Comparação do tempo de recuperação do mivacúrio em bolus e em infusão contínua
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Publication Date: | 2005 |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Download full: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000100006 |
Summary: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O mivacúrio é um bloqueador neuromuscular (BNM) de ação curta, que apresenta uma duração total não ultrapassando 24 minutos. As primeiras comunicações científicas relataram não haver diferenças significativas no tempo de recuperação, independentemente da forma de administração. No entanto, a experiência clínica aponta para recuperações mais prolongadas quando se administra o fármaco em infusão contínua. Este trabalho tem por objetivo comparar o tempo de recuperação do mivacúrio quando administrado em bolus e em forma contínua, em um grupo de pacientes jovens e adultos. MÉTODO: Foram analisados 40 pacientes jovens sem doenças neuromusculares. Após receberem midazolam como medicação pré-anestésica, foram monitorizados na sala de operação com ECG na derivação D II e realizada a aferição da pressão arterial indireta por método automático. Todos receberam propofol e fentanil, e a anestesia foi mantida com isoflurano, óxido nitroso e oxigênio. Após a indução, foram instalados o monitor da transmissão neuromuscular por acelerometria e, após a intubação, o capnógrafo e o analisador de gases. Foram divididos em 2 grupos iguais de acordo com o regime de administração de mivacúrio: os do grupo 1 receberam somente dose inicial em bolus e os do grupo 2, após a dose inicial e terem recuperado 10% de T1, receberam infusão contínua para manter uma T1 nesse valor. Foram anotados em ambos os grupos os valores de T1 e T4/T1 na fase de recuperação, a partir de T1 em 10% da resposta inicial, de minuto a minuto, até 30 minutos. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos em relação às variáveis antropométricas. O grupo 2 apresentou tempo de recuperação mais lenta do que os pacientes que receberam somente a dose inicial em bolus. Houve grande variação de doses de infusão entre pacientes e no próprio paciente no decorrer da infusão. CONCLUSÕES: Em pacientes jovens e adultos sem evidências de doenças, a recuperação do mivacúrio é mais lenta após infusão contínua do que sob forma única em bolus. Em decorrência das variações de dose de infusão entre os pacientes e em cada paciente em si, para manter um relaxamento constante e estável, recomenda-se o uso de monitor da transmissão neuromuscular. |
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Comparação do tempo de recuperação do mivacúrio em bolus e em infusão contínuaBLOQUEADORES NEUROMUSCULARES, Não-despolarizante/mivacúrioMONITORIZAÇÃO/transmissão neuromuscularTÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO/infusão venosa contínuaJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O mivacúrio é um bloqueador neuromuscular (BNM) de ação curta, que apresenta uma duração total não ultrapassando 24 minutos. As primeiras comunicações científicas relataram não haver diferenças significativas no tempo de recuperação, independentemente da forma de administração. No entanto, a experiência clínica aponta para recuperações mais prolongadas quando se administra o fármaco em infusão contínua. Este trabalho tem por objetivo comparar o tempo de recuperação do mivacúrio quando administrado em bolus e em forma contínua, em um grupo de pacientes jovens e adultos. MÉTODO: Foram analisados 40 pacientes jovens sem doenças neuromusculares. Após receberem midazolam como medicação pré-anestésica, foram monitorizados na sala de operação com ECG na derivação D II e realizada a aferição da pressão arterial indireta por método automático. Todos receberam propofol e fentanil, e a anestesia foi mantida com isoflurano, óxido nitroso e oxigênio. Após a indução, foram instalados o monitor da transmissão neuromuscular por acelerometria e, após a intubação, o capnógrafo e o analisador de gases. Foram divididos em 2 grupos iguais de acordo com o regime de administração de mivacúrio: os do grupo 1 receberam somente dose inicial em bolus e os do grupo 2, após a dose inicial e terem recuperado 10% de T1, receberam infusão contínua para manter uma T1 nesse valor. Foram anotados em ambos os grupos os valores de T1 e T4/T1 na fase de recuperação, a partir de T1 em 10% da resposta inicial, de minuto a minuto, até 30 minutos. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos em relação às variáveis antropométricas. O grupo 2 apresentou tempo de recuperação mais lenta do que os pacientes que receberam somente a dose inicial em bolus. Houve grande variação de doses de infusão entre pacientes e no próprio paciente no decorrer da infusão. CONCLUSÕES: Em pacientes jovens e adultos sem evidências de doenças, a recuperação do mivacúrio é mais lenta após infusão contínua do que sob forma única em bolus. Em decorrência das variações de dose de infusão entre os pacientes e em cada paciente em si, para manter um relaxamento constante e estável, recomenda-se o uso de monitor da transmissão neuromuscular.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2005-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942005000100006Revista Brasileira de Anestesiologia v.55 n.1 2005reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942005000100006info:eu-repo/semantics/openAccessAlmeida,Maria Cristina Simões depor2005-03-01T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942005000100006Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2005-03-01T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
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