O futuro dos eventos MICE nas unidades hoteleiras portuguesas
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Publication Date: | 2021 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.22/19374 |
Summary: | A presente dissertação procura contribuir para a compreensão do futuro dos eventos MICE nas unidades hoteleiras portuguesas, num contexto marcado pela crise provocada pela pandemia provocada pela Covid-19. Com uma grande parte da população a trabalhar em home-office devido ao confinamento, com as restrições às viagens a nível nacional e internacional, e com a maioria dos hotéis encerrados durante largos meses em 2019 e 2020, a realização de eventos sociais a escala a que nos habituamos até ao ano de 2019 tornou-se impraticável. A sigla MICE é um acrónimo formado pela junção das iniciais seguintes, em inglês: Meetings (reuniões), Incentives (incentivos), Conferences (conferências) e Exhibitions (feiras). O segmento MICE foi um dos principais segmentos afetados pela pandemia uma vez que a sua principal característica é o convívio e a troca de impressões entre um grande número de pessoas. Não só o ajuntamento de pessoas foi limitado, mas as viagens também sofreram alterações significativas com o encerramento de aeroportos e proibição de circulação afetando o mercado MICE. Tratando-se de uma área de investigação pouco explorada, em que existe um número limitado de estudos sobre o tema, o recurso a grounded theory, como metodologia qualitativa de análise de dados para gerar o entendimento do fenómeno em estudo que ainda está em transformação, assumiu-se como a opção mais pertinente. Com esta metodologia procurou compreender-se a quebra que as unidades hoteleiras vivenciaram no que toca a realização dos eventos MICE; conhecer as estratégias de adaptação que utilizaram nesse processo; que expectativas têm relativamente ao futuro, as oportunidades que podem advir do período de pandemia, bem como tendências futuras que se possam afirmar neste segmento de mercado. Os resultados obtidos a partir das entrevistas realizadas a dez diretores de unidades hoteleiras de distintas zonas turísticas de Portugal permitem concluir, como se esperava, que a quebra na realização de eventos do segmento MICE situa-se, em média, nos 69%. O s eventos MICE revelam-se como um segmento de extrema importância para as unidades hoteleiras portuguesas uma vez que, além de atenuarem a sazonalidade, criam dinamismo e promovem o cross-selling, contribuindo para a sua segurança económica. Os dados analisados destacam também um conjunto de estratégias de adaptação ao contexto pandémico assentes na flexibilização das condições dos eventos, no follow-up dos clientes atendendo as suas necessidades, e em campanhas nas plataformas digitais e redes sociais. A análise dos dados evidencia também oportunidades para o desenvolvimento do segmento, assentes na exploração de potenciais mercados como os Estados Unidos, Brasil ou Rússia, e em áreas de negócio que irão recuperar mais rapidamente, como a área da saúde, a banca, as editoras e o desporto. O estudo salienta ainda que a pandemia veio acelerar o uso da tecnologia pela necessidade de realização de eventos online e híbridos. Outras tendências apontam para alterações relevantes quanto a antecedência na marcação dos eventos, diminuição do numero de participantes e menor duração. Apesar da incerteza generalizada e conscientes de que a retoma será lenta e faseada, a expectativa dos diretores inquiridos é o regresso à normalidade plena na realização dos eventos MICE, em regime presencial, com as condições idênticas ao período pré-pandémico. |
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A presente dissertação procura contribuir para a compreensão do futuro dos eventos MICE nas unidades hoteleiras portuguesas, num contexto marcado pela crise provocada pela pandemia provocada pela Covid-19. Com uma grande parte da população a trabalhar em home-office devido ao confinamento, com as restrições às viagens a nível nacional e internacional, e com a maioria dos hotéis encerrados durante largos meses em 2019 e 2020, a realização de eventos sociais a escala a que nos habituamos até ao ano de 2019 tornou-se impraticável. A sigla MICE é um acrónimo formado pela junção das iniciais seguintes, em inglês: Meetings (reuniões), Incentives (incentivos), Conferences (conferências) e Exhibitions (feiras). O segmento MICE foi um dos principais segmentos afetados pela pandemia uma vez que a sua principal característica é o convívio e a troca de impressões entre um grande número de pessoas. Não só o ajuntamento de pessoas foi limitado, mas as viagens também sofreram alterações significativas com o encerramento de aeroportos e proibição de circulação afetando o mercado MICE. Tratando-se de uma área de investigação pouco explorada, em que existe um número limitado de estudos sobre o tema, o recurso a grounded theory, como metodologia qualitativa de análise de dados para gerar o entendimento do fenómeno em estudo que ainda está em transformação, assumiu-se como a opção mais pertinente. Com esta metodologia procurou compreender-se a quebra que as unidades hoteleiras vivenciaram no que toca a realização dos eventos MICE; conhecer as estratégias de adaptação que utilizaram nesse processo; que expectativas têm relativamente ao futuro, as oportunidades que podem advir do período de pandemia, bem como tendências futuras que se possam afirmar neste segmento de mercado. Os resultados obtidos a partir das entrevistas realizadas a dez diretores de unidades hoteleiras de distintas zonas turísticas de Portugal permitem concluir, como se esperava, que a quebra na realização de eventos do segmento MICE situa-se, em média, nos 69%. O s eventos MICE revelam-se como um segmento de extrema importância para as unidades hoteleiras portuguesas uma vez que, além de atenuarem a sazonalidade, criam dinamismo e promovem o cross-selling, contribuindo para a sua segurança económica. Os dados analisados destacam também um conjunto de estratégias de adaptação ao contexto pandémico assentes na flexibilização das condições dos eventos, no follow-up dos clientes atendendo as suas necessidades, e em campanhas nas plataformas digitais e redes sociais. A análise dos dados evidencia também oportunidades para o desenvolvimento do segmento, assentes na exploração de potenciais mercados como os Estados Unidos, Brasil ou Rússia, e em áreas de negócio que irão recuperar mais rapidamente, como a área da saúde, a banca, as editoras e o desporto. O estudo salienta ainda que a pandemia veio acelerar o uso da tecnologia pela necessidade de realização de eventos online e híbridos. Outras tendências apontam para alterações relevantes quanto a antecedência na marcação dos eventos, diminuição do numero de participantes e menor duração. Apesar da incerteza generalizada e conscientes de que a retoma será lenta e faseada, a expectativa dos diretores inquiridos é o regresso à normalidade plena na realização dos eventos MICE, em regime presencial, com as condições idênticas ao período pré-pandémico. |
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