Atitudes face a droga de toxicodependentes : medidas implícitas e explícitas e regulação emocional

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Main Author: Chora, Sara Helena Jourdain De Lemos
Publication Date: 2014
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.12/3649
Summary: O presente estudo tem por base as teorias de processamento dualista que postulam dissociações de processamento consciente e inconsciente, aplicadas à problemática das adições. A dependência de substâncias é estudada a partir de uma nova perspetiva, englobando também os processos cognitivos não racionais e inconscientes envolvidos na adição. (Wiers & Stacy, 2006). Isto pode ajudar a compreender o paradoxo central na adição que é o facto do adicto continuar a consumir drogas, apesar de ter consciência das desvantagens que este comportamento lhe traz e de racionalmente aperceber-se que não existem vantagens no seu consumo. Distinguem-se assim cognições implícitas e explícitas que traduzem os dois modos de processamento dos modelos dualistas (Strack & Deutsch, 2004). O presente estudo avaliou, numa amostra de toxicodependentes em recuperação, atitudes implícitas (através de teste de associação implícita – SC-IAT) e atitudes explícitas face a diversos objetos atitudinais como a droga, esperando verificar uma preferência por este objeto relativamente a uma medida de controlo, e que as duas medidas se encontrassem dissociadas, dado a literatura que teoriza tratarem-se de constructos distintos (Banaji, 2004). Ambas as hipóteses se verificaram. Inovador no estudo foi a avaliação da capacidade de regulação emocional através do Questionário de Regulação Emocional de John & Gross (2003), tendo em conta as dificuldades de regulação emocional desta população, e o uso de estratégias menos adaptativas como a supressão emocional. Não foi encontrado o efeito de moderação pretendido, mas a estratégia de supressão emocional encontra-se correlacionada com o tempo que os sujeitos demoram a associar droga a um atributo negativo, indo ao encontro do objetivo do estudo. São discutidas as implicações do estudo para a intervenção junto desta população.
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