Controlo da doença alérgica em indivíduos sob tratamento com imunoterapia com alergénios subcutânea
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Publication Date: | 2021 |
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Summary: | RESUMO Fundamento: Medir o controlo da doença alérgica é fundamental na avaliação dos resultados da imunoterapia com alergénios (ITA). Objetivo: Descrever o controlo da doença alérgica (asma, rinite, conjuntivite) em doentes sob ITA subcutânea (ITSC). Métodos: Estudo descritivo, incluindo todos os indivíduos com >12 anos sob ITSC entre 03/2017 e 06/2019 nas unidades de Imunoalergologia da CUF‑Porto que responderam a ≥1 questionário de avaliação prévia à administração de ITSC em uso nas unidades; analisou‑se apenas o questionário mais recente de cada indivíduo. O questionário incluiu uma escala visual analógica (EVA) de sintomas oculares (0, mínimo, a 10 cm, máximo) e o CARAT. O controlo da asma e rinite foi definido como CARAT total (CARATT)>24; o controlo das vias aéreas superiores (VAS) e inferiores (VAI) baseou‑se nas pontuações parciais (CARATVAS>8 e CARATVAI≥16, respetivamente). Resultados: Incluiram‑se 209 indivíduos, 96 (46%) do sexo feminino e 62 (30%) com <18 anos. Todos tinham rinite e 32% (n=67) tinham asma. 34% estavam no primeiro ano da ITSC e 40% no terceiro ou mais. A pontuação média (desvio-padrão) do CARATT foi de 24,6(4,2), com 57% (n=119) dos indivíduos controlados. 75% (n=50) dos doentes com asma apresentavam controlo das VAI, mas apenas 47% (n=98) tinham a rinite controlada. As pontuações do CARATT e CARATVAS não se correlacionaram significativamente com a duração da ITSC (r=0,082 e - 0,011, respetivamente). A pontuação do CARATVAI apresentou uma correlação significativa positiva com a duração do tratamento (r=0,203). A pontuação mediana (intervalo interquartil) da EVA de sintomas oculares foi de 0,3(0,8) cm; 79% tiveram pontuação <1 cm. Conclusões: Cerca de 60% dos doentes apresentaram controlo da doença alérgica respiratória, mas apenas 47% tinham a rinite controlada. Apesar da proporção de controlo ser superior às publicadas na literatura para doentes alérgicos, são necessários outros estudos de vida real para reforçar a evidência de efetividade da imunoterapia com alergénios. |
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