Autismo e saúde ocupacional

Bibliographic Details
Main Author: Santos, M.
Publication Date: 2019
Other Authors: Lopes, C., Oliveira, T., Almeida, A.
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.14/33853
Summary: Introdução/ enquadramento/ objetivos A prevalência das diversas patologias inseridas no quadro do Espetro do Autismo tem vindo a aumentar em diversos países. Parte destes indivíduos está já em idade ativa (ou pouco tempo faltará para nela se inserir), pelo que as questões levantadas em relação à Saúde Ocupacional e Orientação/ Formação Vocacional/ Profissional serão cada vez mais relevantes. Para além disso, as caraterísticas em diversos Autistas são muito diversas, pelo que se torna relevante que os profissionais a exercer dentro das Equipas de Saúde Ocupacional tenham alguns conhecimentos nesta área. Metodologia Trata-se de uma Scoping Review, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2019 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina, Academic Search Ultimate, Science Direct, Web of Science, SCOPUS e RCAAP”. Conteúdo A Perturbação do Espectro Autista pode ser definido como uma alteração neurológica caraterizada por alterações na fala e linguagem, bem como diferenças significativas na forma de interagir com pessoas, objetos e eventos; é uma alteração do neurodesenvolvimento que dificulta a independência, relações sociais e qualidade de vida. Carateriza-se pela dificuldade existente a nível de interação social/ comunicação verbal e não verbal, bem como comportamentos repetitivos e interesses específicos/ restritos. Contudo, a gravidade varia bastante.Fica percetível durante a infância (geralmente até os três anos) e permanece durante toda a vida. Contudo, existem investigadores que consideram que é possível que algumas questões comportamentais e linguísticas possam atenuar-se com o tempo. Indivíduos com Síndroma de Asperger geralmente não apresentam limitações a nível da linguagem ou processos cognitivos. Aliás, até existe a designação de “Autistas de alto funcionamento ou desempenho”- HFASD (High Function Autism Spectrum Disorder) para elementos com Quociente de Inteligência na média ou acima dela. Discussão/ Conclusões A generalidade dos estudos publicados incide em amostras pequenas e/ ou enviesadas, ou seja, na maioria dos casos incluindo apenas os indivíduos com menos limitações, pelo que as conclusões poderão não se generalizar a todos os Autistas. De qualquer forma existem postos de trabalho que poderão ser desempenhados por estes indivíduos (mesmo os com limitações específicas), sendo que também existem tarefas laborais em que alguns poderão ter desempenhos excelentes, totalmente acima dos neurotípicos, devido às suas caraterísticas e interesses particulares. Seria pertinente ter acesso a estatísticas nacionais atualizadas relativas à percentagem destes indivíduos que trabalham, quais os postos/ tarefas que executam, qual o seu desempenho, bem como quais as vantagens e desvantagens que os colegas/ chefias e empregadores sentem. Se as Equipas de Saúde Ocupacional estiverem minimamente familiarizadas com o tema, poderão com maior facilidade abordar esta questão e criar mais postos de trabalho para estes indivíduos, com todos os benefícios humanos, sociais e económicos inerentes (para o próprio, familiares e sociedade em geral).
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