Dificuldades dos enfermeiros durante o transporte inter-hospitalar do doente crítico

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Main Author: Ribeiro, Maria Adelaide de Sousa
Publication Date: 2023
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://hdl.handle.net/10348/13390
Summary: Enquadramento: O presente relatório enquadra-se no âmbito da unidade curricular Estágio/Dissertação do 2º ano, 1º semestre do curso de Mestrado em Enfermagem da Pessoa em Situação Crítica do ano letivo 2021/2022. Este estágio permitiu-nos desenvolver competências específicas nesta área de conhecimento da Enfermagem da pessoa em situação crítica, nomeadamente relativas aos cuidados à pessoa, família/cuidador a vivenciar processos complexos de doença crítica e/ou falência orgânica, dinamizar a resposta em situações de emergência e maximizar a prevenção da infeção e da resistência a antimicrobiano. No decurso do mesmo desenvolvemos um trabalho de investigação subordinado ao tema dificuldades do enfermeiro durante o transporte inter-hospitalar do doente crítico. Objetivos: i) Refletir sobre o desenvolvimento de competências de Enfermagem na área da Pessoa em situação crítica; ii) Apresentar o estudo sobre a perceção dos enfermeiros de um serviço de urgência de um hospital da região norte de Portugal sobre a frequência e dificuldades sentidas durante o transporte inter-hospitalar do doente crítico Metodologia: Trata-se de uma investigação do tipo descritivo, correlacional e transversal de abordagem quantitativa, com uma amostra de 56 enfermeiros do serviço de urgência de um hospital do norte de Portugal que realizam transporte inter-hospitalar do doente crítico. Na recolha de dados utilizámos um questionário. Os dados foram tratados com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: A amostra foi constituída por 56 enfermeiros, a maioria era do sexo feminino (n=38; 67,9%), a classe etária mais representativa era dos 31-39 anos (n=38; 67,9%) e detinha o estado civil de solteiro ou divorciado (n=36; 64,3%). A trabalhar no SU há menos de 5 anos encontravam-se 26 enfermeiros (46,4%). A formação pós-graduada foi realizada por (n=36; 64,3%) enfermeiros. As dificuldades dos enfermeiros no transporte inter-hospitalar do doente crítico, avaliadas com a escala “Dificuldades dos enfermeiros no transporte inter-hospitalar do doente crítico” revelaram-se medianas. Na dimensão relativa ao planeamento do transporte observou-se um score total de 31,21±3,850 na perceção frequência e 33,91±7,882 na perceção de dificuldade (máximo da dimensão = 55). Na dimensão relacionada com recursos e instabilidade do doente os scores foram de 22,11±2,820 e 21,43±4,713, respetivamente para a frequência e dificuldade percecionada (máximo da dimensão = 35). O item da escala mais unânime pertence a esta dimensão, e é relativo às dificuldades de quem fica no serviço quando sai algum enfermeiro num transporte do doente crítico. Na dimensão relativa aos sintomas fisiológicos vivenciados pelos enfermeiros os scores médios foram de 6,42±2,347 para a frequência e 6,65±2,668 para a dificuldade (máximo da dimensão = 15). Os aspetos relacionados com a morte do doente constituem uma dimensão com dois itens (máximo da dimensão = 10), tendo sido observados valores médios de 3,30±1,174 e 5,52±2,703 para a frequência e dificuldade, respetivamente. Há uma correlação significativa entre a frequência do evento e a dificuldade percecionada pelos enfermeiros, para quase todos os itens avaliados. Observaram-se diferenças significativas entre profissionais do sexo feminino e masculino nos scores relativos à dificuldade associada ao transporte secundário e à ocorrência de sintomas fisiológicos durante o transporte, as mulheres apontarem scores mais elevados. O escalão etário, a categoria profissional, o tempo de serviço (total e no serviço de urgência) dos enfermeiros não determinou diferenças nas pontuações totais de cada uma das quatro dimensões da escala. Os enfermeiros com mais formação apresentaram scores significativamente mais elevados na dimensão relacionada com a morte do doente. Dentro de cada dimensão observaram-se diferenças pontuais em itens específicos. Conclusões: Durante o estágio contactamos com diversas situações de emergência, sendo os acidentes vasculares cerebrais, paragens cardiorrespiratórias e trauma as predominantes. A experiência durante o estágio foi muito enriquecedora, pois tivemos a oportunidade de melhorar competências para prestar cuidados na sala de emergência. Dada a elevada pressão para prestar cuidados a uma pessoa que está em risco de vida, a gestão de stresse foi um dos aspetos onde sentimos maior dificuldade. Os resultados do trabalho de investigação apontam para oportunidades de melhoria na operação de transporte do doente crítico envolvendo enfermeiros. Os resultados sugerem que é necessário insistir na formação, e provavelmente rever aspetos administrativos de como é processada a decisão, pois os aspetos relativos à adequação dos protocolos implementados teve respostas muito variáveis, sugerindo que há enfermeiros que não estão inteirados de como se processa a decisão de realizar um transporte do doente crítico e todo o processo de preparação.
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Objetivos: i) Refletir sobre o desenvolvimento de competências de Enfermagem na área da Pessoa em situação crítica; ii) Apresentar o estudo sobre a perceção dos enfermeiros de um serviço de urgência de um hospital da região norte de Portugal sobre a frequência e dificuldades sentidas durante o transporte inter-hospitalar do doente crítico Metodologia: Trata-se de uma investigação do tipo descritivo, correlacional e transversal de abordagem quantitativa, com uma amostra de 56 enfermeiros do serviço de urgência de um hospital do norte de Portugal que realizam transporte inter-hospitalar do doente crítico. Na recolha de dados utilizámos um questionário. Os dados foram tratados com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: A amostra foi constituída por 56 enfermeiros, a maioria era do sexo feminino (n=38; 67,9%), a classe etária mais representativa era dos 31-39 anos (n=38; 67,9%) e detinha o estado civil de solteiro ou divorciado (n=36; 64,3%). A trabalhar no SU há menos de 5 anos encontravam-se 26 enfermeiros (46,4%). A formação pós-graduada foi realizada por (n=36; 64,3%) enfermeiros. As dificuldades dos enfermeiros no transporte inter-hospitalar do doente crítico, avaliadas com a escala “Dificuldades dos enfermeiros no transporte inter-hospitalar do doente crítico” revelaram-se medianas. Na dimensão relativa ao planeamento do transporte observou-se um score total de 31,21±3,850 na perceção frequência e 33,91±7,882 na perceção de dificuldade (máximo da dimensão = 55). Na dimensão relacionada com recursos e instabilidade do doente os scores foram de 22,11±2,820 e 21,43±4,713, respetivamente para a frequência e dificuldade percecionada (máximo da dimensão = 35). O item da escala mais unânime pertence a esta dimensão, e é relativo às dificuldades de quem fica no serviço quando sai algum enfermeiro num transporte do doente crítico. Na dimensão relativa aos sintomas fisiológicos vivenciados pelos enfermeiros os scores médios foram de 6,42±2,347 para a frequência e 6,65±2,668 para a dificuldade (máximo da dimensão = 15). Os aspetos relacionados com a morte do doente constituem uma dimensão com dois itens (máximo da dimensão = 10), tendo sido observados valores médios de 3,30±1,174 e 5,52±2,703 para a frequência e dificuldade, respetivamente. Há uma correlação significativa entre a frequência do evento e a dificuldade percecionada pelos enfermeiros, para quase todos os itens avaliados. Observaram-se diferenças significativas entre profissionais do sexo feminino e masculino nos scores relativos à dificuldade associada ao transporte secundário e à ocorrência de sintomas fisiológicos durante o transporte, as mulheres apontarem scores mais elevados. O escalão etário, a categoria profissional, o tempo de serviço (total e no serviço de urgência) dos enfermeiros não determinou diferenças nas pontuações totais de cada uma das quatro dimensões da escala. Os enfermeiros com mais formação apresentaram scores significativamente mais elevados na dimensão relacionada com a morte do doente. Dentro de cada dimensão observaram-se diferenças pontuais em itens específicos. Conclusões: Durante o estágio contactamos com diversas situações de emergência, sendo os acidentes vasculares cerebrais, paragens cardiorrespiratórias e trauma as predominantes. A experiência durante o estágio foi muito enriquecedora, pois tivemos a oportunidade de melhorar competências para prestar cuidados na sala de emergência. Dada a elevada pressão para prestar cuidados a uma pessoa que está em risco de vida, a gestão de stresse foi um dos aspetos onde sentimos maior dificuldade. Os resultados do trabalho de investigação apontam para oportunidades de melhoria na operação de transporte do doente crítico envolvendo enfermeiros. Os resultados sugerem que é necessário insistir na formação, e provavelmente rever aspetos administrativos de como é processada a decisão, pois os aspetos relativos à adequação dos protocolos implementados teve respostas muito variáveis, sugerindo que há enfermeiros que não estão inteirados de como se processa a decisão de realizar um transporte do doente crítico e todo o processo de preparação.Background: This report is framed within the scope of the Internship/Dissertation course in the second year, in the first semester of the Master's program in Critical Care Nursing for the academic year 2021/2022. This internship allowed us to develop specific skills in the field of nursing for critically ill individuals, mainly related to the care of individuals, families/caregivers experiencing complex processes of critical illness and/or organ failure, facilitating responses in emergencies, and maximizing infection prevention and antimicrobial resistance. Throughout this internship, we researched the difficulties nurses experienced during inter-hospital transport of critically ill patients. Objectives: i) Reflect on the development of nursing competencies in the area of critical care nursing; ii) Present a study on the perceptions of nurses working in an emergency department of a hospital in the northern region of Portugal regarding the frequency and difficulties encountered during inter-hospital transport of critically ill patients. Methodology: This is a descriptive, correlational, and cross-sectional study with a quantitative approach involving a sample of 56 nurses from the Emergency Department of a hospital in northern Portugal who perform inter-hospital transport of critically ill patients. Data collection was conducted using a questionnaire. The data were analysed using descriptive and inferential statistics. Results: The sample consisted of 56 nurses, the majority were female (n=38; 67.9%), the most representative age group was 31-39 years old (n=38; 67.9%) and held the status single or divorced (n=36; 64.3%). Twenty-six professionals (46.4%) had been working in the ER for less than 5 years. Postgraduate training (professional or academic) was undertaken by 36 (64.3%) nurses). The difficulties experienced by nurses during interhospital transport of critically ill patients, as assessed by the “Difficulties in the Transportation of Critically Ill Patients Scale”, were found to be moderate. Regarding transport planning, the total score was 31.21±3.850 for frequency perception and 33.91±7.882 for difficulty perception (maximum dimension score = 55). In the dimension related to patient resources and instability, the frequency and difficulty perception scores were 22.11±2.820 and 21.43±4.713, respectively (maximum dimension score = 35). The item with the highest consensus in this dimension was related to the difficulties faced by those remaining in the department when a nurse is involved in inter-hospital transport. In the dimension related to physiological symptoms experienced by nurses, the average scores were 6.42±2.347 for frequency perception and 6.65±2.668 for difficulty perception (maximum dimension score = 15). Aspects related to patient death constituted a dimension with two items (maximum dimension score = 10), with average values of 3.30±1.174 and 5.52±2.703 for frequency and difficulty perception, respectively. There was a significant correlation between the frequency of events and the perceived difficulty by nurses for almost all evaluated items. Significant differences were observed between female and male professionals in the scores related to the difficulty associated with secondary transport and the occurrence of physiological symptoms during transport, with women reporting higher scores. Age group, professional category, and years of service did not determine differences in the total scores of each of the four dimensions of the scale. Nurses with more training had significantly higher scores in the dimension related to patient death. Within each dimension, punctual differences were observed in specific items. Conclusions: During the internship, we encountered various emergencies, with strokes, cardiac arrests, and trauma being the most common. The experience during the training was highly enriching, as we had the opportunity to enhance our skills for providing care in the emergency room. Given the high pressure of caring for a person at risk of life, stress management was one of the aspects where we felt the most significant difficulty. The research results indicate that there are still opportunities for improvement in the interhospital transport operation involving nurses. The findings suggest that there is a need to emphasize training and possibly review administrative aspects of the decision-making process, as responses regarding the adequacy of implemented protocols varied greatly, indicating that some nurses are not fully aware of how the decision to perform interhospital transport is made and the entire preparation process.2025-02-18T15:27:52Z2023-07-05T00:00:00Z2023-07-052023-07-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/10348/13390porRibeiro, Maria Adelaide de Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-02-23T02:12:08Zoai:repositorio.utad.pt:10348/13390Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T20:39:27.272953Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
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