Tubo endotraqueal atraumático para ventilação mecânica

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Main Author: Servin,Silvio Oscar Noguera
Publication Date: 2011
Other Authors: Barreto,Gilson, Martins,Luiz Cláudio, Moreira,Marcos Mello, Meirelles,Luciana, Colli Neto,José Alexandre, Zen Júnior,José Hélio, Tincani,Alfio José
Format: Article
Language: por
Source: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942011000300006
Summary: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pacientes que necessitam permanecer sob intubação endotraqueal (IOT) por longos períodos ou, se submetidos à anestesia geral, poderão ter lesões na luz da traqueia devido a pressões exercidas pelo balonete terminal. Em alguns casos, essas lesões poderão evoluir para estenose ou, ocasionalmente, necrose. O presente trabalho teve por objetivo apresentar um tubo endotraqueal modificado (TETM) em que a pressão do balonete é variável de acordo com o ciclo da ventilação mecânica (VM), sendo o mesmo testado em simulador pulmonar e modelo animal. MÉTODO: Em simulador pulmonar acoplado a ventilador mecânico ajustado com dois volumes correntes (VC) de 10 e 15 mL.kg-1 e complacência de 60 mL.cmH2O-1, foram utilizados dois modelos de tubos endotraqueais: um modificado (TETM) e outro convencional (TETC), números (#) 7,5 mm e 8,0 mm, para avaliar a eficiência da ventilação com o TETM. Realizou-se também a comparação entre os dois modelos, em porcos da raça Large-White, sob anestesia geral e VM por 48 horas consecutivas. Posteriormente, os animais foram sacrificados para análise histopatológica das traqueias. RESULTADOS: Ambos os TETMs (#7,5 e 8,0) apresentaram escape de ar no simulador pulmonar. O menor escape de ar (13%) foi observado no TETM #7,5 mm com VC = 15 mL.kg-1 e o maior (32%) no TETM #8,0 mm, com VC = 10 mL.kg-1. Apesar disso, ambos os TETMs apresentaram boa eficiência no simulador pulmonar. Na avaliação do uso dos TETs em animais com análise histopatológica de suas traqueias, verificou-se que o TETM causou menos áreas traumáticas em seu epitélio em comparação ao TETC. CONCLUSÕES: O uso de um novo modelo de TET poderá diminuir os riscos de lesão traqueal sem prejuízo à mecânica respiratória.
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