VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DA TERMÓLISE LATENTE EM BOVINOS Bos taurus FACE A AUMENTOS NA TEMPERATURA AMBIENTE
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Publication Date: | 2011 |
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Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10174/3614 |
Summary: | O presente estudo teve como objectivo avaliar, em duas raças de bovinos, o comportamento das vias de termólise latente, perante aumentos planeados da temperatura ambiente. Foram utilizados 6 novilhas das raças Frísia e 6 da raça Mertolenga com pesos médios de 403,8±15,5kg e 308,2±31,2Kg, respectivamente. O estudo foi realizado em câmara climática e decorreu durante 12 dias, dividido em 4 fases, cada uma com a duração de 3 dias. As fases caracterizaram-se por 4 níveis de temperaturas crescentes. As temperaturas da câmara durante as 4 fases foram as seguintes: fase 1 - 16ºC; fase 2 – 27ºC; fase 3 – 30ºC; Fase 4 – das 10:00h ás 16:30h 36ªC, das 17:30 às 9:00h 28ºC. Diariamente, foram registadas as frequências respiratórias e as temperaturas rectais às 8:00, 12:00, 15:00 e 18:00 horas e a taxa de sudação às 14:30h. Os resultados permitiram evidenciar que na raça Frísia os armazenamentos de calor médios foram significativamente diferentes a partir da fase 3 (com temperaturas rectais significativamente superiores nas fases 3 e 4), enquanto na que raça Mertolenga os acréscimos foram apenas circunscritos e limitados. As frequências respiratórias apresentaram padrões semelhantes entre as raças, com aumentos significativos a partir da fase 3, com incrementos superiores na raça Mertolenga. Na fase 4 os valores máximos da frequência respiratória foram semelhantes entre as raças 125,7 e 122,5 respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga A taxa de sudação aumentou significativamente na raça Frísia a partir da fase 2, enquanto que na raça Mertolenga apenas na fase 3 se verificaram aumentos significativos. Contudo, na fase 4, os valores máximos da taxa de sudação foram semelhantes entre as raças, 117 e 110g/m2/h respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga. Os resultados observados, permitem concluir que a resposta das vias de termólise evaporativa entre as raças Bos taurus pode apresentar diferenças nas proporções do calor perdido por via respiratório ou por via cutânea. É evidenciado também que perdas unitárias de calor latente superiores na raça Frísia não evitaram maiores armazenamentos de calor, apresentando a raça Mertolenga uma maior termoestabilidade. |
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VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DA TERMÓLISE LATENTE EM BOVINOS Bos taurus FACE A AUMENTOS NA TEMPERATURA AMBIENTEVARIATION OF LATENT HEAT LOSS IN Bos taurus CATTLE BREEDS DEALING WITH INCREASES IN ENVIRONMENTAL TEMPERATURETermólise evaporativaBovinosStress térmicoTermorregulaçãoO presente estudo teve como objectivo avaliar, em duas raças de bovinos, o comportamento das vias de termólise latente, perante aumentos planeados da temperatura ambiente. Foram utilizados 6 novilhas das raças Frísia e 6 da raça Mertolenga com pesos médios de 403,8±15,5kg e 308,2±31,2Kg, respectivamente. O estudo foi realizado em câmara climática e decorreu durante 12 dias, dividido em 4 fases, cada uma com a duração de 3 dias. As fases caracterizaram-se por 4 níveis de temperaturas crescentes. As temperaturas da câmara durante as 4 fases foram as seguintes: fase 1 - 16ºC; fase 2 – 27ºC; fase 3 – 30ºC; Fase 4 – das 10:00h ás 16:30h 36ªC, das 17:30 às 9:00h 28ºC. Diariamente, foram registadas as frequências respiratórias e as temperaturas rectais às 8:00, 12:00, 15:00 e 18:00 horas e a taxa de sudação às 14:30h. Os resultados permitiram evidenciar que na raça Frísia os armazenamentos de calor médios foram significativamente diferentes a partir da fase 3 (com temperaturas rectais significativamente superiores nas fases 3 e 4), enquanto na que raça Mertolenga os acréscimos foram apenas circunscritos e limitados. As frequências respiratórias apresentaram padrões semelhantes entre as raças, com aumentos significativos a partir da fase 3, com incrementos superiores na raça Mertolenga. Na fase 4 os valores máximos da frequência respiratória foram semelhantes entre as raças 125,7 e 122,5 respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga A taxa de sudação aumentou significativamente na raça Frísia a partir da fase 2, enquanto que na raça Mertolenga apenas na fase 3 se verificaram aumentos significativos. Contudo, na fase 4, os valores máximos da taxa de sudação foram semelhantes entre as raças, 117 e 110g/m2/h respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga. Os resultados observados, permitem concluir que a resposta das vias de termólise evaporativa entre as raças Bos taurus pode apresentar diferenças nas proporções do calor perdido por via respiratório ou por via cutânea. É evidenciado também que perdas unitárias de calor latente superiores na raça Frísia não evitaram maiores armazenamentos de calor, apresentando a raça Mertolenga uma maior termoestabilidade.2012-01-16T12:46:13Z2012-01-162011-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/3614http://hdl.handle.net/10174/3614porPEREIRA, A.M.F.; TITTO, E.A.L.; BACCAR JR.; F.; ALMEIDA, J.A.A.. VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DA TERMÓLISE LATENTE EM BOVINOS Bos taurus FACE A AUMENTOS NA TEMPERATURA AMBIENTE In: V Congresso Brasileiro de Biometeorologia, 2011, Piracicaba. V Congresso Brasileiro de Biometeorologia, 2011apereira@uevora.pttitto@usp.brndafonso@uevora.ptV Congresso Brasileiro de BiometeorologiaPereira, A.M.F.Titto, E.A.L.Baccari Jr., F.Almeida, J.A.Ainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-01-03T18:40:51Zoai:dspace.uevora.pt:10174/3614Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T11:52:34.772414Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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O presente estudo teve como objectivo avaliar, em duas raças de bovinos, o comportamento das vias de termólise latente, perante aumentos planeados da temperatura ambiente. Foram utilizados 6 novilhas das raças Frísia e 6 da raça Mertolenga com pesos médios de 403,8±15,5kg e 308,2±31,2Kg, respectivamente. O estudo foi realizado em câmara climática e decorreu durante 12 dias, dividido em 4 fases, cada uma com a duração de 3 dias. As fases caracterizaram-se por 4 níveis de temperaturas crescentes. As temperaturas da câmara durante as 4 fases foram as seguintes: fase 1 - 16ºC; fase 2 – 27ºC; fase 3 – 30ºC; Fase 4 – das 10:00h ás 16:30h 36ªC, das 17:30 às 9:00h 28ºC. Diariamente, foram registadas as frequências respiratórias e as temperaturas rectais às 8:00, 12:00, 15:00 e 18:00 horas e a taxa de sudação às 14:30h. Os resultados permitiram evidenciar que na raça Frísia os armazenamentos de calor médios foram significativamente diferentes a partir da fase 3 (com temperaturas rectais significativamente superiores nas fases 3 e 4), enquanto na que raça Mertolenga os acréscimos foram apenas circunscritos e limitados. As frequências respiratórias apresentaram padrões semelhantes entre as raças, com aumentos significativos a partir da fase 3, com incrementos superiores na raça Mertolenga. Na fase 4 os valores máximos da frequência respiratória foram semelhantes entre as raças 125,7 e 122,5 respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga A taxa de sudação aumentou significativamente na raça Frísia a partir da fase 2, enquanto que na raça Mertolenga apenas na fase 3 se verificaram aumentos significativos. Contudo, na fase 4, os valores máximos da taxa de sudação foram semelhantes entre as raças, 117 e 110g/m2/h respectivamente para as raças Frísia e Mertolenga. Os resultados observados, permitem concluir que a resposta das vias de termólise evaporativa entre as raças Bos taurus pode apresentar diferenças nas proporções do calor perdido por via respiratório ou por via cutânea. É evidenciado também que perdas unitárias de calor latente superiores na raça Frísia não evitaram maiores armazenamentos de calor, apresentando a raça Mertolenga uma maior termoestabilidade. |
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