Avaliação da qualidade do ar interior em edifícios do ISEP

Bibliographic Details
Main Author: Barbosa, Ana Rita Pereira
Publication Date: 2012
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
Download full: http://hdl.handle.net/10400.22/4414
Summary: A preocupação crescente com a qualidade do ar interior (QAI), a existência de sistemas de climatização sem manutenção e a sua relação destes com os problemas de saúde levou ao estabelecimento de exigências legais relativas à QAI em edifícios, que foram publicadas no Decreto-Lei n.º 79/2006. Este decreto-lei exige que nas auditorias à QAI seja efectuada a inspecção higiénica aos sistemas AVAC, a verificação do Plano de Manutenção e a monitorização dos seguintes poluentes: partículas suspensas no ar, PM10, dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), ozono (O3), formaldeído (HCHO), compostos orgânicos voláteis (COV´s), bactérias, fungos, Legionella e radão (apenas quando aplicável). O presente trabalho foi desenvolvido em duas partes. A primeira consistiu num estágio curricular durante 3 meses na SGS Portugal, durante os quais foi possível participar activamente em auditorias de certificação energética – vertente QAI (salas de cinema, instalações bancárias, entre outros) e na elaboração dos respectivos relatórios. Numa segunda fase, foi efectuada uma avaliação da qualidade do ar interior nas instalações do ISEP, mais especificamente no edifico I, onde apenas existe ventilação mecânica nos auditórios e no edifício E, onde a maioria dos locais possui ventilação mecânica. No edifício I apenas foi feita a caracterização físico-química e no edifício E foram seleccionados quatro pontos críticos para uma análise dos parâmetros microbiológicos (fungos e bactérias). No Auditório Magno e nas salas H 306 e H 308 do ISEP foram efectuadas medições em contínuo para estudar a evolução do CO2 ao longo do tempo. Foi utilizado um período de cerca de 2 horas, no caso do Auditório e, no caso das salas, o período de medição foi de igual ou superior a 8 horas. Relativamente à avaliação efectuada ao edifício I concluiu-se que os parâmetros que apresentaram alguns valores acima das concentrações máximas de referência são: CO2, CO, HCHO e PM10. No edifício E os parâmetros não conformes detectados foram: o CO2 e PM10. Relativamente aos resultados dos COV`s e do ozono, estes não foram conclusivos porque os sensores não estavam a responder correctamente. Relativamente aos parâmetros microbiológicos, obtiveram-se resultados não conformes na concentração de bactérias na sala E 127 da Biblioteca e no auditório. A análise de CO2 nos vários espaços estudados permitiu concluir que numa percentagem significativa das salas de aulas avaliadas, a ventilação existente (natural ou mecânica) é frequentemente insuficiente para garantir níveis adequados de CO2, mesmo quando a ocupação das salas se encontra bastante aquém da sua capacidade máxima. Nas medições em contínuo, verificou-se que os períodos sem ocupação (hora de almoço e intervalos entre aulas) não são suficientes para reduzir significativamente os níveis de CO2 nas salas, observando-se um efeito cumulativo muito acentuado ao longo do dia. Da inspecção ao sistema AVAC efectuada ao edifício E e da análise ao Plano de Manutenção verificou-se que poderia ser útil aplicar algumas medidas correctivas, que se sugerem. Dados os resultados obtidos conclui-se que os edifícios I e E não estão conformes, ficando sujeitos a um PACQAI (Plano de Acções Correctivas de QAI).
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