Estatinas e microalbuminúria

Bibliographic Details
Main Author: Dias, Patrícia
Publication Date: 2003
Other Authors: Silva, José Manuel, Silva, Nuno, Alexandrino, M. B., Moura, J. J. Alves de
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: https://hdl.handle.net/10316/11820
Summary: A microalbuminúria é, actualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros factores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogénico. Segundo alguns estudos, a prevalência da microalbuminúria na população geral varia entre 3,8 e 14,6%, verificando-se prevalências mais elevadas nos diabéticos e ou hipertensos. Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas A terapêutica hipolipemiante com estatinas demonstrou reduzir o risco cardiovascular e, também, melhorar a função endotelial. Estudos em animais e in vitro demonstraram efeitos benéficos destes fármacos em vários modelos de nefropatia, incluindo reduções da excreção urinária de proteínas. Alguns estudos realizados em doentes com excreção anormal de proteínas na urina apoiam a hipótese de que os efeitos renoprotectores também ocorram em humanos, continuando, ainda em aberto, no entanto, o campo para investigação nesta área, particularmente sobre o efeito das estatinas na redução da microalbuminúria.
id RCAP_ee586a8cea4dd2ad8197f344ab0876d4
oai_identifier_str oai:estudogeral.uc.pt:10316/11820
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Estatinas e microalbuminúriaStatins and microalbuminuriaMicroalbuminúriaEstatinasDislipidemiaNefropatiaA microalbuminúria é, actualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros factores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogénico. Segundo alguns estudos, a prevalência da microalbuminúria na população geral varia entre 3,8 e 14,6%, verificando-se prevalências mais elevadas nos diabéticos e ou hipertensos. Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas A terapêutica hipolipemiante com estatinas demonstrou reduzir o risco cardiovascular e, também, melhorar a função endotelial. Estudos em animais e in vitro demonstraram efeitos benéficos destes fármacos em vários modelos de nefropatia, incluindo reduções da excreção urinária de proteínas. Alguns estudos realizados em doentes com excreção anormal de proteínas na urina apoiam a hipótese de que os efeitos renoprotectores também ocorram em humanos, continuando, ainda em aberto, no entanto, o campo para investigação nesta área, particularmente sobre o efeito das estatinas na redução da microalbuminúria.Microalbuminuria is at present considered an indicator of cardiovascular risk, often occurring associated with other cardiovascular risk factors and might be the renal marker for an increased endothelial permeability that accompanies the atherogenic process. According to some studies, the prevalence of microalbuminuria in the general population ranges from 3.8 to 14.6%, being higher in diabetic and/or hypertensive individuals. Histopathological and experimental evidence suggest that dyslipidaemia can initiate and contribute to the progression of nephropathy, with mechanisms similar to those involved in atherosclerosis; on the other hand, urinary albumin loss may lead to a rise in lipoprotein plasmatic levels. Lipid lowering therapy with statins has been shown to reduce cardiovascular risk and also to improve endothelial function. Animal and in vitro experiments have demonstrated beneficial effects of these drugs in several models of nephropathy, including reductions in urinary protein excretion. Some studies conducted in patients with abnormal excretion of urinary protein support the hypothesis that reno-protective effects also occur in humans; however, the field is still open for investigation in this area, particularly the effect of statins in the reduction of microalbuminuria.Sociedade Portuguesa de Medicina Interna2003-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://hdl.handle.net/10316/11820https://hdl.handle.net/10316/11820porMedicina Interna. 10:2 (2003) 101-1090872-671XDias, PatríciaSilva, José ManuelSilva, NunoAlexandrino, M. B.Moura, J. J. Alves deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAP2022-05-25T10:01:03Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/11820Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-29T04:54:58.473730Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Estatinas e microalbuminúria
Statins and microalbuminuria
title Estatinas e microalbuminúria
spellingShingle Estatinas e microalbuminúria
Dias, Patrícia
Microalbuminúria
Estatinas
Dislipidemia
Nefropatia
title_short Estatinas e microalbuminúria
title_full Estatinas e microalbuminúria
title_fullStr Estatinas e microalbuminúria
title_full_unstemmed Estatinas e microalbuminúria
title_sort Estatinas e microalbuminúria
author Dias, Patrícia
author_facet Dias, Patrícia
Silva, José Manuel
Silva, Nuno
Alexandrino, M. B.
Moura, J. J. Alves de
author_role author
author2 Silva, José Manuel
Silva, Nuno
Alexandrino, M. B.
Moura, J. J. Alves de
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias, Patrícia
Silva, José Manuel
Silva, Nuno
Alexandrino, M. B.
Moura, J. J. Alves de
dc.subject.por.fl_str_mv Microalbuminúria
Estatinas
Dislipidemia
Nefropatia
topic Microalbuminúria
Estatinas
Dislipidemia
Nefropatia
description A microalbuminúria é, actualmente, considerada um indicador de risco cardiovascular, ocorrendo frequentemente associada a outros factores de risco aterosclerótico e podendo representar o marcador renal do aumento generalizado da permeabilidade endotelial que acompanha o processo aterogénico. Segundo alguns estudos, a prevalência da microalbuminúria na população geral varia entre 3,8 e 14,6%, verificando-se prevalências mais elevadas nos diabéticos e ou hipertensos. Evidências histopatológicas e experimentais sugerem que a dislipidemia pode iniciar e contribuir para a progressão da nefropatia, sendo os mecanismos implicados semelhantes aos envolvidos na aterosclerose; por outro lado, a perda urinária de albumina pode levar a elevação dos níveis plasmáticos das lipoproteínas A terapêutica hipolipemiante com estatinas demonstrou reduzir o risco cardiovascular e, também, melhorar a função endotelial. Estudos em animais e in vitro demonstraram efeitos benéficos destes fármacos em vários modelos de nefropatia, incluindo reduções da excreção urinária de proteínas. Alguns estudos realizados em doentes com excreção anormal de proteínas na urina apoiam a hipótese de que os efeitos renoprotectores também ocorram em humanos, continuando, ainda em aberto, no entanto, o campo para investigação nesta área, particularmente sobre o efeito das estatinas na redução da microalbuminúria.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/10316/11820
https://hdl.handle.net/10316/11820
url https://hdl.handle.net/10316/11820
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Medicina Interna. 10:2 (2003) 101-109
0872-671X
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833602191693185024