Impulsividade e diferenças de sexo: um estudo com estudantes universitários

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Main Author: Ribeiro, Carlos Filipe dos Santos Guia
Publication Date: 2024
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10284/12635
Summary: A impulsividade, ou ação sem premeditação, está e estará inerente ao comportamento humano e desde há muito tempo que tem despoletado um crescente interesse clínico e científico em termos mundiais. Uma das linhas de investigação tem procurado compreender o papel do sexo no comportamento impulsivo e na (in)capacidade para tomar decisões racionais. Apesar de a literatura evidenciar que os homens são mais impulsivos do que as mulheres, estudos recentes e mais abrangentes têm deixado antever uma maior complexidade no controlo impulsivo, tornando as diferenças de sexo menos lineares. É neste contexto que surge o presente estudo que teve como objetivo principal avaliar e analisar a impulsividade em estudantes universitários, de ambos os sexos. Em termos específicos, pretendeu-se comparar os resultados entre sexos, nos cinco traços de impulsividade avaliados (urgência negativa, falta de perseverança, falta de premeditação, busca de sensações e urgência positiva), bem como analisar a relação entre impulsividade e saúde mental. Para o efeito, foram avaliados 122 estudantes universitários (59% do sexo feminino e 41% do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 18 e os 52 anos. A avaliação da impulsividade foi efetuada através da versão portuguesa da Escala Reduzida UPPS-P, tendo esta avaliação sido complementada com o Inventário de Saúde Mental (MHI-5), para medição do sofrimento e do bem-estar psicológico. Os dados foram recolhidos online, via Google Forms. Os resultados obtidos revelaram diferenças significativas entre os sexos, em todas as dimensões avaliadas, com exceção da falta de perseverança. Comparativamente com as mulheres, os homens apresentaram maior impulsividade, no geral, bem como uma maior tendência para atividades emocionantes e novas experiências (busca de sensações) e para agirem de forma precipitada quando experienciam quer emoções negativas intensas (urgência negativa) quer emoções positivas intensas (urgência positiva). Já as mulheres evidenciaram uma menor capacidade para pensar e refletir sobre as consequências dos atos, antes da sua execução (falta de premeditação). As diferenças de sexo atingiram ainda significância no MHI-5, tendo os homens apresentado uma maior perceção de saúde mental. No seu conjunto, os resultados apontam para a existência de traços de impulsividade diferenciados entre os sexos, que podem estar na base de disposições específicas para ações precipitadas.
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