horas. O NNT da dexametasona foi 3,25 e o da metoclopramida foi 15,66. CONCLUSÕES: A dexametasona reduz, de forma mais eficiente que a metoclopramida, a incidência de vômitos quando utilizada durante a indução de anestesia com sevoflurano associado ao óxido nitroso e fentanil.
id SBA-1_8b01002a524b6f5020c11fc384aff9d5
oai_identifier_str oai:scielo:S0034-70942005000400003
network_acronym_str SBA-1
network_name_str Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
repository_id_str
spelling Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriaisANTIEMÉTICOS/dexametasonaANTIEMÉTICOS/metoclopramidaCIRURGIA/AmbulatorialCOMPLICAÇÕES/náuseaCOMPLICAÇÕES/vômitoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O vômito pós-operatório é uma complicação comum e desagradável. Porém, atualmente modelos matemáticos tais como número necessário para tratar (NNT) e redução do risco relativo (RRR) têm sido úteis para a decisão de que medicação utilizar para a profilaxia. O objetivo deste estudo foi verificar se a dexametasona, comparada à metoclopramida, reduz a incidência de vômitos, quando administrada por via venosa em crianças anestesiadas com sevoflurano em cirurgias pediátricas ambulatoriais. MÉTODO: Participaram do estudo 237 crianças, do sexo masculino, com idade entre 11 meses e 12 anos, estado físico ASA I e II, submetidas à herniorrafia inguinal. Como medicação pré-anestésica foi utilizado midazolam por via oral. Para a indução e manutenção da anestesia foram utilizados sevoflurano, óxido nitroso e fentanil (1 µg.kg-1). Os pacientes foram divididos em grupo D (n = 118) dexametasona (150 µg.kg-1) por via venosa na indução e grupo M (n = 119) metoclopramida (150 µg.kg-1) na indução. Foram analisadas as incidências de vômitos nas primeiras 4 horas de pós-operatório (PO), entre 4 horas e 24 horas de PO, o NNT de ambas as medicações utilizadas e a RRR da dexametasona em relação à metoclopramida. RESULTADOS: A incidência de vômitos foi 9,32% no grupo D e 33,61% no grupo M durante as primeiras 4 horas de PO e 1,69% com a dexametasona e de 3,36% com a metoclopramida entre 4 e 24 horas de PO. O RRR foi 72% da dexametasona em relação à metoclopramida nas primeiras 4 horas. O NNT da dexametasona foi 3,25 e o da metoclopramida foi 15,66. CONCLUSÕES: A dexametasona reduz, de forma mais eficiente que a metoclopramida, a incidência de vômitos quando utilizada durante a indução de anestesia com sevoflurano associado ao óxido nitroso e fentanil.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2005-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000400003Revista Brasileira de Anestesiologia v.55 n.4 2005reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942005000400003info:eu-repo/semantics/openAccessBedin,AntonioPinho,Mauro de Souza LeiteZanotelli,Cladir TerezinhaCaldart,Ângela SílviaTurazzi,Jurandir CoanCastro,Renato Almeida Couto depor2005-10-24T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942005000400003Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2005-10-24T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false
dc.title.none.fl_str_mv Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
title Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
spellingShingle Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
Bedin,Antonio
ANTIEMÉTICOS/dexametasona
ANTIEMÉTICOS/metoclopramida
CIRURGIA/Ambulatorial
COMPLICAÇÕES/náusea
COMPLICAÇÕES/vômito
title_short Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
title_full Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
title_fullStr Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
title_full_unstemmed Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
title_sort Dexametasona comparada à metoclopramida na profilaxia de vômitos pós-operatórios em crianças submetidas a procedimentos cirúrgicos ambulatoriais
author Bedin,Antonio
author_facet Bedin,Antonio
Pinho,Mauro de Souza Leite
Zanotelli,Cladir Terezinha
Caldart,Ângela Sílvia
Turazzi,Jurandir Coan
Castro,Renato Almeida Couto de
author_role author
author2 Pinho,Mauro de Souza Leite
Zanotelli,Cladir Terezinha
Caldart,Ângela Sílvia
Turazzi,Jurandir Coan
Castro,Renato Almeida Couto de
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bedin,Antonio
Pinho,Mauro de Souza Leite
Zanotelli,Cladir Terezinha
Caldart,Ângela Sílvia
Turazzi,Jurandir Coan
Castro,Renato Almeida Couto de
dc.subject.por.fl_str_mv ANTIEMÉTICOS/dexametasona
ANTIEMÉTICOS/metoclopramida
CIRURGIA/Ambulatorial
COMPLICAÇÕES/náusea
COMPLICAÇÕES/vômito
topic ANTIEMÉTICOS/dexametasona
ANTIEMÉTICOS/metoclopramida
CIRURGIA/Ambulatorial
COMPLICAÇÕES/náusea
COMPLICAÇÕES/vômito
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O vômito pós-operatório é uma complicação comum e desagradável. Porém, atualmente modelos matemáticos tais como número necessário para tratar (NNT) e redução do risco relativo (RRR) têm sido úteis para a decisão de que medicação utilizar para a profilaxia. O objetivo deste estudo foi verificar se a dexametasona, comparada à metoclopramida, reduz a incidência de vômitos, quando administrada por via venosa em crianças anestesiadas com sevoflurano em cirurgias pediátricas ambulatoriais. MÉTODO: Participaram do estudo 237 crianças, do sexo masculino, com idade entre 11 meses e 12 anos, estado físico ASA I e II, submetidas à herniorrafia inguinal. Como medicação pré-anestésica foi utilizado midazolam por via oral. Para a indução e manutenção da anestesia foram utilizados sevoflurano, óxido nitroso e fentanil (1 µg.kg-1). Os pacientes foram divididos em grupo D (n = 118) dexametasona (150 µg.kg-1) por via venosa na indução e grupo M (n = 119) metoclopramida (150 µg.kg-1) na indução. Foram analisadas as incidências de vômitos nas primeiras 4 horas de pós-operatório (PO), entre 4 horas e 24 horas de PO, o NNT de ambas as medicações utilizadas e a RRR da dexametasona em relação à metoclopramida. RESULTADOS: A incidência de vômitos foi 9,32% no grupo D e 33,61% no grupo M durante as primeiras 4 horas de PO e 1,69% com a dexametasona e de 3,36% com a metoclopramida entre 4 e 24 horas de PO. O RRR foi 72% da dexametasona em relação à metoclopramida nas primeiras 4 horas. O NNT da dexametasona foi 3,25 e o da metoclopramida foi 15,66. CONCLUSÕES: A dexametasona reduz, de forma mais eficiente que a metoclopramida, a incidência de vômitos quando utilizada durante a indução de anestesia com sevoflurano associado ao óxido nitroso e fentanil.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000400003
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000400003
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0034-70942005000400003
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Anestesiologia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia v.55 n.4 2005
reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
instname_str Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron_str SBA
institution SBA
reponame_str Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
collection Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
repository.mail.fl_str_mv ||sba2000@openlink.com.br
_version_ 1752126625140441088