Práticas Seguras na Prevenção e Controlo de Infeção na Área de Anestesia no Intraoperatório

• Main Author: Costa, Maribel Martins
• Publication Date: 2024
• Format: Other
• Language: por
• Source: Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP)
• Download full: http://hdl.handle.net/10400.26/50086
• topic: Controlo de Infeção; Prevenção; Controlo; Sala Operatória; Enfermagem Perioperatória; Infeção Hospitalar

Enquadramento: As Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde são uma séria ameaça à saúde, e torna-se um assunto de extrema importância em contexto de bloco operatório, nomeadamente na área de anestesia, onde os profissionais têm um papel primordial para a Prevenção e Controlo de Infeção ao adotarem boas práticas com base na evidência científica. Objetivos: implementar um projeto de melhoria segundo a metodologia Joanna Briggs Institute com base na prática de sete fases baseadas no feedback e o recurso a auditorias. Metodologia: Realizou-se um projeto de melhoria contínua fundamentado na metodo-logia de implementação da evidência do modelo de Joanna Briggs Institute. Trata-se de um estudo observacional e quantitativo, fundamentado na auditoria clínica de 136 monitoriza-ções, na análise do contexto através do método Getting Research into Practice visando a comparação dos dados recolhidos através das auditorias, na identificação das barreiras e nas estratégias facilitadoras de adesão, com foco na obtenção das práticas baseadas na evidência científica. O tratamento dos dados foi realizado através de programa informático Statistical Package for the Social Sciences. Resultados: Foram observadas as práticas de 68 profissionais da área de anestesia, totali-zando 136 observações. Na observação diagnóstica na fase pré-implementação, na sua maio-ria os profissionais de saúde não cumpriram as recomendações preconizadas. Já na observa-ção pós-implementação e após a realização da sessão de formação, verifica-se uma melhoria significativa dos resultados com recurso ao teste de Wilcoxon. Os resultados evidenciam que existem diferenças estatisticamente significativas entre a avaliação inicial e final para todos os procedimentos, sendo as avaliações finais, significativamente superiores às iniciais, no-meadamente: “Procedimento na Higienização das mãos” (Mdn_inicial = 3,0 vs. Mdn_final = 11,0; z = -4,9; valor-p < ,001); “Procedimentos no momento de Indução/acordar anestésico” (Mdn_inicial = 6,0 vs. Mdn_final = 8,0; z = -2,9; valor-p < 0,001) e “Procedimentos na Prepara-ção e Administração de fármacos no Intraoperatório” (Mdn_inicial = 3,0 vs. Mdn_final = 10,5; z = -5,1; valor-p < ,001). Conclusão: A abordagem do modelo Joanna Briggs Institute ofereceu a orientação da implementação da prática baseada na evidência e o envolvimento das melhores estratégias para alcançar a adesão dos profissionais em prol dos cuidados de saúde seguros e com quali-dade, visando a redução das IACS no intraoperatório.