Remuneração dos administradores VS desempenho das empresas

• Main Author: Santos, Mariana Isabel Barbosa dos
• Publication Date: 2022
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10400.22/21690
• topic: Remuneração; Desempenho; Teoria da agência; Corporate governance; Remuneration; Performance; Agency theory

O tecido empresarial português é constituído essencialmente por pequenas e médias empresas (PME), cerca de 99,9% (Pordata). No entanto, as médias e grandes empresas, dada a sua dimensão e considerando o prescrito na legislação, nomeadamente no CSC, têm de adotar determinados modelos de governação. Estas empresas apresentam um maior volume de negócios, transações mais complexas, atuação em mercados internacionais o que exige uma gestão profissional e separação da propriedade, provocando conflitos de interesses relacionados com a governação e teoria da agência, com impacto no desempenho da empresa. Este estudo tem como objetivo a análise da relação entre a remuneração dos administradores e o desempenho das empresas. A análise incide sobre vários fatores que podem ter impacto ao nivel da remuneração e do funcionamento da empresa como a constituição do conselho de administração, o grupo acionista e a dimensão. Considerando a reduzida dimensão do mercado português e de forma a obter uma informação mais completa e detalhada, analisou-se uma amostra de 17 empresas portuguesas cotadas na Euronext Lisbon (PSI), no periodo de 2015 a 2020. O estudo mostra relações positivas entre a remuneração total e a existência de acionistas maioritários, a dimensão e desempenho das empresas com a presença de administradores não executivos. No entanto, quanto à remuneração dos administradores e o desempenho das empresa, a relação encontrada foi negativa, podendo ser explicada pelo facto das empresas, no ano de 2020, terem sido afetadas pela pandemia mundial provocada pelo vírus SARS CoV-2 (Covid-19), provocando danos a nível económico, financeiro e estrutural, devido à série de confinamentos impostos pelos governos dos diversos países e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).