Vinculação, relações interpessoais e esquemas precoces desadaptativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Filipa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Caldeira, Suzana Nunes, Cláudio, Vitor
Idioma: por
Título da fonte: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.3/4011
Resumo: Este trabalho incide sobre o estudo de padrões de vinculação em indivíduos numa relação de intimidade. Nos casos de vinculação insegura, procurou-se compreender a presença de problemas interpessoais e esquemas desadaptativos precoces. Considerando a atenção que a investigação tem vindo a dedicar aos padrões de vinculação e ao desenvolvimento de diferentes modelos de funcionamento interpessoal, entende-se que explorar a relação entre estas variáveis representará um contributo para compreender melhor as dinâmicas disfuncionais e, também, orientar a intervenção psicoterapêutica. O estudo contou com 100 casais heterossexuais, com idades entre os 20 e os 70 anos. Os padrões de vinculação foram analisados com recurso à Escala de Vinculação do Adulto, os esquemas desadaptativos precoces através do Questionário de Esquemas de Young e os problemas interpessoais a partir do Inventário de Problemas Interpessoais. Os resultados indicaram maior proporção de indivíduos com padrão de vinculação seguro (82%) do que inseguro (18%), repartindo-se este pelos padrões desligado (9%), preocupado (6%) e amedrontado (3%). Indicaram, ainda, que o padrão amedrontado colhe a manifestação mais forte de problemas interpessoais, com incidência na falta de assertividade e na inibição social. O padrão amedrontado também se distingue dos restantes no respeitante aos esquemas desadaptativos precoces, designadamente nos esquemas abandono e padrão rígido. Em síntese, o padrão amedrontado parece adotar mais estilos interpessoais suscetíveis de ameaçar a qualidade do relacionamento íntimo. Em termos de intervenção psicoterapêutica, a identificação destes estilos, suportados em crenças inflexíveis provenientes de défices específicos ao nível das relações precocemente estabelecidas, faculta orientação substantiva sobre a necessidade de reestruturação cognitiva, emocional e comportamental.
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