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Estudantes de animação sociocultural: percursos traçados entre a formação e o mundo do trabalho

Bibliographic Details
Main Author: Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos
Publication Date: 2013
Other Authors: Cordeiro, Sandra
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/24305
Summary: Esta comunicação constitui essencialmente uma reflexão de duas docentes do curso de Animação e Intervenção Sociocultural da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal sobre as dinâmicas actualmente verificadas entre a formação e o mundo do trabalho. Assumimos essencialmente dois objectivos. O primeiro é o de interrogar o modo como o sistema de ensino superior, que na lógica tripartida tradicional (formal, não formal, informal) se caracteriza como formal se torna capaz de preparar os estudantes para um futuro exercício profissional assumidamente na área da educação não formal. A pertinência desta questão deriva dos dados disponíveis sobre os estudantes que actualmente se inscrevem nestes cursos, evidenciando estes que, na sua maioria, eles têm percursos consideravelmente escolarizados e poucas ou nenhumas experiências consciencializadas de educação não formal. Lucilia Salgado afirmava nos anos 1990 que os "animadores associativos eram intelectuais formados nas práticas militantes dos anos 70" (Salgado, 1990, p.7) e assim era de facto, mas esse legado está em vias de desaparecimento. De facto podemos constantar que "a sala de aula, mais do que a escola na sua globalidade, impôs-se como o contexto educativo de referência, o sítio onde se constroem e reconstroem as identidades, se atribuem os papéis institucionais e se exercem os respectivos ofícios escolares" (Palhares, 2009, p.68). Assim, parece-nos que as vivências de educação não formal proporcionadas ao longo do processo formativo assumem uma importância vital, pelo que procuramos analisar, do ponto de vista do plano de estudos do próprio curso, as oportunidades que são criadas nesta matéria. Um segundo objectivo é o de perceber como é que os estudantes analisam essa experiência formativa, a incluem num trajecto vocacional próprio e a mobilizam (ou não) no seu percurso profissional após o término do curso. Para concretizar este último objectivo e considerando que se trata apenas de uma recolha exploratória de dados que necessariamente terá que ser ampliada para permitir consolidar a reflexão que fazemos, foram realizadas três entrevistas a diplomados deste curso. Subjacente a esta nossa reflexão está uma preocupação adicional que constitui a nossa óptica de análise, a de saber se a Animação Sociocultural está a perder a dimensão transformadora que marcou a sua génese e a assumir um registo meramente instrumental (Ferreira, 2008).
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