'Nós não precisamos de ajuda’: Materialidade e ética em O Sangue, de Pedro Costa
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Publication Date: | 2013 |
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Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10071/27861 |
Summary: | Quando a primeira longa-metragem de Pedro Costa estreou, em 1990, foi elogiada pela sua singularidade e frescura. Distanciando-se quer dos filmes comerciais que tentavam agradar ao público quer do cinema de autor da ‘Escola Portuguesa’ que continuava a colher reconhecimento internacional, O Sangue parecia mais preocupado em celebrar o cinema — e em resgatar um certo sentido primordial do que é fazer cinema — do que propriamente em contar uma história ou construir uma qualquer alegoria de ‘portugalidade’. A beleza do filme encorajou leituras estético-filosóficas em torno de valores universais (amor, paternidade, infância), frequentemente associados a uma espécie de pureza ontológica. No entanto, insistindo na ideia de que o cinema é uma arte profundamente material (e materialista), proponho analisar os conteúdos histórico-geográficos deste filme (tais como lugares, objetos e espaços públicos e privados), para sugerir que a partir deles é possível, não apenas traçar as grandes transformações sociais que se faziam sentir no Portugal dos anos 1980, mas também vislumbrar o esboço de uma resposta ético-política a essas transformações. |
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'Nós não precisamos de ajuda’: Materialidade e ética em O Sangue, de Pedro CostaMaterialidadeÉticaPedro CostaAnos 1980Quando a primeira longa-metragem de Pedro Costa estreou, em 1990, foi elogiada pela sua singularidade e frescura. Distanciando-se quer dos filmes comerciais que tentavam agradar ao público quer do cinema de autor da ‘Escola Portuguesa’ que continuava a colher reconhecimento internacional, O Sangue parecia mais preocupado em celebrar o cinema — e em resgatar um certo sentido primordial do que é fazer cinema — do que propriamente em contar uma história ou construir uma qualquer alegoria de ‘portugalidade’. A beleza do filme encorajou leituras estético-filosóficas em torno de valores universais (amor, paternidade, infância), frequentemente associados a uma espécie de pureza ontológica. No entanto, insistindo na ideia de que o cinema é uma arte profundamente material (e materialista), proponho analisar os conteúdos histórico-geográficos deste filme (tais como lugares, objetos e espaços públicos e privados), para sugerir que a partir deles é possível, não apenas traçar as grandes transformações sociais que se faziam sentir no Portugal dos anos 1980, mas também vislumbrar o esboço de uma resposta ético-política a essas transformações.Associação de Investigadores da Imagem em Movimento2023-02-13T12:54:37Z2013-01-01T00:00:00Z20132023-02-13T12:52:41Zconference objectinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/27861por978-989-98215-0-7Sampaio, S.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2024-07-07T03:58:42Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/27861Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T18:35:46.051591Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse |
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Quando a primeira longa-metragem de Pedro Costa estreou, em 1990, foi elogiada pela sua singularidade e frescura. Distanciando-se quer dos filmes comerciais que tentavam agradar ao público quer do cinema de autor da ‘Escola Portuguesa’ que continuava a colher reconhecimento internacional, O Sangue parecia mais preocupado em celebrar o cinema — e em resgatar um certo sentido primordial do que é fazer cinema — do que propriamente em contar uma história ou construir uma qualquer alegoria de ‘portugalidade’. A beleza do filme encorajou leituras estético-filosóficas em torno de valores universais (amor, paternidade, infância), frequentemente associados a uma espécie de pureza ontológica. No entanto, insistindo na ideia de que o cinema é uma arte profundamente material (e materialista), proponho analisar os conteúdos histórico-geográficos deste filme (tais como lugares, objetos e espaços públicos e privados), para sugerir que a partir deles é possível, não apenas traçar as grandes transformações sociais que se faziam sentir no Portugal dos anos 1980, mas também vislumbrar o esboço de uma resposta ético-política a essas transformações. |
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