Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira,Inês
Publication Date: 2016
Other Authors: Pinto,Diana, Lavrador,Vasco, Fernandes,Alexandre, Reis,M. Guilhermina, Guedes,Margarida, Marques,Laura
Format: Article
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002
Summary: Introdução: A tosse convulsa continua a ser uma preocupação em idade pediátrica. Os adolescentes e adultos são reconhecidos como fonte de transmissão de doença, particularmente para lactentes sem primovacinação completa. Pretende-se caracterizar os casos de tosse convulsa sob o ponto de vista epidemiológico, clínico e terapêutico. Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo, através da análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes internados por infeção por Bordetella pertussis (identificada por método de PCR) no Serviço de Pediatria de um hospital nível III entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2014. Resultados: Foram internados 43 doentes, com uma duração mediana de oito dias. Verificou-se maior número de internamentos nos anos de 2008 e 2012, com predomínio no Verão. Apresentavam uma mediana de idades de 2,5 meses (mínimo 12 dias, máximo 16 anos), 86,0% dos quais (n=37) eram lactentes sem primovacinação completa. Todos os doentes apresentavam tosse e 48,8% (n=21) tinham contexto sugestivo de coqueluche. Todos foram medicados com macrólido, com intervalo entre o início dos sintomas e da terapêutica, mediano de oito dias (mínimo 2; máximo 60 dias). Verificou-se coinfeção vírica em 21,6% (n=14). Dez doentes foram internados em cuidados intensivos e registaram-se dois óbitos. Discussão e Conclusões: À semelhança de outros estudos, verificou-se um pico de incidência no ano de 2012. Os lactentes foram o grupo mais vulnerável para infeção por Bordetella pertussis, com maior número de internamentos. Parecem ser necessárias novas estratégias de prevenção complementares às existentes para reduzir a ocorrência desta infeção neste grupo etário.
id RCAP_ed9088ed77a828300e36b3cefd45ff85
oai_identifier_str oai:scielo:S0872-07542016000600002
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository_id_str https://opendoar.ac.uk/repository/7160
spelling Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível IIIBordetella pertussiscriançainternamentotosse convulsavacinaçãoIntrodução: A tosse convulsa continua a ser uma preocupação em idade pediátrica. Os adolescentes e adultos são reconhecidos como fonte de transmissão de doença, particularmente para lactentes sem primovacinação completa. Pretende-se caracterizar os casos de tosse convulsa sob o ponto de vista epidemiológico, clínico e terapêutico. Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo, através da análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes internados por infeção por Bordetella pertussis (identificada por método de PCR) no Serviço de Pediatria de um hospital nível III entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2014. Resultados: Foram internados 43 doentes, com uma duração mediana de oito dias. Verificou-se maior número de internamentos nos anos de 2008 e 2012, com predomínio no Verão. Apresentavam uma mediana de idades de 2,5 meses (mínimo 12 dias, máximo 16 anos), 86,0% dos quais (n=37) eram lactentes sem primovacinação completa. Todos os doentes apresentavam tosse e 48,8% (n=21) tinham contexto sugestivo de coqueluche. Todos foram medicados com macrólido, com intervalo entre o início dos sintomas e da terapêutica, mediano de oito dias (mínimo 2; máximo 60 dias). Verificou-se coinfeção vírica em 21,6% (n=14). Dez doentes foram internados em cuidados intensivos e registaram-se dois óbitos. Discussão e Conclusões: À semelhança de outros estudos, verificou-se um pico de incidência no ano de 2012. Os lactentes foram o grupo mais vulnerável para infeção por Bordetella pertussis, com maior número de internamentos. Parecem ser necessárias novas estratégias de prevenção complementares às existentes para reduzir a ocorrência desta infeção neste grupo etário.Centro Hospitalar do Porto2016-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002Nascer e Crescer v.25 n.4 2016reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiainstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002Ferreira,InêsPinto,DianaLavrador,VascoFernandes,AlexandreReis,M. GuilherminaGuedes,MargaridaMarques,Laurainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:06:10Zoai:scielo:S0872-07542016000600002Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireinfo@rcaap.ptopendoar:https://opendoar.ac.uk/repository/71602025-05-28T12:55:33.711735Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologiafalse
dc.title.none.fl_str_mv Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
title Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
spellingShingle Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
Ferreira,Inês
Bordetella pertussis
criança
internamento
tosse convulsa
vacinação
title_short Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
title_full Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
title_fullStr Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
title_full_unstemmed Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
title_sort Internamento por tosse convulsa: casuística de 10 anos de um hospital de nível III
author Ferreira,Inês
author_facet Ferreira,Inês
Pinto,Diana
Lavrador,Vasco
Fernandes,Alexandre
Reis,M. Guilhermina
Guedes,Margarida
Marques,Laura
author_role author
author2 Pinto,Diana
Lavrador,Vasco
Fernandes,Alexandre
Reis,M. Guilhermina
Guedes,Margarida
Marques,Laura
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira,Inês
Pinto,Diana
Lavrador,Vasco
Fernandes,Alexandre
Reis,M. Guilhermina
Guedes,Margarida
Marques,Laura
dc.subject.por.fl_str_mv Bordetella pertussis
criança
internamento
tosse convulsa
vacinação
topic Bordetella pertussis
criança
internamento
tosse convulsa
vacinação
description Introdução: A tosse convulsa continua a ser uma preocupação em idade pediátrica. Os adolescentes e adultos são reconhecidos como fonte de transmissão de doença, particularmente para lactentes sem primovacinação completa. Pretende-se caracterizar os casos de tosse convulsa sob o ponto de vista epidemiológico, clínico e terapêutico. Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo, através da análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes internados por infeção por Bordetella pertussis (identificada por método de PCR) no Serviço de Pediatria de um hospital nível III entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2014. Resultados: Foram internados 43 doentes, com uma duração mediana de oito dias. Verificou-se maior número de internamentos nos anos de 2008 e 2012, com predomínio no Verão. Apresentavam uma mediana de idades de 2,5 meses (mínimo 12 dias, máximo 16 anos), 86,0% dos quais (n=37) eram lactentes sem primovacinação completa. Todos os doentes apresentavam tosse e 48,8% (n=21) tinham contexto sugestivo de coqueluche. Todos foram medicados com macrólido, com intervalo entre o início dos sintomas e da terapêutica, mediano de oito dias (mínimo 2; máximo 60 dias). Verificou-se coinfeção vírica em 21,6% (n=14). Dez doentes foram internados em cuidados intensivos e registaram-se dois óbitos. Discussão e Conclusões: À semelhança de outros estudos, verificou-se um pico de incidência no ano de 2012. Os lactentes foram o grupo mais vulnerável para infeção por Bordetella pertussis, com maior número de internamentos. Parecem ser necessárias novas estratégias de prevenção complementares às existentes para reduzir a ocorrência desta infeção neste grupo etário.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-12-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000600002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro Hospitalar do Porto
publisher.none.fl_str_mv Centro Hospitalar do Porto
dc.source.none.fl_str_mv Nascer e Crescer v.25 n.4 2016
reponame:Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
instname:FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron:RCAAP
instname_str FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
collection Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
repository.name.fl_str_mv Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) - FCCN, serviços digitais da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia
repository.mail.fl_str_mv info@rcaap.pt
_version_ 1833593254574030848