Export Ready — 

Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho

Bibliographic Details
Main Author: Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos
Publication Date: 2018
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10284/7060
Summary: Introdução: O Senso de Posição Articular (SPA) dita a capacidade de compreender e reproduzir um ângulo articular, e é assegurado por mecanorrecetores cutâneos, articulares e musculares. Apesar de existir evidência de que a fadiga muscular aumenta o limiar de descarga do fuso neuromuscular, o efeito da fadiga no SPA do joelho ainda não é consensual. O objetivo desta investigação foi determinar o efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica na acuidade propriocetiva do joelho, especificamente no SPA. Metodologia: Participaram no estudo 60 indivíduos, 29 jogadores de futebol (JF) e 31 não-praticantes de desporto (NP). O SPA do joelho do membro dominante (MD) e não-dominante (MND) foi avaliado em cadeia cinética aberta e através de reposicionamento ativo, com centrais inerciais e uma câmara de vídeo. Os efeitos agudos da fadiga sobre o SPA do joelho foram analisados em ambos os grupos antes e imediatamente após uma tarefa repetida de levantar/sentar, para as amplitudes de 20º e 45º de flexão. A sobrecarga muscular crónica foi estimada nos JF analisando a variação do SPA do joelho ao longo da época, para as amplitudes de 20º e 45º (teste de extensão), e 45º e 100º (teste de flexão). Principais Resultados: O protocolo de fadiga afetou apenas o SPA do joelho dos NP no reposicionamento dos 45º do MD (p=0.034). A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP (p<0.001), com os JF a sobrestimar e os NP a subestimar as amplitudes-alvo. Em JF, não se verificaram diferenças entre MD e MND (p>0.005). Pelo contrário, em NP, na avaliação em repouso o MD apresentou uma acuidade significativamente superior, tanto na amplitude de 20º (p=0.046) como na de 45º (p=0.036), mas inferior após o protocolo de fadiga aos 45º (p=0.050). Nos NP não se registaram diferenças no SPA do joelho inerentes ao género. No entanto, em JF, após a fadiga, o SPA das JF femininas foi significativamente inferior ao dos JF masculinos, tanto no reposicionamento dos 20º (p=0.041) como dos 45º (p=0.046) do MD. O SPA do joelho de JF não variou ao longo da época (p>0.005). No teste de extensão, uma acuidade propriocetiva significativamente inferior foi observada na amplitude de 45º, apenas no MND (p=0.012). No teste de flexão, a acuidade propriocetiva foi significativamente inferior aos 45º em relação aos 100º, tanto no MD (p=0.004) como no MND (p=0.001). Conclusões: A fadiga não tem efeitos agudos no SPA do joelho de JF, mas diminui o de NP. A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP. Os JF e NP falham as amplitudes-alvo por sobrestimação e subestimação, respetivamente. Em JF, a dominância não influencia a acuidade propriocetiva do joelho, mas em NP, o membro dominante apresenta uma acuidade superior em repouso, mas inferior em fadiga. Em repouso, não existem diferenças no SPA do joelho inerentes ao género, no entanto, quando se encontra em fadiga, o membro dominante de JF femininas apresenta uma acuidade inferior à de JF masculinos. A sobrecarga muscular crónica não faz variar o SPA do joelho de JF ao longo de uma época. A acuidade propriocetiva é inferior nas amplitudes intermédias da amplitude de movimento do joelho.
id RCAP_f3de3776fb2e94e39efc38e705b4cb1f
oai_identifier_str oai:bdigital.ufp.pt:10284/7060
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelhoSenso de posição articularJoelhoProprioceçãoFadigaFutebolJoint position senseKneeProprioceptionFatigueSoccerIntrodução: O Senso de Posição Articular (SPA) dita a capacidade de compreender e reproduzir um ângulo articular, e é assegurado por mecanorrecetores cutâneos, articulares e musculares. Apesar de existir evidência de que a fadiga muscular aumenta o limiar de descarga do fuso neuromuscular, o efeito da fadiga no SPA do joelho ainda não é consensual. O objetivo desta investigação foi determinar o efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica na acuidade propriocetiva do joelho, especificamente no SPA. Metodologia: Participaram no estudo 60 indivíduos, 29 jogadores de futebol (JF) e 31 não-praticantes de desporto (NP). O SPA do joelho do membro dominante (MD) e não-dominante (MND) foi avaliado em cadeia cinética aberta e através de reposicionamento ativo, com centrais inerciais e uma câmara de vídeo. Os efeitos agudos da fadiga sobre o SPA do joelho foram analisados em ambos os grupos antes e imediatamente após uma tarefa repetida de levantar/sentar, para as amplitudes de 20º e 45º de flexão. A sobrecarga muscular crónica foi estimada nos JF analisando a variação do SPA do joelho ao longo da época, para as amplitudes de 20º e 45º (teste de extensão), e 45º e 100º (teste de flexão). Principais Resultados: O protocolo de fadiga afetou apenas o SPA do joelho dos NP no reposicionamento dos 45º do MD (p=0.034). A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP (p<0.001), com os JF a sobrestimar e os NP a subestimar as amplitudes-alvo. Em JF, não se verificaram diferenças entre MD e MND (p>0.005). Pelo contrário, em NP, na avaliação em repouso o MD apresentou uma acuidade significativamente superior, tanto na amplitude de 20º (p=0.046) como na de 45º (p=0.036), mas inferior após o protocolo de fadiga aos 45º (p=0.050). Nos NP não se registaram diferenças no SPA do joelho inerentes ao género. No entanto, em JF, após a fadiga, o SPA das JF femininas foi significativamente inferior ao dos JF masculinos, tanto no reposicionamento dos 20º (p=0.041) como dos 45º (p=0.046) do MD. O SPA do joelho de JF não variou ao longo da época (p>0.005). No teste de extensão, uma acuidade propriocetiva significativamente inferior foi observada na amplitude de 45º, apenas no MND (p=0.012). No teste de flexão, a acuidade propriocetiva foi significativamente inferior aos 45º em relação aos 100º, tanto no MD (p=0.004) como no MND (p=0.001). Conclusões: A fadiga não tem efeitos agudos no SPA do joelho de JF, mas diminui o de NP. A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP. Os JF e NP falham as amplitudes-alvo por sobrestimação e subestimação, respetivamente. Em JF, a dominância não influencia a acuidade propriocetiva do joelho, mas em NP, o membro dominante apresenta uma acuidade superior em repouso, mas inferior em fadiga. Em repouso, não existem diferenças no SPA do joelho inerentes ao género, no entanto, quando se encontra em fadiga, o membro dominante de JF femininas apresenta uma acuidade inferior à de JF masculinos. A sobrecarga muscular crónica não faz variar o SPA do joelho de JF ao longo de uma época. A acuidade propriocetiva é inferior nas amplitudes intermédias da amplitude de movimento do joelho.Seixas, AdéritoRodrigues, SandraRepositório Institucional da Fernando PessoaAzevedo, Joana Raquel Ferreira Santos2018-11-29T15:31:33Z2018-10-242018-10-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/7060urn:tid:202434540porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2025-03-18T17:27:59Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/7060Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T04:28:17.632917Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
title Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
spellingShingle Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos
Senso de posição articular
Joelho
Proprioceção
Fadiga
Futebol
Joint position sense
Knee
Proprioception
Fatigue
Soccer
title_short Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
title_full Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
title_fullStr Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
title_full_unstemmed Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
title_sort Efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica no senso de posição articular do joelho
author Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos
author_facet Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Seixas, Adérito
Rodrigues, Sandra
Repositório Institucional da Fernando Pessoa
dc.contributor.author.fl_str_mv Azevedo, Joana Raquel Ferreira Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Senso de posição articular
Joelho
Proprioceção
Fadiga
Futebol
Joint position sense
Knee
Proprioception
Fatigue
Soccer
topic Senso de posição articular
Joelho
Proprioceção
Fadiga
Futebol
Joint position sense
Knee
Proprioception
Fatigue
Soccer
description Introdução: O Senso de Posição Articular (SPA) dita a capacidade de compreender e reproduzir um ângulo articular, e é assegurado por mecanorrecetores cutâneos, articulares e musculares. Apesar de existir evidência de que a fadiga muscular aumenta o limiar de descarga do fuso neuromuscular, o efeito da fadiga no SPA do joelho ainda não é consensual. O objetivo desta investigação foi determinar o efeito da sobrecarga muscular aguda e crónica na acuidade propriocetiva do joelho, especificamente no SPA. Metodologia: Participaram no estudo 60 indivíduos, 29 jogadores de futebol (JF) e 31 não-praticantes de desporto (NP). O SPA do joelho do membro dominante (MD) e não-dominante (MND) foi avaliado em cadeia cinética aberta e através de reposicionamento ativo, com centrais inerciais e uma câmara de vídeo. Os efeitos agudos da fadiga sobre o SPA do joelho foram analisados em ambos os grupos antes e imediatamente após uma tarefa repetida de levantar/sentar, para as amplitudes de 20º e 45º de flexão. A sobrecarga muscular crónica foi estimada nos JF analisando a variação do SPA do joelho ao longo da época, para as amplitudes de 20º e 45º (teste de extensão), e 45º e 100º (teste de flexão). Principais Resultados: O protocolo de fadiga afetou apenas o SPA do joelho dos NP no reposicionamento dos 45º do MD (p=0.034). A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP (p<0.001), com os JF a sobrestimar e os NP a subestimar as amplitudes-alvo. Em JF, não se verificaram diferenças entre MD e MND (p>0.005). Pelo contrário, em NP, na avaliação em repouso o MD apresentou uma acuidade significativamente superior, tanto na amplitude de 20º (p=0.046) como na de 45º (p=0.036), mas inferior após o protocolo de fadiga aos 45º (p=0.050). Nos NP não se registaram diferenças no SPA do joelho inerentes ao género. No entanto, em JF, após a fadiga, o SPA das JF femininas foi significativamente inferior ao dos JF masculinos, tanto no reposicionamento dos 20º (p=0.041) como dos 45º (p=0.046) do MD. O SPA do joelho de JF não variou ao longo da época (p>0.005). No teste de extensão, uma acuidade propriocetiva significativamente inferior foi observada na amplitude de 45º, apenas no MND (p=0.012). No teste de flexão, a acuidade propriocetiva foi significativamente inferior aos 45º em relação aos 100º, tanto no MD (p=0.004) como no MND (p=0.001). Conclusões: A fadiga não tem efeitos agudos no SPA do joelho de JF, mas diminui o de NP. A acuidade propriocetiva de JF é superior à de NP. Os JF e NP falham as amplitudes-alvo por sobrestimação e subestimação, respetivamente. Em JF, a dominância não influencia a acuidade propriocetiva do joelho, mas em NP, o membro dominante apresenta uma acuidade superior em repouso, mas inferior em fadiga. Em repouso, não existem diferenças no SPA do joelho inerentes ao género, no entanto, quando se encontra em fadiga, o membro dominante de JF femininas apresenta uma acuidade inferior à de JF masculinos. A sobrecarga muscular crónica não faz variar o SPA do joelho de JF ao longo de uma época. A acuidade propriocetiva é inferior nas amplitudes intermédias da amplitude de movimento do joelho.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-11-29T15:31:33Z
2018-10-24
2018-10-24T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10284/7060
urn:tid:202434540
url http://hdl.handle.net/10284/7060
identifier_str_mv urn:tid:202434540
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833602058099359744