Transgeracionalidade na obesidade infantil
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| Publication Date: | 2010 |
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| Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
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Summary: | A obesidade infantil está associada a múltiplos problemas de saúde e, numa perspectiva desenvolvimentista, deve ser vista como um importante determinante do excesso de peso (incluindo obesidade) nas fases de vida subsequentes. É possível postular a existência de um efeito transgeracional no peso e existem evidências deste efeito ser mediado quer por variáveis genéticas quer por variáveis comportamentais. Os estudos de análise genética comportamental sugerem que a similaridade genética explica em mais de 50% a variação do fenótipo de adiposidade em membros da mesma família. Por outro lado, vários estudos têm demonstrado que o modo como nos alimentamos, e as nossas preferências e rejeições a determinados alimentos, estão fortemente condicionados pelos contextos familiares a que somos expostos durante a infância, sendo esta uma fase de vida privilegiada para a construção e adopção de hábitos e práticas alimentares. A força do efeito destes contextos familiares nos hábitos alimentares mantidos explica-se em parte pelos estilos parentais. Assim sendo, a caracterização destes estilos parentais é importante para elaborar estratégias de intervenção na prevenção e tratamento do excesso de peso na infância. Estudos recentes indicam que uma intervenção bem sucedida deve envolver de forma activa os pais das crianças em programas de perda de peso. Alguns autores chegam mesmo a propor que a omissão da criança obesa na intervenção directa é mais eficaz (do que o envolvimento directo da criança) para o controlo e perda de peso. Para além dos pais, os avós são muitas vezes modelos activos na educação dos netos. A associação entre a obesidade dos avós e o excesso de peso infantil tem sido demonstrada (mesmo em famílias de pais normoponderais), o que levanta questões adicionais acerca dos mecanismos transgeracionais de obesidade. |
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